terça-feira, 26 de novembro de 2019

A Confissão dos Pecados


Introdução: A confissão de pecados foi uma exigência nos tempos do

Antigo Testamento - Levítico 5.5, Números 5.7- e tal doutrina não

mudou. A ocultação de pecados denota deslealdade e traição a

santidade de Deus. A confissão faz bem a alma.

1 – Conceitos de confissão

a) – Na religião: Admitir a culpa pessoal.

b) – Na psicologia: Desabafar, aliviar a consciência.

c) – Na vida profissional: Assumir o erro.

d) – Na sociedade: Admitir a limitação pessoal.

c) – Diante de Deus: Reconhecer-se pecador.

2 – Confissões legítimas

a) – Na ocasião do batismo – Conversão – Mt. 3.6b

- Desencargo de consciência

b) – No reencontro com Deus – Reconciliação – Lc. 15. 18 - 21

- Expor os passos do pecado e pedir misericórdia.

c) –Quando admoestado – Arrependimento – II Sm. 12.1 - 14

- Demonstrar arrependimento e desejo de reatar a comunhão – Sl. 51; Sl. 38

3 – Confissões ilegítimas

a) – Confissão com tentativa de inocentar-se da culpa Gn. 3.12

- Resultado: Castigo conforme a advertência.

b) – Confissão por medo – Faraó – Ex. 10.16 – 17

- Resultado: Infrutífera

c) – Confissão forçada – Acã - Js. 7.17 – 26

– Resultado: Condenação a morte.

d) – Confissão fria – Judas – Mt. 27.3-4

- Resultado: Desespero e suicídio

4 – Confissões coletivas

a) – Israel - No cativeiro babilônico – Dn. 9.4-19

b) – Israel - Após o cativeiro babilônico – Ne. 9.2; Ed. 10.1, 11

5 – A decisão pessoal de confessar a Deus a transgressão

a) – Salmo 32.5 – "Dizia eu... confessarei... confessei..."

b) – Lucas 15.18 – 22 - "Pai, pequei contra o céu... e perante ti..."

c) – Lucas 18.13b - "Ó Deus, tem misericórdia de mim pecador".

d) – Lucas 5.8b - "Sou um pecador".

6 – Promessas ao que confessa seus pecados

a) – Alcançará misericórdia – Pv. 28.13

b) – Perdão dos pecados – I Jo. 1.9a

c) – Purificação de toda injustiça – I Jo. 1.9b

Conclusão: Uma sensação de alívio psicológico e espiritual envolve

aquele que humildemente confessa os seus pecados. Deus é rico em

perdoar Is. 55.7b; e retornará a alegria da salvação para aquele que é

perdoado.

