segunda-feira, 23 de setembro de 2019

A Escolha de Cristo


MATEUS 4. 18-22
18 Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.
19 E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
20 Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.
21 Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e chamou-os.
21 Então, eles, no mesmo instante, deixando o barco e seu pai, o seguiram.
Jesus chamou homens simples.
Uma das coisas complicadas nas peladas de futebol é na hora de dividir os times. Confesso que não gosto muito de escolher entre um jogador e outro e às vezes até de deixar alguém de fora. Porém, talvez, o pior perigo é a tentação que temos de escolher os melhores jogadores para o nosso time. Afinal de contas como queremos ganhar, queremos nos garantir com os melhores jogadores jogando no nosso time.
Sei que você é como eu se vai montar uma equipe vai escolher os melhores; os mais capacitados, os mais ágeis. Jesus não foi assim. Nenhum executivo de empresa faria o que Jesus fez. Jesus não escolheu os melhores; Jesus não escolheu os mais preparados; ele não foi recrutar os seus seguidores na Universidade Federal de Jerusalém (Ele sabia que aqueles estavam muitos confiantes no que sabiam para aprender alguma coisa); Jesus não escolheu os mais comunicativos. Ele escolheu homens simples, pescadores, rudes, mais acostumados à solidão do mar do que às multidões. Foi estes que Jesus escolheu e a estes confiou a missão mais importante de toda a história: dar continuidade ao seu ministério.
Jesus chamou homens sem méritos.
Quando se vai começar uma empreitada, é de bom alvitre se escolher pessoas que além de preparadas, tenham boa reputação, que tenham aceitação na sociedade. E quando essa tarefa é no campo da fé, é importante que essas pessoas tenham o reconhecimento da comunidade. Jesus, porém, contrariou esses princípios. É verdade que Pedro e seu irmão embora não fizessem parte da liderança de alguma sinagoga ou daqueles que trabalhavam no templo, não eram contudo, tão mal afamados como aquele tal de Mateus. Fazer de um cobrador de impostos um discípulo aí já é um exagero! É comprometer a credibilidade do ministério. Aquele homem, além de ser um lesa-pátria, levava sobre a suspeição de roubar na cobrança de impostos.
A verdade é que Jesus não escolheu ninguém baseados nos méritos. Ele não olhou para as medalhas de vitórias nas batalhas espirituais, não levou em conta aqueles que se julgavam santos e puros a ponto de menosprezarem os outros. Talvez nem eu nem você os escolhêssemos, mas Jesus os escolheu.
Jesus chamou homens trabalhadores!
Jesus, não pensou assim, esses homens estão desocupados, não têm mesmo o que fazer, acho que vou aproveita-los. Porque, iria eu tirar alguém do seu curso universitário, do seu trabalho, da sua família para me seguir quando tem tanta gente ai sem fazer nada.
Não foi assim que Jesus pensou! Ele chamou homens trabalhadores, homens que estavam no seu trabalho, no seu labutar.
Ninguém pode dizer, Jesus, vai chamar outros, afinal de contas eu sou tão ocupado!
Jesus aproveitou o que havia de bom naqueles homens.
Jesus aproveita o pouco que nós temos para fazer muito. Um pouco de azeite, um punhado de farinha, uma pedra e uma funda, uma vara, cinco pães, dois peixinhos.
Pedro era pescador. Virou o maior pescador da igreja. Jesus usou a intempestividade de Pedro, o seu desembaraço, a sua intrepidez. No dia de Pentecostes quando a multidão aturdida ficou a se indagar o que aquilo acontecia. Pedro aproveita aquela oportunidade para apresentar a Jesus Cristo. Pedro não era homem de ficar traçando planos. Ele era homem de ações imediatas e Jesus usou isso.
Assim, o pouco que nós temos, pode ser muito nas mãos de Jesus. Ninguém na Igreja pode dizer. Ah! Mas Jesus não precisa de mim, afinal de contas tem tanta gente na Igreja mais capacitada do que eu. Ah! Você não sabe o que Jesus pode fazer através de você, com os dons e talentos que Ele colocou em suas mãos. Quando Ele os pega e multiplica, grandes milagres acontecem.
Jesus os chamou para que viessem imediatamente.
O Chamado de Jesus é sempre urgente. Imagine as inúmeras questões que se levantam em uma hora como essa: E o meu barco, quem vai tomar conta? A minha família, quem vai sustentar? Como nós vamos viver? Para onde vamos? Que garantia nós teremos? A única garantia é aquele que chama. Aquele que chama sustenta, aquele que chama dirige, aquele que chama capacita, aquele que chama vai à frente.
E o seu chamado tem sempre esse sentido de urgência. Não pode ser postergado, não pode ser adiado, não pode ficar para depois. Se Pedro tivesse levado três anos para poder responder a Cristo teria perdido a grande oportunidade de estar com Ele ao longo de seu ministério e de desfrutar de momentos que nem toda a fortuna de Bill Gates poderia comprar: ver Jesus Cristo transfigurado, em glória fulgurante, em brilho inenarrável, em beleza indescritível. Um só momento como aquele vale mais do que qualquer outra coisa nesta vida.
O melhor momento para se fazer a vontade de Deus é exatamente aquele no qual Ele está nos chamando. E eles imediatamente o seguiram.
Jesus os chamou radicalmente.
O chamado de Cristo é radical. Ele não deixa espaços. Nem meias escolhas é tudo ou nada. É negar-se a si mesmo. É vender tudo para comprar a pérola de grande valor. A vida de Pedro nunca mais seria a mesma. Os barcos ficaram para trás, as conversas na beira da praia sobre as grandes pescarias ficaram para trás.
Pedro naquele momento teria que deixar tudo, renunciar a tudo, abandonar tudo, renegar tudo, desdenhar de todas as tolas vantagens que o mundo pudesse lhe oferecer, desprezar as tentações. Pedro, André e os outros apóstolos teriam que deixar tudo, para ter apenas aquilo que o Senhor quisesse lhes entregar.
As implicações do chamado Cristo para você nesta manhã são as seguintes:
A sua falta de preparo ou de qualquer outro mérito não é desculpa. A sua ocupação não é desculpa.
Jesus vai multiplicar o pouco que você tem, para alimentar multidões famintas.
Os campos já estão brancos para a colheita. A Chamada é urgente. O Tempo é agora.
Largue tudo para obedecer a Jesus.

HOMILÉTICA

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HOMILÉTICA

HOMILÉTICA: É a ciência que estuda os princípios fundamentais do discurso em público, aplicados na proclamação do evangelho. Este termo surgiu durante o Iluminismo, entre os séculos XVII e XVIII, quando as principais doutrinas teológicas receberam nomes gregos, como, por exemplo, dogmática , apologética e hermenêutica.

As disciplinas que mais se aproximam da homilética são a hermenêutica e exegese que se complementam.

HOMILETIKE – (Grego) ensino em tom familiar

HOMILIA – (do verbo homileo ) Pregação cristã, nos lares em forma de conversa.

PREGAÇÃO Ato de pregar a palavra de Deus.

Pregação é o ato de pregar a palavra de Deus. Pregador (aquele que prega), vem do latim, “prae” e “dicare” anunciar, publicar. Apalavra grega correspondente a pregador é “Keryx”, arauto, isto é, aquele que tem uma mensagem (Kerygma) do reino de Deus, uma boa notícia, uma boa-nova – evangelho, “evangelion”.

DEUS, A PALAVRA E O MINISTRO

DEUS

Pregador Ouvinte/comunidade

O pregador dirigi-se a Deus e transmite ao ouvinte a mensagem levando-o a Deus.

Baseando-se em três passagens da vida de Pedro o pregador deve ser:

1 – Aquele que esteve com Jesus - Atos 4:13

2 – Aquele que fala como Jesus – Mateus 26:73

3 – Aquele que fala de Jesus – Atos 40:10

A proclamação do evangelho é trazer as Boas Novas da Salvação. Apresentar ao público Jesus Cristo, seus ensinamentos e seu propósito, para isso, é preciso que o mensageiro tenha uma identificação completa com Cristo. Conhecer a Cristo de forma especial é além de ser convertido Ter certeza de uma chamada (missão) específica para o ministério da palavra o que só é possível a aquele que “esteve com Jesus”.

CARACTERÍSTICAS DE UM PREGADOR

SOB O PONTO DE VISTA ESPIRITUAL

SOB O PONTO DE VISTA TÉCNICO

Chamado para obra (ordenança) Mt 28:19

Dom da palavra Rm 12: 6,7.8

Conhecer Deus Atos 4:13

Conhecimento da palavra II Tm 2:15

Ter uma mensagem Atos 5:20

Manejo da palavra II Tm 2:15

Unção 2 Reis 2.9

Guardar a palavra no coração Sl 119

Autoridade/ousadia Mc 1:21

Instrumento II Tm 2:15

A palavra de Deus afirma que a fé vem pela pregação da palavra e a pregação pela palavra de Cristo”. Rm 10:17. Entretanto, a falta de preparo adequado do pregador, falta de unidade corporal no sermão, falta de vivência real do pregador na fé cristã, falta de aplicação prática às necessidades existentes na igreja, falta de equilíbrio na seleção de textos bíblicos e a falta de um bom planejamento ministerial trazem dificuldades na proclamação da palavra.

ÉTICA NO PÚLPITO

“A primeira impressão é a que fica”;

“Em meio ao desenvolvimento da reunião, atravessa todo o corredor principal, aquele que será o preletor do encontro. Toda atenção está voltada para ele, que observado é dos pés a cabeça.”

Seu comportamento, imagem e exemplo é atributo influente na transmissão da mensagem como um todo. Devemos considerar que, quando existe uma indisposição do ouvinte para com o mensageiro, maior será sua resistência ao conteúdo da mensagem.

Não existe uma forma correta de se apresentar. Esteja de acordo com o local e a ocasião, sobretudo as mulheres. Nos homens o uso do “terno e gravata” é adequado a quase todos os locais e ocasiões.

Como são os membros da igreja que visita? Quais são as características da denominação? Qual é o horário de início e término do culto? Em que bairro se localiza?