A Centralidade de Deus na Pregação

“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”
(Romanos 11.36)
Uma das grandes falhas dos pregadores, hoje em dia, é a falta de ênfase na majestade e grandeza de Deus. Vivemos em tempos em que as mensagens valorizam mais a cura ou algo que vem de Deus, do que o próprio Deus. Embora a aplicação na vida dos ouvintes seja importante na pregação, muitos sermões não passam de apenas aplicações.
Algumas igrejas esquecem que é a Graça de Deus agindo através delas que faz os filhos serem “educados à maneira de Deus”. As pessoas casadas para sempre não obtiveram este sucesso porque a aplicação da mensagem do curso foi feita por elas, mas porque Deus graciosamente atuou no esposo e na esposa, transformando pessoas com gênios diferentes em uma só carne – e a aplicação da mensagem foi o meio pelo qual a Graça atuou. Sempre teremos temas contemporâneos que são de mais interesse para Igreja; a frase de Karl Barth de que um pastor deve ter a Bíblia numa mão e o jornal na outra não deixa de ser pertinente. O perigo está justamente em termos apenas jornais nas duas mãos.
A verdade desta idéia está contida em uma frase batida – sempre dizemos “o homem tem sede de Deus”. Não dizemos que o homem tem sede de um casamento para sempre ou de uma resposta para questão do homossexualismo. Uma pessoa comum tem estas questões dentro de si, mas primariamente, ela tem o desejo de conhecer a Deus, um desejo que só é saciado por Cristo. E não tenho dúvidas de quanto mais você conhece alguém que ama, mais você quer conhecê-la, pois mais quer amá-la.
Os jovens de nossa sociedade pós-moderna – inclusive a juventude cristã – têm uma certa antipatia por organizações e instuições, inclusive eclesiásticas e denominacionais. Conversando com jovens da Missão Horizontes e do Projeto Radical da Junta de Missões Mundias (da Convenção Batista Brasileira), pude perceber que havia algo em comum neles – eles não tinham qualquer temor por enfrentar os perigos do trabalho misionário, pois aquilo que os movia era o amor a seu Deus. Em compensação, membros dos dois projetos – que são nitidamente iguais, pois o Radical se inspirou no Horizontes – se mostraram muito insatisfeitos com o fato de a JMM não apoiar a Missão Horizontes porque não era da denominação “batista”. O que moveu esses jovens foi outra coisa além de um Deus grandioso.
É evidente que os distintivos teológicos são importantes ao se fazer um trabalho missionário, mas também é evidente que não são os distintivos teológicos que criam o amor à obra e tampouco são a motivação primordial que leva um missionário a dedicar sua vida a encontrar o povo de Deus em determinado país.
Da mesma forma, antes de qualquer outro tema em nossa pregação, temos de enfatizar nosso Deus, e Sua majestade, glória, poder, justiça, santidade e soberania. Outros temas podem estar envoltos neste tema principal, mas devemos nos lembrar que as únicas pessoas que podem falar sobre Jesus Cristo são justamente os pregadores cristãos. Um homem não-crente, para tentar salvar seu casamento, tem uma outra opção além de um pastor – um conselheiro. Uma pessoa doente também – o médico. Em compensação, aqueles que buscam a Deus, só têm uma opção – o pregador do Evangelho. Um homem com fome de Deus nao irá procurar um médico, um psicólogo, um personal trainer, ou um conselheiro matrimonial.
Está em nossas mãos satisfazer este homem.
“Para ele são todas as coisas” – O Alvo da Pregação [1]
“Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!”.
(Isaías 52.7)
Se o alvo de Deus é glorificar a Si mesmo, o alvo do pregador não pode ser outro senão glorificar a Deus - A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para a minha glória, os formei, e também os fiz (Isaías 43.7). Portanto, antes de tentar esclarecer a Igreja sobre determinado assunto, trazer um reavivamento à juventude, evangelizar homens perdidos, o pregador deve ter em mente que o seu objetivo principal – do qual se derivam todos esses nobres objetivos secundários – é exclusivamente a glória de Deus.
Como disse antes, uma das formas que nos leva a um amor e admiração cada vez maiores por Deus é conhecermos o máximo que pudermos dEle. E este conhecimento, por mais que muitos neguem esta idéia, também inclui o conhecimento racional. Com a ênfase cada vez menor por parte de algumas denominações e igrejas estão dando à EBD, à Educação Cristã e à própria doutrina, os crentes têm muitas “experiências” com Deus, mas poucos sabem definir o que foi a expiação vicária de Jesus Cristo – apenas para citar um exemplo de palavras difíceis, mas que contêm um significado profundo. Se os crentes conhecessem – não as palavras difíceis – mas seu significado, tenho certeza que o sacrifício de Jesus se tornaria motivo de louvor ainda maior.
A proposta não é tornar o momento do sermão em uma parte do culto acessível apenas aos “iniciados” mas, se os ministérios de educação cristã deixam a desejar, cabe ao pregador explicar tais assuntos, não por um desejo de ter uma igreja mais inteligente, mas por amor às almas desta igreja, para poder levar as ovelhas sob seu cuidado a uma adoração cada vez mais sincera. Charles Spurgeon foi um pastor incrivelmente popular, mas não abria mão de sua teologia, a ponto de dizer que nunca teremos grandes pregadores até que tenhamos grandes teólogos . Imagine quantos pregadores “disfarçados” de crentes leigos teríamos nas ruas caso todos tivessem uma forte base teológica! Tenho certeza absoluta que Deus seria muito glorificado com esta avalanche de pregadores anunciando o Evangelho.
Posso citar um caso acontecido numa classe de adolescentes de uma igreja em Brasília. Um jovem professor assumiu esta turma e poderia ensinar um tema de sua escolha. A princípio, ele pensou em falar sobre temas mais comuns, como namoro, sexo ou emprego. Até que encontrou um livro de John Murray, Redenção – Consumada e Aplicada . Decidiu que falaria sobre este assunto para os garotos, mesmo sendo algo bastante desafiador. Imagine explicar termos como expiação vicária e propiciação para alunos de 15 a 18 anos! Até o próprio professor teve dificuldades em entender alguns termos, mas pela Graça do Senhor, foi capaz de aprendê-los e ensinar aos alunos, adaptando-os à realidade deles.
Para explicar a propiciação, foi dado o exemplo simples de um cinema, que era um local inapropriado para realizar-se uma meditação, mas caso pudéssemos desligar a projeção e acender as luzes, aquele local tornaria-se propício. Conversando com uma aluna, quis saber se o assunto estava agradando. Em suas palavras de adolescente, a garota disse “estou gostando muito de aprender sobre esse assunto diferente, é muito legal” . O professor me contou que as aulas fizeram um adolescente lhe dizer que a explicação sobre o sacrifício expiatório de Cristo o fez desejar ler o tão temido e impopular livro de Levítico. Deus é glorificado quando as pessoas desejam aprender mais e mais sobre Ele.
É verdade que não podemos dizer que todos aqueles que têm um grande conhecimento da Bíblia glorificam mais a Deus (temos vários ateus com passagens prontas para serem usadas contra os cristãos). Mas tenho certeza de que, quanto mais conhecemos a Deus – sim, também neste sentido racional – mais O glorificamos.
Infelizmente, vivemos em uma época em que a pregação busca mais o lado emocional das pessoas que o homem por inteiro. Além disso, o pragmatismo reina, uma necessidade de que o culto dê resultados, traga transformação de vidas de uma hora para outra. As pessoas querem saber se essa igreja “funciona” ou não. Sem falar a clássica pergunta sobre “quantas almas foram ganhas” na sua pregação.
Estes fatores afetam fortemente o sermão contemporâneo, de forma que uma mensagem em que o pregador gaste tempo aconselhando um casamento ou use suas habilidades para fazer as pessoas chorarem (embora existam aqueles pregadores já especializados em transformar mensagens em shows de comédia) é considerado bem mais útil que aquele sermão em que o pregador concentra toda sua mensagem numa proclamação da majestade de Deus. O arauto citado no início deste tópico talvez não fosse tão bem recebido nos dias de hoje, ao gritar apenas “O Senhor reina”.
Exaltarmos o Deus que nos resgatou e glorificá-Lo – nunca devemos ter qualquer outro propósito acima deste quando pregamos. Que nós pregadores jamais esqueçamos que “quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo” – e isto inclui a pregação – “para glória de Deus”.
“Dele” – A Base da Pregação
“Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” (1 Coríntios 2.2)
John Piper nos fala de dois obstáculos bem conhecidos, para que a pregação atinja o seu alvo:
•  A justiça de Deus – que deve ser satisfeita
•  O orgulho do homem – que deve ser destruído.
A única forma de responder a estes dois pontos satisfatoriamente é a Cruz de Cristo. Ao derramar seu cálice de ira santa sobre Seu Filho, Deus não deixa qualquer espaço para orgulho ou vaidade, pois sabemos que nada fizemos para merecer a salvação.
Um pregador que não tem como base um Deus santo e justo, nem o orgulho destruído pelo sacrifício de Cristo, será incapaz de expôr o Evangelho corretamente aos seus ouvintes. De modo oposto, um pregador que conhece bem a doutrina da Cruz, sabe que esta é a única forma pela qual somos libertos do pecado e de o homem alcançar a salvação; o pregador que conhece a Cruz de Cristo sabe que, se há algum justo na Terra hoje, é porque sua justiça procede de Deus, por meio de Cristo Jesus.
Um erro moderno é esquecer-se que Deus nos ama não porque merecemos, mas por Seus próprios desígnios insondáveis. Além disso, mais que dar sua própria vida em resgate de muitos, o principal propósito de Jesus ao se rebaixar à forma de servo foi também a glória de Seu Pai. Assim, não podemos subverter o sentido do sacrifício de Jesus com a idéia de que éramos tão precisosos que Deus teve de dar Seu único Filho para nos salvar.
Talvez estes pregadores façam isso para elevar a auto-estima da congregação, porém a Bíblia é claríssima em dizer que ainda éramos pecadores quando Cristo morreu por nós. Se o fato de sermos “preciosos” fosse verdadeiramente o motivo de nossa salvação, a existência deste nosso “grande valor” acabaria com toda a Graça de Deus, pois teríamos um mérito, algo para oferecer, ou ao menos algo que nos tornaria “mais dignos” do sacrifício de Cristo.
Além disso, a cruz também serve para manter nossa humildade, como pregadores. Embora a crucificação de Jesus tenha sido um evento histórico e objetivo, seus efeitos e a intercessão constante que temos por Jesus diante do Pai permancem para nos lembrar de quanto dependemos de Deus e como não existe motivo para uma autoconfiança.
Paulo deixa muito claro que não existia outro assunto mais importante a ser pregado que a cruz de Cristo. Como no versículo que abre esta seção, ele também diz em Gálatas 6.14 que “mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.”
Em toda Escritura vemos que Paulo deixava bem claro que sua mensagem se baseava no Cristo crucificado. Ele fazia isso para que as pessoas tivessem fé em Deus, e não nele. Em um trecho de Coríntios ele afirma que não chegou à cidade demonstrando grande oratória, e que apenas expôs o Cristo crucificado. Ultimamente vemos pastores que possuem excelentes técnicas de discurso e retórica, mas são incapazes de ser fiéis à Palavra – este é apenas um reflexo de uma visão distorcida da Cruz de Cristo. Uma pessoa que tem um verdadeiro entendimento do que aconteceu ali se torna incapaz de colocar qualquer palavra sua junto à mensagem do Evangelho.
A cruz sustém a glória de Deus na pregação e abate o orgulho do homem no pregador. É, portanto, o fundamento de nossa doutrina e o fundamento de nosso comportamento.” (John Piper)

“Por meio dele” – O poder do Espírito.
“O Espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos”
(Isaías 61.1)
Um pregador consciente da majestade de um Deus tão santo e gracioso, que decretou a morte de Seu Filho obediente para que vidas pecaminosas – grupo do qual ele faz parte – só poderá realmente ter forças para chegar à frente de uma congregação e falar sobre algo tão grandioso se este mesmo Deus o sustentar. É neste momento que o trabalho do Espírito de Deus tem de ser o poder pelo qual o portador da mensagem trará seu sermão.
Mais uma vez, ao nos focalizarmos no Espírito Santo, Deus também será glorificado, pois o pregador saberá que as palavras de sua boca durante um sermão não são frutos de esforço pessoal, mas da Graça Divina – “Eu crio os frutos dos lábios: paz, paz, para o que está longe; e para o que está perto, diz o SENHOR, e eu o sararei.” (Isaías 57.19). É evidente que as palavras mais importantes já deixadas pelo Espírito de Deus aqui na Terra estão contidas na Bíblia, por isso é inaceitável que abracemos qualquer pregador cristão que não se utiliza primordialmente da Palavra de Deus, a Espada do Espírito,para suas mensagens.
Sabemos que o ministério do Espírito Santo é muito abrangente na vida dos pregadores (na verdade, tudo na vida de um pregador deveria ser movido pelo Espírito), por isso nos concentraremos especialmente na Revelação de Deus aos homens.
Infelizmente vivemos numa época em que os testemunhos reinam. Não tenho nada contra ouvir irmãos que querem anunciar alguma bênção ou alguma experiência com Deus para toda a igreja – isto também é anunciar boas novas. O problema é que em algumas igrejas isto se tornou tão sintomático que a Palavra de Deus ganha o papel de coadjuvante nos cultos. E se alguém disser que sente falta da Bíblia, acaba recebendo como resposta as palavras de Paulo – “a letra mata, mas o Espírito vivifica” – completamente distorcidas. Quando estas palavras são ditas, nem adianta ao defensor da Palavra explicar o que Paulo realmente quis dizer – para seu interlocutor, este irmão está “morto pela letra”. [Nota do Monergismo.com: Isto para não citar que o próprio conceito de testemunho foi totalmente distorcido, e o que é praticado na maioria das igrejas de hoje não é testemunho de forma alguma. Aqui, as palavras de John Stott são muito esclarecedoras: “Testemunho não é sinônimo de autobiografia! Quando estamos realmente testemunhando, não falamos de nós mesmos, mas de Cristo”].
Outro grande perigo que não precisamos, nem podemos, correr (e que é bastante simples de ser evitado) é citar várias passagens da Palavra durante a mensagem sem informar onde ela se encontra. O povo de Deus precisa saber que essa citação está nas Escrituras, a fim de que os textos citados não sejam aceitos simplesmente porque o Pastor disse. Além disso, uma congregação que zela pela Palavra e confere o que é dito recebe elogios da própria Bíblia, se observarmos o exemplo dos bereanos (At 17.11) – que pastor não gostaria de ter uma congregação assim? Apenas aqueles que têm algo a temer...
Outra forma de demonstrar confiança no Espírito Santo é depender completamente de sua ajuda para interpretar a Palavra. Antes de sermos protestantes, evangélicos, batistas, presbiterianos, tradicionais, ou qualquer outro termo, temos de ser bíblicos, aceitar e entender o que nos foi escrito. O único meio para alcançarmos esta humildade e compreensão é através do poder do Espírito Santo, pois o homem espiritual interpreta coisas espirituais. Se Lutero tivesse sua mente cativa à Igreja Católica antes de tê-la cativa à Palavra de Deus, ele jamais seria o homem que foi, e sofreria até o dia de sua morte a culpa e as dúvidas geradas pela teologia anti-bíblica das indulgências.
Não devemos nos concentrar em apenas alguns livros, passagens e escritores favoritos. É claro que sempre teremos nossas preferências, mas não podemos esquecer que estamos diante de um Livro completo e que muitas heresias nascem justamente do fato de as pessoas não lerem este Livro como um todo, mas apegam-se a apenas um versículo para criar teorias mirabolantes. Exemplifico com o caso de uma irmãzinha que criticava a “concepção errônea” da Igreja, de que o homem e a mulher crentes foram criados para se casar – por causa de palavras mal-interpretadas em 1 Coríntios 7, e por ignorar completamente os outros trechos em que o Apóstolo recomenda o casamento.
Como disse o Apóstolo Paulo, toda Escritura é proveitosa, e não apenas alguns trechos mais agradáveis ao público que nos ouvirá, e a nós mesmos. Que estejamos submissos a este Livro tão maravilhoso.
Conclusão  
A Bíblia é clara quanto ao tipo de palavra que deve sair de nossa boca – “apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem” (Ef 4.29). Assim, especialmente no momento em que estiver pregando, o crente não deveria falar outra coisa se não o assunto que Deus realmente deseja, que realmente O glorifique, e que seja um meio de graça para seus ouvintes. Só conseguiremos isto se formos submissos de todo o coração ao Senhor e à Sua Palavra. Um homem incapaz de reconhecer-se como um simples servo, como apenas o encarregado de trazer a mensagem, nunca glorificará a Deus com seu discurso.
Que Deus possa abrir nossas mentes para Sua palavra, que Sua glória seja o único motivo de nossos sermões e que a Cruz seja a base de nossa humildade, e de nosso louvor!
Soli Deo Gloria!
“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus (...) para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém” (1 Pedro 4.11).





















