Observe com atenção estes aspectos errados que devem ser considerados pelo pregador:

ë Fazer uma Segunda e auto-apresentação;

ë Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo;

ë Molhar o dedo na língua para virar as páginas da bíblia;

ë Limpar as narinas, cocar-se, exibir lenços sujos, arrumar o cabelo ou a roupa;

ë Usar roupas extravagantes;

ë Apertar a mão de todos. (basta um leve aceno)

ë Fazer gestos impróprios;

ë Usar esboços de outros pregadores, principalmente sem fonte;

ë Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulário vulgar.

ë Não fazer a leitura do texto ( Leitura deve ser de pé)

ë Evitar desculpas, você começa derrotado ( não confundir com humildade);

ë Chegar atrasado;

O pregador não precisa aparecer.

Quando convidado para pregar em outras igrejas, o pregador deve considerar as normas doutrinárias, litúrgicas e teológicas da igreja em questão.

1 – Evite abordar questões teológicas muito complexas;

2 – Não peça que a congregação faça algo que não esteja de acordo com os preceitos;

3 – Procure estar dentro dos padrões da denominação;

4 – Procure dar conotações evangelísticas a mensagem;

5 – Respeite o horário ( mesmo que seja pouco tempo );

6 – Converse sempre com o Pastor antes do início do culto.

Obs.A) Caso não concorde com alguns aspectos, não aceite o convite.

B) Doutrina e mudanças cabem ao pastor da igreja

C) Se acredita Ter recebido uma mensagem de Deus dentro desses aspectos: Fale com o Pastor.

ESTRUTURA DO SERMÃO

Qualquer explicação requer organização, ordenação, lógica e clareza. Sendo o sermão uma explicação da palavra e vontade de Deus esse deve ser didático. A prática de pregações através dos tempos levou o estudiosos do assunto a relacionarem alguns elementos básicos que devem estar presentes nos sermões, dando a eles uma estrutura que facilita o desenvolvimento da mensagem. Esses elementos, Alvo, texto, tema, introdução, corpo, conclusão e apelo compõem o que chamamos de estrutura do sermão são imprescindíveis pois norteiam a linha de pensamento do pregador direcionando o ouvinte para o conteúdo da mensagem.

ALVO OU OBJETIVO – Neste momento do sermão, o objetivo ou assunto , o pregador deverá ser inspirado por Deus. É exatamente aqui que ele recebe a mensagem que tem a pregar e a partir deste ponto estruturá-la para levar a igreja. Se você não tem nada para falar, não fale nada. Se o Espírito Santo lhe der algo a falar, fale, mas fale direito.

TEXTO BÍBLICO – O assunto do sermão deverá ser baseado em um texto bíblico.

TEMA – Para que o ouvinte possa Ter uma idéia do que você tem a falar é imprescindível o emprego de um tema. O ouvinte realmente estará adentrando no seu sermão.

INTRODUÇÃO – Começar bem é provocar interesse e despertar atenção. Aproximar o ouvinte do sermão e dar a ele uma noção ou explicação do que vai ser falado.

CORPO - Essa é a principal parte. Onde deverá está o conteúdo de toda mensagem, ordenado de forma lógica e precisa.

Neste ponto também deverão ser abordadas algumas aplicações utilizadas durante o sermão como, ILUSTRAÇÕES, FIGURAS DE LINGUAGEM, MATERIAL DE PREPARAÇÃO.

CONCLUSÃO – “Uma conclusão desanimada, deixará os ouvintes desanimados”. Baseados no objetivo específico do sermão a conclusão é uma síntese do mesmo e deve ser uma aplicação final à vida do ouvinte.

APELO – Um esforço feito para alcançar a consciência, o coração e a vontade do ouvinte. São os frutos do sermão.

OBJETIVO, ALVO E ASSUNTO

O objetivo da homilética, de uma forma geral, é a conversão, a comunhão, a motivação e a santificação para vida cristã.

O assunto de uma mensagem é algo particular entre o pregador e Deus.

Para ter assunto é preciso viver em comunhão e oração para que o Espírito Santo possa falar em seu coração.

A grande questão é: como Deus fala conosco? A forma de Deus falar é individual e peculiar.

Algumas pessoas acreditam que Deus fala somente de forma sobrenatural. Entretanto, Deus pode falar com você de todas as formas possíveis, fique atento, inclusive aquelas que você menos imagina. No ônibus, em casa, no trabalho, no banho, lendo a bíblia, olhando a paisagem, ouvindo uma mensagem, conversando, pensando, através de pessoas ou coisas, em sonho, em revelação, no meio de uma crise, ouvindo testemunhos, através de crianças, ouvindo uma música, em seu lazer, em um acidente, uma lição de vida, viajando, etc.

O QUE FALAR QUANDO CONVIDADO PARA PREGAR EM :

* CONGRESSOS E CONFRATERNIZAÇÕES

Neste caso os assuntos são apresentados pelos organizadores do evento. Para o pregador, o desafio está em desenvolvê-lo. Tenha intimidade com Deus para transmitir exatamente o que Ele quer falar.

Embora exista um tema, normalmente, este é geral, podendo o pregador ser mais específico.

Exemplo: TEMA DO CONGRESSO: “A videira verdadeira” João 15: 1 a 8

Você pode falar sobre: “Como o cristão pode Ter uma vida frutífera” , “Por que o cristão deve Ter uma vida frutífera?” ou até mesmo , “Os frutos da videira na vida do cristão”, utilizando outros textos e inserindo um subtema.

* DATAS COMEMORATIVAS/ CULTOS ESPECIAIS

Situações onde o assunto é uma explicação do momento. São cultos realizados em virtude de acontecimentos específicos na igreja local.

Dentre os cultos especiais podemos destacar:

· Casamento

· Natal

· Aniversariantes

· Dízimos

· Batismo

· Consagração

· Aniversário da Igreja

· Posse

· Cultos dos departamentos ( Juventude, irmãs, crianças, etc.)

· Nascimento e apresentação de bebês

· Funeral

· Doutrinário

· Evangelístico

Atenção! Conheça e domine os textos bíblicos para explorar estes assuntos mais facilmente.

“Para pregar, o pregador leigo deve combinar ou casar o assunto do sermão com um texto da palavra de Deus”.

ASSUNTO X TEMA

Assunto é o objetivo que você deseja alcançar por inspiração de Deus e o tema é como você vai dizer para o público qual é o seu objetivo.


TEXTO BÍBLICO

O texto bíblico é a passagem bíblica que serve de base para o sermão.

Esse texto deverá fornecer a idéia ou verdade central do sermão. Nunca se deve tomar um texto somente por pretexto, e logo se esquecer dele.

Segundo Jerry Stanley Key, existem algumas vantagens no uso de um texto bíblico:

1 - O texto dá ao sermão a autoridade da palavra de Deus.

2 - O texto constitui a base e alma do sermão;

3 - Através da pregação por texto o pregador ensina a palavra de Deus;

4 - O uso do texto ajuda os ouvintes a reter a idéia principal do sermão;

5 - O texto limita e unifica o sermão;

6 - Permite uma maior variedade nas mensagens;

7 - O texto é um meio para a atuação do Espírito Santo.

EXEGESE

Exegese é o trabalho de exposição de um texto bíblico.

DEZ PASSOS PARA UMA BOA EXEGESE

1 - Leia o texto em voz alta, comparando com versões diferentes para maior compreensão.

2 - Reproduza o texto com suas próprias palavras. (Fale sozinho)

3 - Observe o texto imediato e remoto.

4 - Verifique a linguagem do texto ( história, milagre, ensino, parábola, profecia, etc.)

5 - Pesquise o significado exato das principais palavras;

6 - Faça anotações;

7 - Pesquise o contexto ( época, país, costumes, tradição, etc.)

8 - Pergunte sempre onde? Quem? O que? Por que?

9 - Organize o texto em seções principal e secundárias;

10 - Resuma com a seguinte frase: “O assunto mais importante deste texto é...”

TEMA

O tema do sermão contém a idéia principal e o objetivo da mensagem. Deve ser estimulante e despertar o interesse, a curiosidade e a atenção do ouvinte. Deve ser claro, simples e preciso bem como, oportuno e obedecer o texto.

Para se desenvolver um bom tema o pregador precisa Ter criatividade, hábito de leitura, visão global do sermão e ser sintético.

TIPOS DE TEMAS:

Interrogativo: Uma pergunta, que deve ser respondida no sermão.

Ex.: Onde estás? Que farei de Jesus? Tenho uma arma o que fazer com ela?

Lógico: Explicativo.

Ex.: O que o homem semear, ceifará; Quem encontra Jesus volta por outro caminho.

Imperativos: Mandamento, uma ordem; Caracteriza-se pelo verbo no modo imperativo.

Ex.: Enchei-vos do espírito; Não seja incrédulo; Não adores a um Deus morto.

Enfáticos; Realçar um aspecto específico;

Ex.: Só Jesus salva; Dois tipos de cristãos;

Geral: Abrangente, aborda um assunto de forma geral sem especificá-lo.

Ex.: Amor; fé, esperança


ILUSTRAÇÕES

São recursos usados para o enriquecimento, e o esclarecimento de uma mensagem, quando devidamente aplicada.

O senhor Jesus sempre tinha uma boa história para iluminar as verdades que ensinava ao povo.

O significado do termo ilustrar é tornar claro, iluminar, esclarecer mediante um exemplo, ajudando o ouvinte a compreender a mensagem proclamada. O bom uso da ilustração desperta o interesse, enriquece, convence, comove, desafia e estimula o ouvinte, valoriza e vivifica a mensagem, além de relaxar o pregador.

A ilustração não substitui o texto bíblico apenas tem uma função psicológica e didática, para tornar mais claro aquilo que o texto revela.

As ilustrações devem ser simples, está correlacionadas com a mensagem, devem fornecer fatos de interesses humanos e devem Ter um ponto alto ou clímax

Obs.: OS EXEMPLOS BÍBLICOS SÃO AS MELHORES ILUSTRAÇÕES.

As ilustrações podem ser:

HISTÓRICA E CONTEXTUAL: Quando se aplica um conhecimento histórico ou explicação do contexto em que o texto está inserido. Exemplos:

a) Fundo da agulha – Porta estreita na cidade de Jerusalém onde, os mercadores tinham dificuldades de passar com os camelos. Mateus 19:24.

CONHECIMENTO INTELECTUAL: Envolve o conhecimento científico, psicológico, técnico e cultural. Exemplos:

v Técnico científico – A antena da TV recebe todas as frequências ao mesmo tempo entretanto, quando escolhemos um canal, através da sintonia, estamos selecionando uma determinada frequência.

METAFÓRICA OU ALEGÓRICA: Quando são empregadas figuras metafóricas como histórias e estórias. Exemplos

· Ao se aproximar da cidade do Rio de Janeiro um indivíduo reparou que o cristo redentor não era tão grande como pensava, parecia até mesmo ser menor do que seu dedo. No centro da cidade observou que estátua teria aumentado e já estava praticamente do seu tamanho, resolveu então ir até o monumento. No pé do corcovado ficou admirado com as proporções maiores do símbolo da cidade. Chegando então aos pés do cristo redentor ele pode perceber , como lhe disseram, que aquele era bem maior do que ele.

EXPERIÊNCIA PESSOAL: Testemunhos. Exemplos

· Neste tipo de ilustração o pregador relata fatos verídicos que demonstram a atuação de Deus, através de milagres, em sua vida ou de outras pessoas. Todos as respostas que Deus atendeu realizando curas, transformações, salvação, livramentos, libertação, etc.

Use no máximo duas ilustrações por sermão. Toda ilustração deve Ter uma aplicação e devem ser comentadas com simplicidade e naturalidade.

INTRODUÇÃO DO SERMÃO

Começar é difícil. Muitos escritores escrevem a introdução quando terminam o livro.

Alguém disse: “O pregador começou por fazer um alicerce para um arranha-céu, mas acabou construindo apenas um galinheiro”.

A introdução é tão importante quanto a decolagem de um avião que, deve ser bem perfeita para um vôo estabilizado. Ela, por certo, deve envolver o ouvinte, despertar o interesse e curiosidade e, também, ser um meio de conduzir os ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma boa introdução dá ao pregador segurança, tranquilidade, firmeza e liberdade na pregação.

Tipos de introdução: Você pode usar um destes tipos para iniciar um sermão:

1 – ILUSTRATIVA – Uso de uma ilustração na introdução.

Imagine que o assunto que será abordado seja complexo e abstrato. Então, comece com uma ilustração que explique e esclareça o que pretende dizer.

2 – DEFINIÇÃO – Explicação detalha de um determinado conceito.

Explique para o ouvinte o que tem a dizer. Dê a ele conceitos significados de símbolos, termos e assuntos que ele provavelmente não conheça.

Em um sermão onde o assunto é a PAZ, o pregador explicou, na introdução, o que é a paz, seus significados no velho e novo testamento, evolução lingüística do termo paz e a aplicação termo hoje.

3 – DIVISÃO – Quando se fala de características opostas. Mostre os dois lados da moeda.

Lendo o texto de Romanos 8: 1 a 17 é possível observar como Paulo trata de dois assuntos opostos, vida através do espírito e vida através da carne.

A introdução por divisão é aquela em que se fala ou compara assuntos como, “paz e guerra”, “amor e ódio”, “salvação e perdição” , “vida cristã e vida mundana”, etc.

4 – CONVITE – Convidar o ouvinte para participar e agir. Leve o ouvinte à ação.

Use os verbos no imperativo.

Analisando o texto de Isaías 55 podemos observar que há um predomínio de verbos (vinde, inclinai, vede, buscai, deixe, invocai etc ) no IMPERATIVO, que caracterizam um convite e ao mesmo tempo uma ordem. Dessa forma o ouvinte está sendo estimulado a agir, fazer ou participar.

5 – INTERROGAÇÃO – Uma pergunta (deverá ser respondida no corpo do sermão).

Para sermões onde o tema é uma pergunta é interessante que esta seja bem explorada na introdução. Observe que, se estamos falando sobre morte ou salvação cabe aqui uma pergunta como “Para onde iremos nós?”, que deve levar o ouvinte a uma reflexão profunda, e para reforçar pode-se usar o texto de Lucas 12:20 “Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te [pedirão] a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”

As perguntas da introdução devem ser respondidas no corpo do sermão.

6 – SUSPENSE – A mensagem principal está oculta e será esclarecida no corpo do sermão.

7 – ALUSÃO HISTÓRICA – Explicar o contexto histórico.

Explique o contexto do texto em que será aplicada a mensagem ( época, país, costumes, tradição, etc.). Observe o texto de João 4: 1 a 19. Caso sua mensagem esteja baseada neste texto, introduza com uma explicação detalhada das relações entre os Judeus e os Samaritanos, as relações entre os homens e as mulheres, a lei acerca do casamento, a origem do poço de Jacó, etc.

CARACTERÍSTICAS DA INTRODUÇÃO

Uma introdução bem estruturada, deve apresentar algumas características como, clareza e simplicidade, deve ser um elo de ligação com o corpo do sermão e uma ordenação de pensamentos de forma lógica e sistematizada e, não deve prometer mais do que se pode dar. É preciso estar atento para o tempo de duração da introdução que, deve ser breve e proporcional ao sermão. Evitar desculpas que possam trazer uma má impressão.


CORPO DO SERMÃO

Esta deve ser a principal parte do sermão. Aqui o pregador irá expor idéias e pensamentos que deseja passar para os ouvintes. As divisões devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de hoje. Depois de Ter estudado e de fazer uma boa exegese do texto que será usado no sermão deve-se ensinar e aplicar os propósitos de acordo com os nossos dias.

As divisões devem Ter significados para os ouvintes e, não devem se desviar da mensagem principal que é a coluna do sermão, o objetivo será finalizado e apresentado na conclusão.

É necessário ser vocacionado para o Dom da palavra, mas podemos aprender algumas técnicas que podem ajudar ao pregador no preparo do sermão.

COMO TIRAR PONTOS DO TEXTO

1 – Leia todo o texto. Ex.: Atos 2: 37 a 47

2 – Procure a idéia principal do texto. (Observe o subtema, o contexto, e a situação)

3 – Procure os principais verbos e seus complementos

4 – Com base nos verbos retirados crie frases (divisões) que os complemente e que, passem uma idéia ou estejam ligadas com a mensagem a ser pregada.

5 – Organize as frases dentro da idéia principal.

· Faça o mesmo para Salmos 1:1 e 2 e desenvolva divisões para o seguinte sermão

“As quatro maneiras de ser bem-aventurado”.

CARACTERÍSTICAS DO CORPO DO SERMÃO

As divisões retiradas do texto devem se apresentar de forma ordenada no sermão para que não haja uma confusão de idéias. O ouvinte precisa acompanhar o seu desenvolvimento . “Cada divisão, subdivisão, e até ilustrações e explicação, tem que apontar na direção do alvo e em ordem de interesse”. Cada ponto deve discutir um aspecto diferente para que não haja repetição.

As frases devem ser breves e claras. As divisões servem para indicar a linha de pensamento a serem seguidas ao apresentar o sermão. Entretanto, deve-se fazer uma discussão que é o descobrimento das idéias contidas nas divisões.

TIPOS DE SERMÕES

Tradicionalmente encontramos, praticamente em todos as obras homiléticas, três tipos básicos de sermões:

SERMÃO TEMÁTICO: Cujos argumentos (divisões) resultam do tema independente do texto;

SERMÃO TEXTUAL: Cujos argumentos (divisões) são tiradas diretamente do texto bíblico;

SERMÃO EXPOSITIVO: Cujos argumentos giram em torno da exposição exegética completa do texto.

SERMÃO TEMÁTICO

É aquele em que toda a argumentação está amarrada em um tema, divide-se o tema e não o texto, o que permite a utilização de vários textos bíblicos.

Observe o exemplo: Tema: “A PAZ QUE SÓ JESUS PODE DAR...”

1 – ...ilumina nosso caminho Lucas 1:79

2 – ...liberta a nossa mente de pensamento perturbador João 14:27

3 – ...retira sentimento de medo João 20:19 e 20

4 – ...salva João 3:16

Repare que cada tópico (divisão) apresenta uma característica da “Paz” proposta pelo tema, mas, para cada ponto há um texto diferente, ou seja, a base do sermão é a “Paz de Jesus” que é abordada em diversos textos bíblicos.

É necessário aplicar um texto bíblico em cada divisão do tema para não atrair muito a atenção para o pregador em detrimento da palavra de Deus. Deve-se evitar divagações e generalizações vazias e inexpressivas.

O sermão temático exige do pregador mais cultura geral e teológica, criatividade, estilo apurado, contudo, o sermão temático conserva melhor a unidade.

COMO RETIRAR IDÉIAS E ARGUMENTOS (DIVISÕES) DO TEMA

· Escolher o tema – (Criar frases, retirar de textos bíblicos ou de outras fontes);

· Analisar o tema – (repetir e refletir várias vezes);

· Pergunte-se, o que deve falar sobre o tema;

· Extrair a principal palavra ou frase do tema – (Ela pode se repetir nos argumentos);

· Separe no mínimo 3 argumentos ligados ao tema;

· Pesquisar passagens bíblicas que se refiram aos argumentos.;

· As divisões são explicação ou respostas do tema.


SERMÃO TEXTUAL

É aquele em que toda a argumentação está amarrada no texto principal que, será dividido em tópicos. No sermão textual as idéias são retiradas de um texto escolhido pelo pregador.

Como já estudamos anteriormente, aqui estão algumas dicas para tirar pontos do texto.

As divisões do sermão textual podem ser feitas de acordo com as declarações originais do texto. Ou se utilizar de uma análise mais apurada baseando-se em perguntas como: Onde? Que? Quem? Por que? Que deverão ser respondidas pelas declarações ou frases do texto. E ainda pode-se dividir por inferência, as orações textuais são reduzidas a expressões sintéticas que encerra o conteúdo.

COMO TIRAR PONTOS DO TEXTO

1 – Leia todo o texto.

2 – Procure a idéia principal do texto. (Observe o subtema, o contexto, e a situação)

3 – Procure os principais verbos e seus complementos. Lembre-se verbo é ação.

4 – Procure os sentidos expressos nas representações simbólicas, metáforas e figuras.