A Arca da Aliança e Igreja


Êxodo: 25:10 22

- A Arca da Aliança era o símbolo da presença de Deus entre os israelitas.

- A arca possuía duas varas de madeira de acácia, revestidas de ouro puro, anexadas nas quatro argolas, facilitando a locomoção da mesma, a cargo dos levitas (Êx 25.10 a 15).

- No interior da arca encontrava-se uma urna de ouro (Vaso), contendo a vara de Arão que floresceu, o maná de Deus, e as tábuas da aliança (Hebreus: 9:4 - Pág.1912).

- Sobre a arca estava o propiciatório, servindo como cobertura ou tampa da arca, também de ouro puro.

- Nas extremidades do propiciatório estavam dois querubins de ouro, os quais com suas asas cobriam o mesmo e suas faces olhavam para o propiciatório (Êx 25.17 a 21). –

- Com a construção da arca e sua introdução no tabernáculo, Deus passou a falar a Moisés de cima do propiciatório: "Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel" (Êx: 25:22).

SIMBOLOGIA

Deus não poderia ser representado por estátuas de madeira, barro, ouro, prata, etc., como faziam os habitantes de Canaã, em relação aos seus deuses.

Deus apresentara-se a Moisés no deserto, como EU SOU ( YHWH ), ou seja, "AQUELE QUE É"

Não havia uma imagem figurativa de sua aparência física, na qual o povo pudesse identificar o Deus de Israel.

Os israelitas não entenderam, desde o princípio de sua chamada no Egito, a razão pela qual Deus não poderia ser identificado com imagens, pois, era um povo, ainda, sem uma comunhão íntima com Deus, o que levou posteriormente a exigir de Arão, irmão de Moisés, um bezerro de ouro a fim de adorá-lo, desprezando o Deus verdadeiro, advindo daí, a ira de Deus sobre os desobedientes.

Deus, no entanto, utilizou-se de um instrumento de madeira, de forma retangular (ARCA), não para ser adorada, mas como símbolo que evidenciava a presença Dele entre os Israelitas.

Símbolo este que faz referência ao corpo de Cristo, que é sua Igreja.

Análise bíblica, centrados nos elementos:

Arca = Nós somos esta arca pela qual o Espírito se manifesta.

Os membros do corpo de Cristo, genuinamente convertidos, são santuários do Espírito Santo - ( I Co: 6:19-20 ). Pág. 1745

Madeira = E assim como ela fora construída com madeira de acácia, a indicar sua transitoriedade, fragilidade, própria da madeira, cujos elementos constitutivos se corrompem com o tempo; nós, membros do corpo de Cristo, arca de Deus, depositários do seu Espírito Santo, estamos sujeitos as fraquezas, limitações, enfim, somos como a erva do campo que passa e já não há lembrança de sua existência (I Pe: 1:24). Pág. 1939

A madeira, símbolo da natureza humana

Ouro = O ouro é símbolo da permanência, eternidade, segurança,

confiabilidade.

A arca era constituída de madeira de acácia. Sabemos que a madeira é perecível, algumas mais resistentes e outras menos. Deus sabia disto e providenciou um outro elemento natural que revestisse a madeira da arca, no caso, o ouro puro, isto é importante, não havia mistura do ouro com outros metais.

O ouro, símbolo do Espírito Santo.