4 – Com base nos verbos e significados retirados crie frases (divisões) que os complemente e que, passem uma idéia ou estejam ligadas com a mensagem a ser pregada.

5 – Organize as frases dentro da idéia principal.– Leia todo o texto. Ex.:

Observe o exemplo: Texto: Salmo 40:1-4

Tema: Nem antes, nem depois, no tempo de Deus.

Introdução: (Definição) Esperança significa expectação em receber um bem. O mundo é imediatista.

Corpo: O que acontece quando você espera no senhor?

1 – Ele te retira da condição atual. ( Qual é o seu lago terrível? )

2 – Ele te coloca em segurança, na rocha. ( Te dá visão para solucionar o problema )

3 – Ele requer a sua adoração, um novo cântico. ( Adorar em Espírito e verdade )

4 – Ele te faz testemunha, muitos o verão. ( serme-eis testemunha )

Repare que cada tópico (divisão) apresenta um termo ou uma passagem do texto. De tal forma que o texto pode ser bem explorado pelo preletor.

Deve-se evitar divagações e generalizações vazias e inexpressivas.

O sermão textual exige do pregador conhecimento do texto, contexto e cultura bíblica.


O SERMÃO EXPOSITIVO

É aquele que explora os argumentos principais da exegese, hermenêutica e faz uma exposição completa de um trecho mais ou menos extenso. O sermão expositivo é uma aula, uma análise pormenorizada e lógica do texto sagrado. Este tipo do sermão requer do pregador cultura teológica e poder espiritual.

O sermão expositivo é o método mais difícil, apreciado pelos que se dedicam à leitura e ao estudo diário e contínuo da bíblia, deve ser feito uma análise de línguas, interpretação, pesquisa arqueológica, e histórica, bem como, comparação de textos.

CARACTERÍSTICAS DO SERMÃO EXPOSITIVO

· Planejamento

· Poder abordar um grande texto ou uma passagem curta;

· Interpretação mais fiel;

· Análise profunda do texto;

· Unidade, idéias subsidiárias devem ser agrupadas com base em uma idéia principal;

· Não é suficiente apresentar só tópicos ou divisões;

· Tempo de estudo dos pontos difíceis;

· Pode ser abordado em série.

É muito comum o uso do sermão expositivo em pregações seriadas como conferências e estudo bíblico.

CONCLUSÃO

É o clímax da aplicação do sermão

“Para terminar!” , “Concluindo”, “Só para encerrar”, “Já estamos terminando”.

Você já ouviu estas frases? Muitas pessoas não sabem terminar uma conversa, ficam dando voltas ou se envolvem em outros assuntos, sem ao menos perceber que o tempo está passando e o ouvinte já está angustiado com a demora.

Assim, muitos pregadores não sabem ou não conseguem concluir um sermão. Isso acontece por que estes não preparam um esboço e suas idéias estão desordenadas, logo, não conseguem encontrar uma linha condutora da conclusão do sermão.

COMO DEVE SER A CONCLUSÃO ?

1 – Apontar o objetivo específico da mensagem;

2 – Clara e específica;

3 – Resumo do sermão (o sermão em poucas palavras)

4 – Aplicação direta a vida dos ouvintes;

5 – Pequena;

6 – Faça um desfecho inesperado.

Logo, uma boa conclusão deve proporcionar aos ouvintes satisfação, no sentido de haver esclarecido completamente o objetivo da mensagem. É preciso Ter um ponto final para que o pregador não fique perdido.

OBS.: NÃO DEVE PREGAR UM SEGUNDO SERMÃO

APELO

Um esforço feito para alcançar o coração, a consciência e a vontade do ouvinte.

Apelo não é apelação.

Dois tipos de apelos:

· CONVERSÃO/RECONCILIAÇÀO – Aos ímpios e aos desviados.

· RESTAURAÇÃO – A igreja

COMO DEVE SER O APELO ?

1 – Convite

2 – Impactante e direto

3 – Não forçado ou prolongado

4 – Logo após a mensagem.

No apelo você deve dizer ao ouvinte o que ele deve fazer para confirmar a sua aceitação. Seja claro e mostre como ele deve agir.

· Levantar as mãos;

· Ir a frente;

· Ficar em pé;

· Procurar uma igreja próxima;

· Conversar com o pastor em momento oportuno.

Hermenêutica ( Estudo )

INTRODUÇÃO

O termo "hermenêutica" deriva do grego hermeneuein, "interpretar". A Hermenêutica Bíblica cuida da reta compreensão e interpretação das Escrituras. Consiste num conjunto de regras que permitem determinar o sentido literal da Palavra de Deus.

É o estudo cuidadoso e sistemático da Escritura para descobrir o significado original que foi pretendido. É a tentativa de escutar a Palavra conforme os destinatários originais devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intenção original das palavras da Bíblia. É o estudo cuidadoso e sistemático da Escritura para descobrir o significado original que foi pretendido. É a tentativa de escutar a Palavra conforme os destinatários originais devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intenção original das palavras da Bíblia.

A Escritura é explicada pela Escritura e pelo Santo Espírito. A Bíblia interpreta a própria Bíblia..

A NECESSIDADE DO ESTUDO

Atos 8:26 Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai em direção do sul pelo caminho que desce de Jerusalém a Gaza, o qual está deserto. 27 E levantou-se e foi; e eis que um etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adorar, 28 regressava e, sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. 29 Disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. 30 E correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes, porventura, o que estás lendo? 31 Ele respondeu: Pois como poderei entender, se alguém não me ensinar? e rogou a Filipe que subisse e com ele se sentasse. 32 Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim ele não abre a sua boca. 33 Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; quem contará a sua geração? porque a sua vida é tirada da terra. 34 Respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? de si mesmo, ou de algum outro? 35 Então Filipe tomou a palavra e, começando por esta escritura, anunciou-lhe a Jesus.

1-.O próprio Pedro admitiu que há textos difíceis de entender: "os quais os indoutos e inconstantes torcem para sua própria perdição" (2 Pedro 3:15 e 16).

2-.A arma principal do soldado cristão é a Escritura, e se desconhece o seu valor ou ignora o seu legítimo uso, que soldado será? (2 Timóteo 2:15).

3- .As circunstâncias variadas que concorreram na produção do maravilhoso livro exigem do expositor que o seu estudo seja meticuloso, cuidadoso e sempre científico, conforme os princípios hermenêuticos.

1 - É necessário tomar as palavras no sentido que indica o contexto, isto é, os versos que precedem e seguem o texto que se estuda. Consulte o texto imediato e remoto.

Comente as seguintes situações:

a) É possível provar com a bíblia o ateísmo, pois nela se encontra a asserção “Não há Deus”.

b) Em Rm 7:1-6 Paulo demonstra que agora estamos livres da lei”. De que lei fala o apóstolo?

2 – Vocabulário do escritor - Enquanto for possível, é necessário tomar as palavras no seu sentido usual e ordinário. É absolutamente necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase.

Comente: Estamos debaixo da lei. (I João 1:4)

3 – O intuito do escritor - É preciso tomar em consideração o desígnio ou objetivo do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras..

Esta regra tem importância especial quando se trata de determinar se as palavras devem ser tomadas em sentido literal ou figurado. Para não incorrer em erros, convém, também, deixar-se guiar pelo pensamento do escritor, e tomar as palavras no sentido que o conjunto do versículo indica.

Ex.:

· Apóstolo João no fim do seu evangelho (20:30-31)

· Lucas no começo de seu evangelho (1:1-4)

· Dedução ( Rom. 1:1-7; Gal 1:6-7; I Tim 1:3-4 )

· Chaves ( Num 1:1 - No deserto )

4 – Paralelismo e correlação - É indispensável consultar as passagens paralelas explicando as coisas espirituais pelas espirituais (I Cor 2:13).

· Verbais passagens que ocorrem as mesmas palavras.

· Reais – se trata do mesmo assunto ou se expõe a mesma doutrina. (evangelhos)

AUXÍLIOS EXTERNOS

A. contexto histórico: a época e a cultura do autor e dos seus leitores: fatores geográficos, topográficos e políticos, a ocasião da produção do livro. A questão mais importante do contexto histórico tem a ver com a ocasião e o propósito de cada livro.

Ageu 1:4 Acaso é tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa fica desolada?

Faça uma análise contextual histórica do texto acima e explique o que o porque o Senhor pronunciou esta palavra através do profeta Ageu ao povo.

Época :

O autor:

Fatores geográficos:

Situação política:

Situação do povo:

Interpretar historicamente: o interprete deve descobrir as circunstâncias para um determinado escrito vir à existência. É necessário conhecer as maneiras, costumes, e psicologia do povo no meio do qual o escrito é produzido. A psicologia de uma pessoa inclui suas idéias de cronologia, seus métodos de registrar a história, seus usos de figura de linguagem e os tipos de literatura que usa para expressar seus pensamentos.

B. contexto literário: as palavras somente fazem sentido dentro das frases, e estas em relação às frases anteriores e posteriores. Devemos procurar descobrir a linha de pensamento do autor. O que o autor está dizendo e por que o diz exatamente aqui?

Reconhecer o que o autor tenciona dizer:

Quando Jesus disse “Eu sou a porta” entendemos essa expressão como comparação. Quando Ele disse: Vê e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus”, sua intenção era que a palavra fermento simbolizasse a doutrina de grupos. Quando disse ao paralítico: “levanta-te, toma o teu leito, e vai para a tua casa”. Ele esperava que o paralítico obedecesse.

C. interpretar lexicamente (dicionários). É conhecer a etimologia das palavras, o desenvolvimento histórico de seu significado e o seu uso no documento sob consideração. Esta informação pode ser conseguida com a ajuda de bons dicionários. o uso dos dicionários, deve notar-se cuidadosamente o significar-se da palavra sob consideração nos diferentes períodos da língua grega e nos diferentes autores do período.

D..interpretar sintaticamente: o interprete deve conhecer os princípios gramaticais da língua na qual o documento está escrito, para primeiro, ser interpretado como foi escrito. A função das gramáticas não é determinar as leis da língua, mas expô-las. O que significa, que primeiro a linguagem se desenvolveu como um meio de expressar os pensamentos da humanidade e depois os gramáticos escreveram para expor as leis e princípios da língua com sua função de exprimir idéias. Para quem deseja aprofundar-se é preciso estudar a sintaxe da gramática grega, dando principal relevo aos casos gregos e ao sistema verbal a fim de poder entender a estruturação da língua grega. Isto vale para o hebraico do Antigo Testamento.

Leitura.

Ø A bíblia explicada - CPAD

Ø A bíblia no mundo de hoje – Cryswel - Juerp

Ø A bíblia vida nova – Russel P. Shedd

Ø A pequena enciclopédia da bíblia – O S. Boyer

Ø Esboço de teologia sistemática – Langston – Juerp

Ø Geografia bíblica - Osvaldo Ronis – Juerp

Ø Introdução ao estudo do novo testamento grego – W. C. Taylor

Ø Manual de hermenêutica sagrada A Almeida Casa Editora Presbiteriana

Ø Merece confiança o novo testamento? F.F. Bruce - Vida Nova

Ø comentário bíblico de Moody – Imprensa Batista Regular

Ø Pregação ao alcance de todos Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, Reifler H. U.

Ø Hermenêutica avançada Princípios e processos de interpretação bíblica Ed vida.

LINGUAGEM LITERAL E FIGURADA

Certos textos devem ser entendidos literalmente. Há também na Bíblia passagens em linguagem figurada. Devemos ler a bíblia deixando-a significar o que quer dizer. Sua linguagem figurada é geralmente indicada pelo contexto; sues símbolos e tipos são explicados por outras passagens, quando não o são no prórpio texto ou no contexto imediato. Fora disso, sua linguagem deve ser entendida literalmente, a não ser que o sentido requeira interpretação figurada..

FIGURAS PRINCIPAIS

1 - Metáfora – é uma comparação não expressa. É a figura em que se afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, ou como que se compara. O sujeito está entrelaçado com a coisa comparada. Ao contrário da símile que é uma comparação expressa onde o sujeito está de fora.

Ex.: Metáfora -“Eu sou o pão da vida”. “Vós sois a luz do mundo”

Símile – “O reino dos céus é semelhante...”)

1 – Metonímia. É o emprego do nome de uma coisa pelo de outra com que tem certa relação.

Ex.: Jó 32:7 “Falem os dias e a multidão dos anos ensine a sabedoria”. Aidade por aqueles que a têm. Gn 25:23 “Duas nações há no teu ventre”. Os progenitores pelas descendências.

2 – Sinédoque – É a substituição de uma idéia por outra que lhe é associada.

Ex.: Gn 6:12 “E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida” – do geral pelo particular.

3 – É a afirmação em que as palavras vão além da realidade literal das coisas.

Ex.: Dt 1:28 “As cidades são grandes e fortificadas até os céus”.

4 – Ironia - É a expressão de um pensamento em palavras que, literalmente entendidas , exprim iriam o pensamento oposto.

Ex.: Juízes 10:14 “Clamai aos deuses que escolhestes, eles que vos livrem no tempo de vosso aperto.

5 – Prosopopéia – É personificação de coisas ou de seres irracionais.

Ex.: Sl 35:10 “Todos os meus ossos dirão: Senhor quem é como tu”.

6 – Antropomorfismo – É a linguagem que atribui a Deus ações e faculdades humanas, e até osso e membros do corpo humano.

Ex.: Gn 8:12 “O Senhor cheirou o suave cheiro, e disse o senhor no seu coração”.

7 – Parábola – É uma narrativa de acontecimento real ou imaginário em que tanto as pessoas como as coisas e as ações correspondem a verdades de ordem espiritual e moral.

Regras de interpretação das parábolas:

Primeira – Todos os termos devem ser interpretados.

Segunda – Devemos procurar o ponto central.

Terceira – Deve-se conhecer a interpretação dos símbolos bíblicos.

Quarta – Prestar atenção no início e no fechamento.

Quinta – Os passos mais obscuros interpretam-se pelos mais claros.

Sexta – Em certos casos um termo, pode aplicar-se com variadas modalidades.

8 – Provérbios – Demonstram a verdadeira religião em termos práticos e significativos. Os provérbios têm um único tipo de comparação ou princípio de verdade para comunicar. Não se pode ir além da intenção do autor.

Ex.: Pv 31:14 –

TEMPOS E ÉPOCAS.

Para interpretar corretamente a bíblia é preciso distinguir os tempos. Não devemos confundir as injuções e os privilégios de uma era com os de outra. Podemos observar este detalhe em Hebreus 1:1

ANÁLISE TEOLÓGICA

A pergunta fundamental feita na análise teológica é: Como essa passagem se enquadra no padrão total da revelação de Deus?. Antes de respondermos a esta pergunta, devemos Ter uma compreensão do padrão da história da revelação.

Há, neste momento uma necessidade de conhecimento dos conceitos de graça, lei, salvação e o ministério do Espírito Santo.

CONCLUSÃO

Até aqui aprendemos que a interpretação bíblica através da hermenêutica é um somatório de regras e leis que permitem encontrar o sentido exato dos textos. A hermêutica indica os caminhos para essa interpretação, entretanto outras matérias correlacionadas (crítica textual, exegese, teologia sistemática, teologia bíblica, estudo do Cânon, crítica histórica) fornecerão os subsídios necessários para a interpretação.

Cada um de nós vê a realidade através de olhos condicionados pela cultura e por uma variedade de outras experiências.

Os escritores bíblicosproduziram, literalmente “soprado por Deus” escritos sem suspender seus estilos pessoais de expressão ou liberdade.

No estudo da bíblia deve-se determinar tão intimimamente quanto possível o que Deus queria dizer em determinada passagem, e não o que ela significa para mim.

A Falta que Fazem os Profetas

Confesso que não gostava de ler os profetas da Bíblia. Sempre os considerei rígidos demais, exageradamente metafóricos e confusos. Em meus primeiros anos como cristão, não sabia situá-los historicamente. Lê-los me entediava.

A primeira vez que senti simpatia pelos profetas foi quando vi-me desafiado a enxergar o coração paterno de Deus nas páginas do Antigo Testamento e, assim, reli toda a Bíblia. Recordo-me da minha alegria quando percebi, pela primeira vez, que a saga bíblica resume-se em mostrar um pai em busca de seus filhos. Entendi a profundidade da interpretação que os antigos rabinos de Israel davam ao dilúvio. Afirmavam que depois de Jeová insistir cento e vinte anos com os seus filhos, viu a dureza de seus corações, chorou por quarenta dias e quarenta noites e suas lágrimas cobriram a terra. Aprendi sobre a paciência e longanimidade divina em tolerar momentos históricos perversos. Consegui, finalmente, estudar os profetas sem considerá-los grosseiros.

Mas me apaixonei mesmo pelos escritos dos profetas quando li Abraham J. Heschel, rabino que se tornou notório por sua abordagem sobre o coração amoroso de Deus em meio a um judaísmo inclemente.

Seu livro The Prophets é um libelo da literatura judaica. Heschel apresenta-nos os profetas, mostrando que eles não foram meios microfones que amplificavam e decodificavam o falar de Deus. mas gente inserida na cultura. com temperamento e individualidade. A tarefa do profeta não se resumia em transmitir o ponto de vista divino Ele encarnava o coração de Deus. O profeta em Israel não vaticinava apenas. Ele era também poeta. pregador patriota, crítico social. Sempre iniciava suas profecias com juízo, mas sempre as concluía com esperança e redenção. O profeta não repetia jargões. não perpetuava o que já fora dito. mas pensava fora dos paradigmas. Não era convencional. A mágica de suas palavras vinha de sua intuição, de seu inconformismo e da largura de seus anseios. Inúmeras vezes a linguagem do profeta foi hiperbólica. O exagero era uma maneira de mostrar sua angústia, seu desespero de não se acovardar diante do iminente fracasso nacional.

Meu apetite pela leitura dos profetas fez nascer em mim o desejo de vê-los entre nós. Entendo que o ministério profético com autoridade canônica foi até João Batista (Mt 11.13).

Sei também que o dom carismático da profecia (1 Co 12) resume-se à função tríplice que Paulo nos deu em 1 Corínthios 14.3 - edificar, exortar e consolar. Entretanto, o ministério profético que desejo não é um título ou cargo. acho que é uma paixão. Sinto que a igreja evangélica brasileira tem bons evangelistas e excelentes estrategistas eclesiásticos e que já demonstramos alguma maturidade teológica, mas ainda somos carentes de líderes com a verve profética.

O movimento evangélico brasileiro necessita de homens como Martin Luther King Jr., um dos mais autênticos profetas do século 20. Sua vida, tantos anos depois de sua morte, continua impressionando pela coerência, bravura e profundo compromisso com os valores do reino de Deus.

Li sua autobiografia e confesso que senti o meu coração desafiado por esse homem que viveu, falou e lutou como um profeta para os americanos, mas cuja vida inspira todas as nações. King Jr. nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta, Geórgia, e foi ordenado pastor batista em 25 de janeiro de 1948. Quando assumiu a igreja que seu pai pastoreava, a Dexter Avenue Church, em Montgomery, Alabama, decidiu que jamais se curvaria às leis segregacionais do Sul dos Estados Unidos.

Nessa cidade, aconteceu o grande boicote às companhias de ônibus. Rosa Parker, uma costureira de 42 anos, recusou-se a ceder seu lugar em um ônibus a um homem mais jovem que ela e foi presa. Organizou-se um movimento na cidade e King Jr. foi eleito por unanimidade o seu presidente.

Depois de várias vezes preso, de sofrer atentados com uma bomba que foi jogada na varanda de sua casa em 27 de janeiro de 1957, ele passou um mês na Índia, aprendendo os princípios da não-violência usados por Ghandí na resistência ao imperialismo britânico. Aplicou-os nos Estados Unidos e conseguiu vencer a tirania e o ódio com o amor.

Em 28 de agosto de 1963. King Jr. subiu os degraus do Memorial de Lincoln para fazer o seu mais famoso discurso,I Have a Dream (Eu tenho um sonho). Sua voz ecoou por todo o mundo enquanto a paixão de um profeta se derramou par seu povo. Era o coração de Deus que pedia que os homens não fossem julgados pela cor de sua pele, mas pelos conteúdos do caráter. Sua vida impressionou tanto que, em 10 de dezembro de 1964, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Juntei alguns de seus pensamentos, os quais reproduzo aqui para que notemos a falta que os profetas fazem.