Mas, graças a Deus, o qual mediante Jesus Cristo, nos concedeu o seu Espírito Santo, simbolizado no ouro puro que revestia a arca da aliança.

Disto decorre que a fragilidade humana, suas fraquezas, medos, inconstância, etc., é revestida da presença do Espírito Santo, o qual nos trás segurança, confiança, poder, autoridade, virtude, próprios do ouro puro, símbolo do seu Espírito, que em nós habita (Rm 8.26 )

Disto decorre que a arca não se destruiria com a ação do tempo, pois, o ouro impediria a corrupção da madeira.

Madeira e ouro estavam assim unidos, formando a arca da aliança.

VARA = CAJADO – AUTORIDADE – PASTOREIO

ARGOLAS = SIMBOLIZA AROS – ALIANÇA – PACTO DE SANGUE

QUERUBINS DE OURO = Representando a Santidade de Deus.

Eles estão também revestidos de Santidade

Nós estamos revestidos de Santidade

Somos os Anjos do Senhor.

VASO de Maná = Lembra a Provisão de Deus

VARA de Arão que Floresceu = Lembra dos Atos Poderosos de Deus

2 TÁBUAS = ( Dez Mandamentos ) Lembra da Importância da LEI como

Padrão de SANTIDADE.

PROPICIATÓRIO Coberto de Ouro = O qual MOSTRAVA a Misericórdia REDENTORA de Deus diante do SANGUE ASPERGIDO.

( DERRAMADO )

A arca de Deus era um símbolo de sua presença entre os Israelitas.

( Hoje a Igreja, VOCÊ e Deus quer falar ao Mundo através de Você )

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

A Caminho do Arrebatamento


Na história de Gideão, o arrebatamento não é mencionado de forma literal, mas existem diversas indicações que apontam em direção a ele e que podem nos ajudar a explicá-lo.
Consideramos que a história de Gideão tem muito conteúdo profético e que ela nos mostra o futuro de Israel e o tempo da Grande Tribulação. Portanto, podemos usá-la para analisar a volta de Jesus para Sua Igreja. Pois as histórias de Deus com Israel e com a Igreja se entrelaçam, ou seja, se sobrepõem: quando chegou a hora do nascimento da Igreja de Jesus, no dia do Pentecoste, Deus como que deixou Israel de lado, e, desde a fundação do Estado de Israel, no dia 14 de maio de 1948, o Senhor voltou a agir com, em e através de Israel, o que nos mostra que a retirada da Igreja de Jesus da terra está próxima.