Homens e mulheres vivendo em comunidade:

Quando o indivíduo não é mais um verdadeiro participante e não percebe sua responsabilidade para com sua sociedade, os conteúdos da democracia se esvaziam. Quando a cultura se degrada e a vulgaridade é entronizada; quando o sistema social não constrói segurança, mas induz o medo. inexoravelmente o indivíduo é impelido a se isolar completamente desta sociedade sem alma. Este é o processo que produz alienação - talvez a mais insidiosa característica da sociedade contemporânea.

A grandeza dos ideais:

A medida de um homem não se afirma em tempos de conforto e conveniência, mas repousa nos seus posicionamentos em tempos de dermos e controvérsias. A coragem encara o medo e, portanto, dele se assenhora. A coragem reprime o medo e, portanto, dele se dorna escrava. Homens corajosos nunca perdem o elã pela vida mesmo que a situação que vivam seja sem brilho; covardemente, homens esmagados pelas incertezas da vida perdem o desejo de Viver. Devemos constantemente erguer diques de coragem para deter as inundações do medo.

O próximo:

A maioria daqueles que vivem na América rica ignora os que vivem na América pobre; ao fazerem isso, os ricos americanos terão de eventualmente enfrentar a pergunta que Eichmann preferiu ignorar: "Qual a minha responsabilidade pelo bem-estar do meu próximo?" Ignorar o mal é tornar-se cúmplice dele.

Deus e a religião:

A ciência investiga; a religião interpreta. A ciência fornece o conhecimento que dá poder: a religião fornece a sabedoria que dá controle. A ciência lida com os fatos, a religião lida primordialmente com os valores. As duas não são rivais. Elas se complementam. A ciência ajuda a religião a não cair no vale paralisante da irracionalidade e do obscurantismo. A religião previne a ciência de despencar no pântano do materialismo obsoleto e do niilismo moral

Em 4 de abril de 1968. uma bala assassina silenciou esse profeta de Deus. Contudo. sua vida continua inspirando milhões de homens e mulheres. Martin Luther King Jr. não pode ser esquecido pela geração evangélica deste novo milênio. Que ele nos inspire a desejar mais profetas na igreja. Precisamos de homens e mulheres que não nos deixem acostumados com a ordem natural das coisas. Precisamos de gente cuja voz troveje ira contra a iniqüidade e a injustiça, mas que nunca fale sem a ternura de Deus. Que o mote de King Jr. - I Have a Dream - ecoe entre as paredes das igrejas, para que nunca deixemos de sonharem tempos de imediatismos.

Jesus mandou que orássemos pedindo mais obreiros para a sua seara. Minha prece é que Ele envie mais profetas.

A Falsidade e a Mentira

A mentira é outro dos pecados mais generalizados de nossa sociedade, a tal ponto que a consciência de muitos cristãos têm se tornado insensível e debilitada com relação ao pecado da mentira. Existem muitas pessoas crentes que crêem "que não se pode viver sem uma mentirinha".

A mentira é covardia para não enfrentar a realidade. O homem se justifica ao mentir; considera que as mentiras são "piedosas" ou "por necessidade" ou ainda para evitar problemas maiores. São justificativas ilusórias e sem fundamentos, pois a falsidade e mentira são imorais e contrárias à conduta que Deus requer do homem.

Que é a Mentira?

Mentira: É uma manifestação contrária à verdade, cuja essência é o engano, e cuja gravidade se mede segundo o egoísmo ou a maldade que encerra. Está proibida pelo decálogo (10 mandamentos) divino (Ex 20:16), e um dos efeitos da conversão ao cristianismo é deixar de mentir (Ef 4:25).

A mentira direta, como a de Ananias e Safira (At 5:4), não é a única forma de mentira. Em algumas ocasiões se trata de meias verdades (que é uma "mentira inteira"), como Abraão disse de sua esposa Sara a Abimeleque: "É minha irmã." (Gn 20:2,12). O propósito é sempre enganar.

Pode ser também uma resposta evasiva, como a que Caim disse a Deus (Gn 4:9); um silêncio como o de Judas quando o Senhor o acusou indiretamente na última ceia (Jo 13:21-30), ou toda uma vida enganosa. "Se dissermos que mantemos comunhão com Ele, e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade" (I Jo 1:6).

A mentira não é um "pecadinho", isto não existe: Os mentirosos irão para o lago de fogo (Ap 21:8).

Hipocrisia: Pretensão ou fingimento de ser o que não é. Hipócrita é uma transcrição do vocábulo grego "hypochrités", que significa ator ou protagonista no teatro grego. Os atores gregos usavam máscaras de acordo com o papel que representavam.

É daí que o termo hipócrita chegou a designar a pessoa que oculta a realidade atrás de uma máscara de aparência.

Deus proíbe e condena a mentira e a falsidade

  • Não devemos enganar, mentir, nem jurar falsamente (Lv 19:11,12); Mt 5:33-37)
  • Deus destruirá o mentiroso (Sl 5:6)
  • Deus aborrece a mentira (Pv 6:16-19; 12:22)
  • Pesos e medidas falsas são abominação ao Senhor (Pv 20:10)
  • As mentiras corrompem o homem (Mt 15:18-20; Mc 7:21-23)
  • Manifesta a relação filial entre o homem e Satanás (Jo 8:43-47)
  • O engano é parte integral da profunda degradação do homem (Rm 1:28-32; sl 58:3; 62:4; Pv 26:24-28; Jr 9:3-6)
  • Devemos rejeitar a mentira (Ef 4:22-25; Cl 3:9; I Pe 2:1)
  • O engano faz a vida infeliz, mas Deus promete bênçãos e dias bons aos homem que fala a verdade (I Pe 3:10; Sl 34:12,13)
  • Deus condena a hipocrisia (Mt 6:2, 16-18; 15:6-8; 22:18; 23:27-28; Rm 12:9; I Tm 1:5-6; Tt 1:16; Tg 3:14; I Pe 1:22; 2:1-2)
  • Deus rejeita a religiosidade (Tg 1:26)

Cristo é o nosso exemplo de verdade

  • Não houve engano na Sua boca (Is 53:9; I Pe 2:21,22)
  • Veio ao mundo para ser testemunha da verdade (Jo 18:37)
  • Estamos "no verdadeiro" (I Jo 5:20)

Cristo, o Senhor, nos ordena a ser absolutamente verazes; "seja a tua palavra sim, sim e não, não" (Mt 5:37). Está preparando para si uma igreja sem mancha e sem ruga ( Ef 5:27), e como discípulos seus e parte do seu corpo, devemos ser absolutamente verazes, francos, sinceros, honestos, honrados; ainda quando tenhamos de sofrer por Sua vontade (1Pe 4:15-19; 3:17; Pv 19:22).

O povo de Deus aborrece a mentira (Sl 119:104, 128,163; Pv 30:8) e rejeita os que a praticam (Sl 40:4; 101:7; 144:11; Ef 5:11), orando para ser guardado da mentira (Sl 119:29; Pv 13:5).

O dano que faz a mentira e o engano.

A mentira anestesia a consciência do mentiroso; torna-o insensível à verdade; a verdade não penetra para uma transformação. A mentira vicia com mais facilidade, já que uma mentira conduz a outra.

A falsidade e a mentira são muito prejudiciais ao relacionamento entre os discípulos de Cristo. Cria a desconfiança, o receio, a incredulidade, a suspeita. Destrói o ambiente de fé, de amor, de compreensão e estimula o ciúme. O senhor nos ordena a rejeitar a mentira em todas as suas formas: falso testemunho, engano, hipocrisia, fingimento, exagero, calúnia, desonestidade, não cumprir os tratos injustificadamente, fraude, falsificação em todas as áreas de nossa vida: lar, trabalho, comércio, igreja, autoridades, colégio, amizades, etc.

A sociedade assentada sobre a mentira e a falsidade está destinada a desmoronar. É preciso edificar uma estrutura moral de veracidade em todas as ordens e escalas da vida: nos governantes e nos governados, nos pais e nos filhos, nos patrões e empregados, nos mestres e nos alunos, nos comerciantes, nos profissionais, nos clientes.

Como se libertar e corrigir-se.

Arrepender-se: mudar de atitude e de mentalidade em relação à mentira e à falsidade. Rejeitar a mentira, eliminá-la da vida. Determinar obedecer a Deus em tudo e viver sempre na verdade. Disciplinar-se até cultivar uma nova atitude baseada na veracidade.

Confessar o pecado: (Pv 28:13-14; 1 Jo 1:9; 2:1) toda a mentira é pecado e deve ser completamente confessada, esclarecendo-se a verdade com Deus e com a pessoa enganada. Quando a mentira constitui um vício arraigado à maneira de viver, deve ser confessada a um irmão maduro, responsável, procurando uma ampla orientação (Tg 5:16).

Exortação (Tg 5:19-20: Gl 6:1-2; Ef4:25) como este pecado afeta as relações entre os

irmãos, somos responsáveis uns diante dos outros para corrigir, admoestar, ensinar, etc.



A Apresentação do Evangelho


A apresentação do evangelho é assunto sempre importante, pelas consequências eternas que dependem da nossa atitude para com o evangelho. Para mim não há necessidade de argumentar que é especialmente importante nos dias atuais por duas razões: a apostasia geral, o fracasso da parte das igrejas em não apresentarem o evangelho de Jesus do modo como deveria ser apresentado; e a consequente impiedade e o consumado materialismo que crescentemente, caracterizam a vida do povo. Também é um assunto de urgente importância, em face da natureza dos tempos pelos quais estamos passando. A vida é sempre incerta, mas é excepcionalmente incerta hoje. (...)
Que privilégio maravilhoso o Senhor Deus Todo-poderoso confiar a homens como nós esta obra de propagar e pregar o evangelho! Ao mesmo tempo é uma responsabilidade tremenda. (...)
Este assunto é tão amplo e importante que, obviamente, é impossível tratar dele adequadamente numa só preleção. Tudo o que posso fazer é selecionar o que considero como alguns dos mais importantes princípios relacionados com ele; procurarei ser tão prático quanto poder. (...)
Agora se me fosse pedido falar sobre este assunto em certos círculos, meu primeiro trabalho seria tentar definir a natureza do evangelho, e eu iria adiante e perguntaria: o que é o evangelho? Em muitos círculos as pessoas se extraviaram; caíram em heresias; pregam um evangelho que, para nós, não é evangelho nenhum. Pode ser que alguns de vocês perguntem: "Será necessário gastar tanto tempo no estudo da apresentação do evangelho? Não seria uma coisa que podemos considerar ponto pacífico? Se o homem crê no evangelho, ele está incumbido de apresentá-lo do jeito certo. Se um homem é ortodoxo e crê nas coisas certas, a sua aplicação do que ele crê é algo que cuidará de si mesmo". Isso, para mim é um erro muito grave; e quem quer que seja tentado a falar assim, não somente ignora a sua própria fraqueza, porém, ainda mais, ignora o adversário das nossa almas, que está sempre tentando frustrar a obra de Deus.
(...) Tomo como prova dois exemplos: Há, por exemplo, homens que parecem evangélicos em sua crença e doutrina; são perfeitamente ortodoxos em sua fé e, todavia, a obra que realizam é completamente infrutífera. Jamais conseguem quaisquer resultados; nunca ficam sabendo de algum convertido resultante do seu trabalho e do seu ministério. Eles são tão firmes quanto você, entretanto o ministério deles não leva a nada. Por outro lado - e esta é a minha Segunda prova - há aqueles que parecem conseguir resultados fenomenais do seu trabalho e dos seus esforços. Empreendem uma campanha, ou pregam um sermão e, como resultado, há numerosas decisões por Cristo, ou o que eles chamam de "conversões". Contudo, muitos desses resultados não duram; não são permanentes; são apenas de natureza temporária ou passageira. Qual a explicação desses dois casos? (...) Há uma lacuna entre o que o homem crê e o que ele apresenta em seu ensino ou pregação. O perigo quanto ao primeiro tipo é o de apenas falar ACERCA do evangelho, exulta nele; porém, em vez de pregar o evangelho, ele o elogia, diz coisas maravilhosas sobre ele. O tempo todo fica simplesmente falando sobre o evangelho, em vez de apresentar o evangelho. O resultado é que, embora o homem seja altamente ortodoxo e firme, o seu ministério não mostra resultado nenhum.
O perigo quanto ao segundo homem é o de interessar-se tanto e preocupar-se tanto pela aplicação do evangelho e pela obtenção de resultados, que deixa abrir-se uma brecha entre o que ele está apresentando (aquilo que ele crê) e a concreta obtenção dos resultados propriamente dito. Como eu disse, não basta você crer na verdade; você deve ter o cuidado de aplicar da maneira certa o que você crê.
Métodos de Estudo
Há dois meios principais pelos quais podemos estudar este assunto da apresentação do evangelho. O primeiro é estudar a Bíblia mesma, com especial referência a Atos dos apóstolos e às Epístolas do Novo Testamento. Isso deve ser posto em primeiro lugar, se queremos saber como se faz este trabalho. Devemos retornar ao nosso livro-texto, a Bíblia. Devemos retornar ao modelo primitivo, à norma, ao padrão. Em Atos, e nas Epístolas é-nos dito, uma vez por todas, o que é a Igreja Cristã e como é, e como se deve realizar a sua obra. Devemos sempre certificar-nos de que os nosso métodos estão em harmonia com o ensino do Novo Testamento.
O segundo método é suplementar; é fazer um estudo da história da Igreja Cristã subsequente aos tempos do Novo Testamento. Podemos concentrar-nos especialmente na história dos avivamentos e dos grandes despertamentos espirituais; e também podemos ler biografias dos homens que no passado foram grandemente honrados por Deus em sua apresentação do evangelho. Mas devemos notar aqui um princípio da maior importância. Quando digo que é bom fazer um retrospecto e ler a história do passado e as biografias de grandes homens que Deus usou no passado, espero que esteja claro em nossas mentes que precisamos retornar para além dos últimos 100 anos. Vejo muitos bons evangélicos que parecem ser de opinião que não houve nenhum real labor evangelístico até por volta de 1870. Há os que parecem pensar que não se conheceu obra evangelística antes do surgimento de Moody. Conquanto demos graças a Deus pela gloriosa obra realizada nos últimos 100 anos, eu os conclamo a fazerem um estudo completo da história pretérita da Igreja. Vão até o século dezoito. Vão até o tempo dos puritanos, e para mais atrás ainda, à Reforma Protestante. Retrocedam mais ainda, e estudem a história daqueles grupos de evangélicos que viveram no continente europeu na época em que o catolicismo romano detinha o poder supremo. Vão direto aos Pais Primitivos que defendiam idéias evangélicas. É uma história que pode ser rastreada ininterruptamente até a própria Igreja Primitiva. Esse estudo é de importância vital, para que não venhamos a supor, em função de uma falsa visão da história, que a obra evangelística só pode ser feita de uma certa maneira e com a aplicação e o uso de certos métodos.
Eu gostaria de recomendar a vocês um bem completo estudo daquele teólogo americano, Jonathan Edwards. Foi uma grande revelação para mim, descobrir que um homem que pregava como ele podia ser honrado por Deus como o foi, e Ter tão grandes resultados para o seu ministério como teve. Ele era um grande erudito e filósofo, que redigia cada palavra dos seus sermões. Tinha vista fraca, e costumava ficar no púlpito com o seu manuscrito numa das mãos e uma vela na outra e, conforme lia o seu sermão, homens não somente foram convertidos, mas alguns deles literalmente caíam no chão sob a convicção de pecado sob o poder do Espírito. Quando pensamos na obra evangelística em termos de evangelização popular dos 100 anos recém-passados, acho que poderíamos ser tentados a dizer que um homem que pregasse daquela maneira não teria a menor possibilidade de obter conversões . todavia, ele foi um homem usado por Deus no Grande Despertamento ocorrido no século 18. Assim, eu os concito a se entregarem completamente ao estudo da história da Igreja e das coisas grandiosas que Deus fez em várias eras e períodos. Aí estão, pois, as duas linhas mestras que seguiremos na abordagem deste assunto - o estudo da Bíblia e um estudo da Igreja Cristã.
Os Princípios Fundamentais
O objetivo supremo desta obra é glorificar a Deus. Esse é o ponto central. Esse ;é o objetivo que deve dominar e sobrepujar todos os demais. O primeiro objetivo da pregação do evangelho não é salvar almas; É GLORIFICAR A DEUS. Não se tolerará que nenhuma outra coisa, por melhor que seja nem por mais nobre, usurpe esse primeiro lugar.
O único poder que realmente pode realizar esta obra é o Espírito Santo. Quaisquer que sejam os dons naturais que um homem possua , o que quer que um homem seja capaz de fazer como resultado das suas propensões naturais, o trabalho de apresentar o evangelho e de levar àquele supremo objetivo de glorificar a Deus na salvação dos homem, é um trabalho que só pode ser feito pelo Espírito Santo. Vocês vêem isso no próprio Novo Testamento. Sem o Espírito, é-nos dito, não podemos fazer nada. (Desde os tempos bíblicos até a história da igreja nos mostra que somente através da obra do Espírito Santo é que o evangelho foi pregado com poder e autoridade).
O único e exclusivo meio pela qual o Espírito Santo opera é a Palavra de Deus. Isso é algo que se pode provar facilmente. Vejam o sermão que foi pregado por Pedro no dia de Pentecoste. O que ele fez realmente foi expor as Escrituras. Ele não se levantou para relatar as suas experiências pessoais. Ele deu a conhecer as Escrituras; esse foi sempre o seu método. E esse é também o método característico de Paulo, como se vê em Atos 17:2: "disputou com eles sobre as Escrituras". No trato com o carcereiro de Filipos, vocês vêem que ele pregou-lhe Jesus Cristo e a Palavra do Senhor. Vocês recordarão as suas palavras na Primeira Epístola a Timóteo, onde ele diz que a vontade de Deus ;e que todos os homem sejam salvos e sejam levados ao conhecimento da verdade (1 Tm.2:4).
O meio usado pelo Espírito Santo é a verdade.
A verdadeira motivação para a evangelização deve provir da apreensão destes princípios. E, portanto, de um zelo pela honra e glória de Deus e de um amor pelas almas dos homens.
Há um constante perigo de erro e de =heresia, mesmo entre os mais sinceros, e também o perigo de um falso zelo e do emprego de métodos antibíblicos. Não há nada sobre o que somos exortados mais vezes no Novo Testamento do que sobre a necessidade de constante auto-exame e de retorno às Escrituras.
Aí, penso eu, vocês têm cinco princípios fundamentais claramente ensinados na Palavra de Deus e confirmados profusamente na subsequente história da Igreja Cristã.
A Aplicação dos Princípios
Isto me leva à Segunda divisão principal do nosso assunto, que é a aplicação desses princípios à obra concreta da apresentação do evangelho. Este é um assunto que se divide naturalmente em duas partes principais. Há primeiro a obra de evangelização, e depois a obra de edificação e instrução na justiça.
A Evangelização e os Seus Perigos
O primeiro é o de exaltar a decisão como tal, e este é um perigo especialmente quando vocês estão trabalhando com jovens (...). Mostra-se às vezes no uso da música. (...) Fiam-se na música e no cântico de coros para produzirem o efeito desejado e de ocasionarem decisão. (...) Há os que tem o Dom de contar histórias de maneira comovente e eficaz. Outros parecem por a sua confiança no encanto pessoal do orador.(...)
O segundo perigo é que as pessoas podem chegar a uma decisão resultante de um falso motivo. Às vezes as pessoas se decidem por Cristo simplesmente porque estão desejosas de ter a experiência que outros tiveram (...) Ou pode ser o desejo de Ter este maravilhoso tipo de vida do qual lhe falaram. O evangelho de Jesus Cristo dá-nos uma vida da maravilhosa, e louvamos a Deus por isso, mas a verdadeira razão para nos tornarmos cristãos não é que tenhamos uma vida maravilhosa; é, antes, que estejamos em correta relação com Deus. Às vezes Cristo é apresentado como herói. (...) poderá ser que (...) se unam a nossa classe bíblica ou à nossa Igreja simplesmente porque a mensagem atraiu o seu instinto heróico. (...)
E, a seguir, o último perigo que desejo acentuar sob o presente título, é a terrível falácia de apresentar o evangelho em termos de "Cristo precisa de você", e de dar a impressão de que, se o rapaz não se decide por Cristo, é um mal sujeito. (...)
Devemos apresentar a verdade; esta terá que ser uma exposição positiva do ensino da Palavra de Deus. Primeiro e acima de tudo, devemos mostrar aos homens a condição em que se acham por natureza, à vista de Deus. Devemos levá-los a ver que, independentemente do que façamos e do que tenhamos feito, todos nós nascemos com "filhos da ira"; nascemos num estado de condenação, culpados aos olhos de Deus; fomos concebidos em pecado e fomos formados em iniquidade. Isso vem em primeiro lugar.
Feito isso, devemos prosseguir e demonstrar a enormidade do pecado. Não significa apenas que devemos mostrar a iniquidade de certos pecados. Não há nada que seja tão vital como a distinção entre pecado e pecados. (...) Depois devemos conclamar os nossos ouvintes a confessarem e a reconhecerem os seus pecados diante de Deus e dos homens. E então devemos ir adiante e apresentar a gloriosa e estupenda oferta de salvação gratuita , que se acha unicamente em Jesus Cristo, e Este crucificado. A única decisão, que é do mais diminuto valor, é a que se baseia na compreensão dessa verdade. Podemos fazer os homens se decidirem como resultado dos nossos cânticos, como resultado do encanto da nossa personalidade, mas o nosso dever não conseguir seguidores pessoais. O nosso dever não é simplesmente aumentar o tamanho das nossas classes de estudo da Bíblia ou das organizações e igrejas. O nosso dever é reconciliar almas com Deus. Repito que não há nenhum valor numa decisão que não esteja baseada na aceitação da verdade.
A Edificação
A minha Segunda subdivisão relacionada com a apresentação do evangelho é a obra de edificação. Este é um grande tema, e tudo o que eu posso fazer é simplesmente lançar certos princípios. Em nenhuma oura parte o perigo de um falso método é mais real do que esta particular questão de edificação, como o que me refiro ao ensino concernente à santificação e à santidade. Não se pode ler o Novo Testamento sem perceber logo Que a Igreja Primitiva reagia contra problemas, perigos e heresias incipientes que a assediavam. Havia os que diziam, por exemplo: "Continuemos no pecado para que a graça seja mais abundante". Havia os que diziam que, contanto que você fosse cristão, não importava o que você tinha feito, que, contanto que você estivesse certo em suas crenças, o seu corpo não importava e você podia pecar o quanto quisesse. Isto é conhecido como antinomianismo. Havia os que se diziam sem pecados. Havia os que partiam em busca de "conhecimento", que alegavam Ter alguma experiência esotérica especial que os outros , cristãos inferiores, ignoravam. (...)
Se posso fazer um sumário de todos esses perigos, é o perigo de isolar um texto ou uma idéia e construir um sistema em torno dele, em vez de comparar Escritura com Escritura. Isso é procurar atalho no mundo espiritual. As pessoas tentam chegar à santificação com um só movimento, e assim se privam do processo descrito no Novo Testamento. A maneira de evitar esse perigo é estudar o Novo Testamento, especialmente as Epístolas. Devemos ter o cuidado de não tomar um incidente dos Evangelhos e tecer uma teoria em torno dele(...) Devemos compreender que o nosso padrão nesta questão particular(santidade/santificação) acha-se nas Epístolas.(...)
Conclusão
Permitam-me resumir tudo o que eu venho tentando dizer, da maneira seguinte: se vocês quiserem ser competentes ministros do evangelho, se quiserem apresentar a verdade de modo certo e verdadeiro, terão que ser estudantes assíduos da Palavra de Deus, terão de lê-la sem cessar. Terão que ler todos os bons livros que os ajudem a entendê-la e os melhores comentários da Bíblia que puderem encontrar. Terão que ler o que denomino teologia bíblica, a explicação das grandes doutrinas do Novo Testamento, para que venham a entendê-las cada vez mais claramente e, daí, sejam capazes de apresentá-las com clareza cada vez maior aos que venham ouvi-los. A obra do ministério não consiste meramente em oferecer a nossa experiência pessoal, ou em falar das nossa vidas ou das vidas de outros, mas sim, em apresentar a verdade de Deus de maneira tão simples e clara quanto possível. E o jeito de fazer isso é estudar a Palavra e toda e qualquer coisa que nos ajude nessa tarefa suprema.
Talvez vocês me perguntem: quem é suficiente para estas coisas? Temos outras coisas que fazer; somos homens ocupados. Como poderemos fazer o que você nos pede que façamos? Minha resposta é que nenhum de nós é suficiente para estas coisas, todavia Deus pode capacitar-nos para fazê-las, se de fato estamos desejosos de servi-lO. Não me impressionam muito esses grandes argumentos de que vocês são homens ocupados, de que vocês têm que fazer muitas coisas no mundo e, por isso, não têm tempo de ler estes livros sobre a Bíblia e de estudar teologia, e por esta boa razão: alguns dos melhores teólogos que conheci, alguns dos mais santos, alguns dos homens mais culto, tiveram que trabalhar mais duro que qualquer de vocês e, ao mesmo tempo, foram-lhes negadas as vantagens que vocês gozam. "Querer é poder". Se eu e vocês estivermos preocupados com as almas perdidas, jamais deveremos alegar que não temos tempo para preparar-nos para este grande ministério; temos que fabricar tempo. Temos que aparelhar-nos para a tarefa, consciente da séria e Terrível responsabilidade da obra. Temos que estudar, trabalhar, suar e orar para podermos conhecer a verdade cada vez mais e cada vez mais perfeitamente. Temos que pôr em prática em nossas vidas as palavras que se acham em 1 Tm.4:12-16. Conceda-nos Deus a graça e o poder para fazê-lo, para a honra e a glória do Seu santo nome.
FONTE.:
por
David Martyn Lloyd-Jones
Martyn Lloyd-Jones tem sido descrito como "o melhor pregador comtemporâneo". Aos 23 anos de idade era Chefe Assistente Clínico de Sir Thomas Horder, o médico do rei da Inglaterra. Inesperadamente aos 27 anos, voltou ao País de Gales, sua terra natal, com o coração ardendo pela salvação dos seus compatriotas. Depois de 12 anos pastoreando aquele rebanho, o "Doutor", título pelo qual foi afetuosamente conhecido, voltou para Londres, onde ocupou por mais de 30 anos o púlpito da Capela de Westminster. Em 1981, o grande médico, pregador e líder cristão partiu para encontrar-se com Aquele que o chamara e capacitara, deixando-nos um legado que continua mantendo viva sua obra a ministério. Ele foi um homem que, em termos da sua influência, viveu em vários mundos a um só tempo. De 1938 em diante, ele pastoreou uma igreja no centro de Londres. Simultaneamente, era comum fazer a obra de evangelista itinerante durante a semana, pregando em igreja a convites, ou às vezes participando de missões dirigidas aos estudantes. Centenas de pessoas que conheceram o Dr. Lloyd-Jones, podiam dizer com o Dr. James I. Packer: "Sei que, em grande parte, a minha visão atual é o que é porque ele foi o que foi e, sem dúvida, a sua influência foi mais profunda do que eu poderia delinear".