Os sinais do arrebatamento

Nos três capítulos sobre Gideão e os midianitas (Jz 6-8) fala-se repetidamente da trombeta com que o povo foi chamado a se reunir em torno de Gideão. Em todos os acontecimentos dessa batalha que viria, a trombeta foi um elemento chave, sendo citada sete vezes, pela primeira vez em Juízes 6.33-34:
– "E todos os midianitas e amalequitas, e povos do oriente se ajuntaram, e passaram, e se acamparam no vale de Jezreel. Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão, o qual tocou a rebate, e os abiezritas se ajuntaram após dele."
Esse é também o sentido por ocasião do arrebatamento: quando soar a trombeta, a Igreja será reunida, revestida com o Espírito Santo e arrebatada ao encontro do Senhor Jesus. Está escrito:
– "Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.16-18).
– "Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar dolhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados" (1 Co 15.51-52).
A respeito desse encontro com o Senhor, Ele disse: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também" (Jo 14.1-3). No arrebatamento acontecerá, portanto, a reunião em torno do Senhor, e um sinal ou elemento deflagrador será o som da trombeta: "Porquanto o Senhor mesmo... ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus..."
O que acontecerá com os crentes por ocasião do arrebatamento?
Então se dará um grande milagre: seremos libertados da nossa carne, ou seja, do nosso corpo terreno. A respeito, leiamos mais uma vez 1 Coríntios 15.52-53, onde essa transformação é descrita da seguinte maneira: "...num momento, num abrir e fechar dolhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade." Somente então, depois do arrebatamento, estaremos – através da transformação – livres do pecado. Então não será mais possível pecar, mas em nós resplandecerá exclusivamente a clara luz da obra de Jesus Cristo e todos nos amaremos uns aos outros. Não será maravilhoso estar finalmente liberto da carne pecaminosa? Pois, quantas vezes já choramos por causa do pecado que em nós habita; quanto trabalho já nos deu nossa carne pecaminosa, a nós que queremos andar no Espírito. Também Paulo chorou por isso e testemunha em Romanos 7.18a: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum..." Ele continua escrevendo: "Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros" (vv. 22-23). Enquanto vivermos, o espírito e a carne estarão em constante confronto. Por isso, é tão importante ficar cheio do Espírito (Ef 5.18b), andar no Espírito e deixar que o Espírito nos governe.
Nossa carne é receptiva para o pecado, e também para a enfermidade e a morte. Isso acabará no momento do arrebatamento, quando formos transformados e recebermos um corpo espiritual, quando o mortal se revestir da imortalidade. E essa transformação por ocasião do arrebatamento, ao soar da trombeta, nos é mostrado alegoricamente no caso de Gideão. Lemos em Juízes 7.16,19-20: "Então repartiu os trezentos homens em três companhias, e deu-lhes a cada um nas suas mãos trombetas, e cântaros vazios, com tochas neles... Chegou, pois, Gideão, e os cem homens que com ele iam, às imediações do arraial, ao princípio da vigília média, havendo-se havia pouco trocado as guardas; e tocaram as trombetas, e quebraram os cântaros, que traziam nas mãos. Assim tocaram as três companhias as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam nas mãos esquerdas as tochas e nas mãos direitas as trombetas que tocavam; e exclamaram: Espada pelo Senhor e por Gideão!"
O que aconteceu ali? Os homens mantinham a luz das tochas escondidas dentro dos cântaros. Mas, exatamente no momento em que começaram a ser tocadas as trombetas, os cântaros foram quebrados e a clara luz das tochas iluminou tudo. Isso é uma alegoria da transformação por ocasião do arrebatamento. A clara luz de Cristo normalmente ainda está escondida em nosso corpo, pois somos como cântaros (vasos) que carregam em seu interior a clara luz do Evangelho. O Senhor Jesus é a luz do mundo, e disse àqueles que O aceitaram: "Vós sois a luz do mundo" (Mt 5.14a). Por enquanto essa luz ainda é escondida, como dissemos, em maior ou menor grau, pelo vaso da nossa carne. Mas, no momento em que a trombeta de Deus for tocada para o arrebatamento, nosso corpo será transformado (como os cântaros que foram quebrados naquele tempo), e seremos arrebatados ao encontro do Senhor Jesus, para estarmos com Ele para sempre. Então, tudo será somente luz. Tudo resplandecerá em Sua glória. Não haverá mais pecado, porque o vaso da nossa carne não estará mais presente. Em 1 Coríntios 15.50 está escrito que "carne e sangue não podem herdar o reino de Deus". Por isso, seremos transformados, pois o cântaro do nosso corpo tem que ser quebrado. Somente por ocasião da transformação e do arrebatamento se tornará visível o que a Bíblia diz em Mateus 13.43a: "Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai."
Assim, podemos imaginar quão ansiosamente os crentes da Bíblia esperavam deixar a carne para estar para sempre com o Senhor. Paulo, por exemplo, expressou da seguinte maneira esse seu anseio: "Ora, de um e outro lado estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne" (Fp 1.23-24).
Quando acontecerá o arrebatamento?
Antes do juízo, isto é, antes da Grande Tribulação. Poderíamos fazer um estudo bíblico especificamente sobre o assunto, mas vamos nos limitar a alguns versículos. Lemos em 1 Tessalonicenses 1.10: "...e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura." De que ira se trata aqui? Da ira de Deus que começará com a Grande Tribulação, pois ela será o juízo de Deus sobre o mundo de incredulidade e maldade. É o que lemos em Apocalipse 6.15-17: "Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos, e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?" A Igreja de Jesus será preservada dessa ira do Senhor, que terá seu início no tempo da Grande Tribulação. Pois, como filhos de Deus, já estivemos sob a ira de Deus e Seu juízo: isso aconteceu na cruz do Calvário, onde o Senhor Jesus tomou vicariamente sobre si nosso juízo e a ira de Deus. Por isso, todo homem que pertence a Jesus está justificado diante de Deus e não passará pela Grande Tribulação, nem pelo Juízo Final. Está dito em 1 Tessalonicenses 5.9-10: "...porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele."
Que o arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação também é mostrado, segundo o meu entendimento, na história de Gideão. Lemos em Juízes 7.19-20: "Chegou, pois, Gideão, e os cem homens que com ele iam, às imediações do arraial, ao princípio da vigília média, havendo-se havia pouco trocado as guardas; e tocaram as trombetas, e quebraram os cântaros, que traziam nas mãos. Assim tocaram as três companhias as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam nas mãos esquerdas as tochas e nas mãos direitas as trombetas que tocavam; e exclamaram: Espada pelo Senhor e por Gideão!" A respeito, façamos duas perguntas:
1. Quando foram tocadas as trombetas e quebrados os cântaros (uma figura da transformação e do arrebatamento)?
A resposta é: "...ao princípio da vigília média..." Esse é o tempo em torno da meia-noite. Em Mateus 25.6 está escrito: "Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro." Sabemos que, em nossos dias, nos aproximamos dessa hora da meia-noite. Os sinais dos tempos e Israel apontam para isso claramente. Trata-se também do tempo em que o mundo das nações está colocando "guardas" contra Israel, como os midianitas o fizeram naquela época (Jz 7.19). Isso levará, no final das contas, à batalha dos povos em Armagedom.
Atualmente, Israel está perdendo cada vez mais sustentação. A conquista de Jerusalém e a destruição de Israel continua fazendo parte do plano dos inimigos do povo de Deus. Mas antes do começo desse último período anticristão será ouvida a trombeta de Deus e a Igreja de Jesus será arrebatada. Com relação ao "homem da iniqüidade" (2 Ts 2.3), Dave Hunt escreve:
Neste exato momento, é quase certo que o anticristo já esteja vivendo em algum lugar do planeta Terra – aguardando seu tempo, esperando sua deixa. Sensacionalismo banal? Longe disso! Essa suposição é baseada em uma sóbria avaliação dos eventos atuais relacionados com a profecia bíblica. Como homem maduro, provavelmente ele já seja ativo na política, sendo possivelmente até mesmo um admirado líder mundial cujo nome está diariamente na boca de todos.
Ou pensemos, por exemplo, em relatos que advertem a respeito de cometas ou meteoros que poderiam atingir a Terra. Quando os últimos fragmentos do cometa "Shoemaker Levy 9" caíram sobre o gigantesco planeta Júpiter em julho de 1994 e deixaram marcas de destruição, o fato foi logo esquecido. Mas, praticamente não houve pausa para descanso. Pouco depois lia-se nos jornais:
Em agosto, o astrônomo amador Donald E. Machholz descobriu um novo cometa fragmentado em cinco partes... que poderiam se chocar contra a Terra, pois sua órbita cruza a do nosso planeta. Se algum fragmento do cometa caísse sobre a Terra, poderia ter conseqüências fatais...
O que quer que aconteça, devemos lembrar que o Senhor Jesus falou de estrelas que cairiam e de outros sinais que indicariam a iminência da Sua volta: "...as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória" (Mt 24.29-30).
2. Quando entrou em ação a espada do Senhor (Jz 7.20)?
Somente depois de tocadas as trombetas e quebrados os cântaros (uma figura do arrebatamento), quando a clara luz das tochas iluminou o acampamento dos inimigos, os israelitas gritaram: "Espada pelo Senhor e por Gideão!" A "espada pelo Senhor", porém, aponta profeticamente para o "dia do Senhor", ou seja, para o tempo da Grande Tribulação, na qual o Senhor vai julgar o mundo porque então todas as nações terão se ajuntado contra Seu amado povo Israel. Lemos a respeito em Jeremias 25.29b: "...porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o Senhor dos Exércitos." E, como os midianitas fugiram apavorados e em pânico diante da "espada pelo Senhor e por Gideão" e começaram a se matar reciprocamente (comp. Jz 7.21-22), também durante a Grande Tribulação as pessoas tentarão escapar do juízo da ira de Deus (Ap 6.15-17). Antes, porém, a Igreja de Jesus será arrebatada e transformada.
O caminho para o arrebatamento

Ficar cheio do Espírito Santo

Desse caminho que leva ao arrebatamento faz parte o ficarmos cheios do Espírito Santo, pois seremos arrebatados pelo poder do Espírito. Isso também é mostrado figuradamente na história de Gideão, como lemos em Juízes 6.34: "Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão, o qual tocou a rebate, e os abiezritas se ajuntaram após dele."
Essa é uma maravilhosa definição do arrebatamento, pois então a Igreja será como que revestida pelo Espírito Santo, envolta por Ele e levada ao céu. Não é em vão que está escrito em Efésios 4.30: "E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção." A que redenção isso se refere – pois os filhos de Deus já são redimidos? Aqui se trata da redenção da nossa carne, através da transformação por ocasião do arrebatamento! Para isso fomos selados com o Espírito Santo, com o qual seremos revestidos, ou seja, que nos envolverá quando formos tirados da terra. Por termos essa esperança do arrebatamento, deveríamos prestar muita atenção para não entristecer o Espírito Santo através de um modo de viver carnal, razão por que está escrito no versículo seguinte: "Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda a malícia" (Ef 4.31). É preciso honrar o Senhor através do andar em Espírito: "Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou" (v. 32).
Lançar fora toda carga desnecessária
A caminho do arrebatamento, é importante que lancemos fora e deixemos para trás toda carga desnecessária. Vemos isso no então ainda grande exército de Israel, antes de mais uma seleção, do tocar das trombetas e do quebrar do cântaros. A ordem do Senhor a Gideão foi: "Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e medroso, volte, e retire-se da região montanhosa de Gileade. Então voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram" (Jz 7.3). A Edição Revista e Corrigida diz: "...quem for cobarde e medroso..."
Dentre as coisas que devemos lançar fora a caminho do arrebatamento estão, necessariamente, a timidez (covardia) e o medo. Pois muitos cristãos têm literalmente medo do arrebatamento porque acham que não poderão subsistir diante do Senhor. Eles têm medo daquilo que os espera; por exemplo, o julgamento do galardão. Muitos ficam tão desanimados, que não gostariam de ouvir nada mais sobre a volta de Jesus. Isso, entretanto, não está de acordo com o que o Senhor quer e com o que a Bíblia ensina. Pois, justamente com relação ao arrebatamento está dito que ele deve servir como consolo: "Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.18).
Por isso é tão importante que lancemos fora a covardia e o medo da volta de Jesus para o arrebatamento, para podermos ir ao Seu encontro com liberdade e alegria! Em 1 João 4.17-18 está escrito: "Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que no dia do juízo mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor." Àqueles que esperam pelo arrebatamento com alegria e amam a volta do Senhor é prometida uma coroa especial (2 Tm 4.8). Se, entretanto, somos dominados pelo medo, nem podemos amar a vinda do Senhor, pois o medo pensa no castigo.
Diga-me, você também sente medo? Então, pela fé, lance fora agora o medo – e confie no Senhor, crendo que Ele alcançará Seu alvo para com você, apesar da sua fraqueza. Não se preocupe só consigo mesmo e com todas as suas deficiências, mas olhe para o Autor e Consumador da sua fé! A respeito dEle está escrito: "Ora, aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação..." (Jd 24). Conforme Efésios 5.27, Ele também apresentará você "sem mácula, nem ruga nem cousa semelhante, porém santo e sem defeito" diante dEle. Devemos recordar também o que diz Hebreus 10.19: "Tendo, pois, irmãos, intrepidez (a Ed. Rev. e Corrigida diz: "ousadia") para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus." Isso vale não somente para a oração que é ouvida no presente, mas também para o arrebatamento, permitindo que possamos entrar na santa e gloriosa presença de Deus com alegria. Não através de nossos próprios esforços, mas por meio do precioso sangue do Senhor e do Seu perdão encontramos ousadia para entrar no Santo dos Santos. Por isso, deixe o medo para trás! Aproprie-se na fé da promessa de 1 Pedro 1.5!

Manter-se próximo à água

A caminho do arrebatamento, temos que nos manter próximos à água, ou seja, da "lavagem de água pela palavra" (Ef 5.26). No tempo de Gideão, o que restou do exército foi provado por Deus junto à água. A ordem do Senhor a Gideão foi: "Ainda há povo demais; faze-os descer às águas, e ali tos provarei; aquele de quem eu te disser: Este irá contigo, esse contigo irá; porém todo aquele, de quem eu te disser: Este não irá contigo, esse não irá" (Jz 7.4).
A nós, da Nova Aliança, a Bíblia diz em Efésios 5.26 que fomos purificados "por meio da lavagem de água pela palavra." Se realmente quisermos nos deixar preparar para o ressoar da trombeta por ocasião do arrebatamento, é importante ter muita comunhão com Jesus Cristo, ouvindo a Palavra de Deus em cultos, reuniões nos lares e encontros de oração, mas também lendo muito a Bíblia e obedecendo ao que ela nos diz. Isso produzirá purificação mais profunda em nosso interior, santificação e preparação, mesmo que nada sintamos a respeito. Acontece então o mesmo que com uma mãe na cozinha segurando um escorredor de massas com batatas, debaixo da torneira, deixando a água correr sobre elas. Sua filhinha lhe pergunta: "Mãe, o que você está fazendo? A água está indo toda embora". "Venha cá e olhe. Se bem que a água tenha ido toda embora, as batatas ficaram limpas." O mesmo se dá conosco: quando ouvimos ou lemos a Palavra de Deus, não conseguimos lembrar tudo. Há mesmo épocas em que ela parece não nos dizer nada. Entretanto, há sempre um efeito purificador, pois trata-se da "lavagem de água pela palavra". Por isso está escrito: "Habite ricamente em vós a palavra de Cristo..." (Cl 3.16). Palavras humanas passam, mas a Palavra de Deus permanece! Lembremos, portanto, o que a Bíblia nos diz em 1 Pedro 1.23-25: "...pois fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada." No arrebatamento, deixaremos para trás tudo que é do presente, mas levaremos a Palavra de Deus junto para a Eternidade! E porque a Palavra de Deus é tão importante com relação à nossa preparação para a retirada da Igreja, o apóstolo Paulo diz em suas palavras introdutórias sobre o arrebatamento: "Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem" (1 Ts 4.15). Por isso, ocupe-se o máximo possível com a Palavra de Deus, que não deixa de fazer efeito.

Viver com o objetivo em mente

A caminho do arrebatamento, é preciso viver voltado completamente para o Senhor, Seu objetivo e Sua volta. É o que nos mostra a última prova a que foram submetidos os homens de Gideão. Lemos em Juízes 7.5-6: "Fez Gideão descer os homens às águas. Então o Senhor lhe disse: Todo que lamber as águas com a língua, como faz o cão, esse porás à parte; como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber. Foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber as águas." Esses trezentos homens estavam tão determinados a alcançar o objetivo, a executar o encargo dado pelo Senhor, que não se demoraram em se abaixar de joelhos para beber, mas ajuntaram rapidamente a água com a mão levando-a à boca. Aí imaginamos o que Pedro quis dizer ao falar sobre o dia da volta de Jesus, advertindo a Igreja: "...esperando e apressando a vinda do dia de Deus" (2 Pe 3.12a). Temos tal inclinação interior diante do Senhor Jesus e da Sua volta? É Sua vontade expressa que vivamos voltados para o objetivo, pois Ele disse em Lucas 12.35-36: "Cingidos estejam os vossos corpos e acesas as vossas candeias. Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram."
Mas como facilmente ficamos ocupados com coisas terrenas e nos deixamos deter por elas! Será que são os alvos pessoais, a conta bancária, a indiferença ou um pecado de estimação, diante dos quais você se inclina repetidamente e que roubam a sua disposição interior de entrega completa ao Senhor? Nos dias de Gideão também havia muitos que tinham seus olhos voltados temerosamente para as coisas do seu tempo, ao invés de olharem para o Senhor e Sua tarefa. Muitos deles se ajoelharam prazerosamente junto à água para descansar. É assustador que – apesar de todos os 10.000 pretenderem ir junto – no final das contas eles não o puderam, porque tinham dobrado seus joelhos diante das coisas do presente. No seu caso, esse foi o sinal exterior de que eles não estavam preparados interiormente. Nós também gostamos de fazer pausas espirituais, de interromper as atividades, e muitas vezes buscamos todas as coisas possíveis, exceto o Senhor exclusivamente. Como, entretanto, o Senhor conhece nossa estrutura, Ele continuamente nos exorta: "Portanto não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? porque os gentios é que procuram todas estas cousas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas" (Mt 6.31-33).
Se, ao final, observarmos mais uma vez o comportamento daqueles 300 homens que beberam rapidamente a água necessária junto ao rio para não perderem nenhum tempo na realização da tarefa do Senhor, quão importante se torna, nessa linha de pensamento, o que diz 1 Coríntios 9.25a: "E todo aquele que luta de tudo se abstém" (Ed. Rev. e Corrigida). Esses 300 homens não eram mais inteligentes nem melhores, nem mais fortes ou corajosos do que os outros – mas estavam no seu interior completamente livres e dispostos a servir ao Senhor. Com ardente zelo, eles tinham em mente exclusivamente o objetivo de Deus. Eles não tinham mais nenhuma espécie de outros alvos, mas seu coração era voltado inteiramente para a causa de Deus.
Você está disposto a lançar fora e deixar de lado tudo aquilo que o atrapalha no caminho ao encontro do Senhor? Tendo em vista a breve e repentina retirada da Igreja de Jesus, você realmente está disposto a tomar essa decisão, como Gideão e seus homens o fizeram? Lemos em Juízes 7.8a: "Tomou o povo provisões nas mãos, e as trombetas. Gideão enviou todos os homens de Israel cada um à sua tenda, porém os trezentos homens reteve consigo." A caminho do arrebatamento, leve somente as "provisões", a Palavra de Deus, e a "trombeta", a prontidão para o arrebatamento; leve em conta que a trombeta será tocada em breve.
Se o Senhor perguntasse a você neste momento: "Você quer fazer parte dos covardes e medrosos?", você certamente responderia com um definitivo "Não!" Então, aja de acordo e lance fora o medo em nome de Jesus! E, se Ele continuasse perguntando a você: "Olhe, sobraram 10.000: você quer pertencer àqueles que se ocupam em primeiro lugar com as coisas terrenas, ou prefere estar entre os 300 que levaram consigo somente as "provisões" necessárias e a "trombeta"?" – qual seria a sua resposta? Oh! que você responda agora com coração sincero: "Senhor, também quero fazer parte desses 300. Quero estar preparado para quando vieres!" Amém.
Extraído do livro Gideão –
Mensagem de Alerta Para os Tempos Finais.