A ALMA

O que é a alma? Aí está uma pergunta do catecismo. A resposta procura distinguir, no ser humano, uma parte espiritual criada por Deus, a alma, e uma parte material que nos vem dos nossos pais, o corpo. A consciência que ele tem de si mesmo, o pensamento, a vontade que ele exercita, a liberdade que põe em acção, os sentimentos que experimenta, tudo isso é de uma ordem diferente dos órgãos e das funções do corpo. Compreende-se que os filósofos da antiguidade tenham insistido nesta dualidade do ser humano que, por sua vez, impregnou o cristianismo. Nesta perspectiva, a alma espiritual é pura e o corpo impuro; a alma é a sede das virtudes mais elevadas como a vontade de se dirigir livremente para o bem : deve, pois, governar o corpo e não se deixar escravizar por ele já que aquela é tida como boa e este como mau. É a alma que torna o homem semelhante a Deus e, por isso, é imortal enquanto o corpo é mortal, sendo a morte provocada pela separação dos dois.

Esta linguagem já não corresponde à nossa maneira de pensar e à nossa experiência. Sabemos que há pessoas que perderam as suas faculdades humanas de inteligência e de memória sem, com isso, terem perdido a vida. A existência dos animais questiona-nos. O que é que provoca a sua morte? Terão, então, alma? A sua consciência e a sua aptidão para comunicar também nos são desconhecidas. Onde começa o que é próprio do homem? Também na bíblia a noção de alma não é nítida. Ela utiliza palavras diferentes para designar este princípio imaterial: a vida, o coração, o sopro... Uma coisa é certa: não há oposição entre a alma e o corpo; pelo contrário, há unidade da pessoa.

Será preciso ir mais longe e perguntar se a questão da alma é uma questão com sentido? De fato, a pessoa é o seu corpo. Ela não existe sem as células nervosas que lhe permitem pensar. Não existe sem a memória que lhe permite reconhecer os outros e, assim, saber quem é. O corpo não é um instrumento ao serviço de um espírito que pensa. Também não é o invólucro da alma. Ele é capacidade de comunicar, de se ligar aos outros, capacidade de amor. Sem esta capacidade, a pessoa não existe. É outra lógica da existência humana diferente da lógica da criação de um ser acabado, vindo não se sabe donde. É a lógica de um processo no decurso do qual a pessoa se torna ele mesma; pelos seus laços com os outros e com o mundo, a sua identidade vai-se construindo. A fé cristã não está em contradição com esta visão do ser humano. Ela diz-nos que o próprio Deus incarnou. Fez-se carne, quer dizer, teve um rosto humano e um corpo de homem em Jesus Cristo. E é esse corpo que Deus ressuscita depois da morte de Jesus, na cruz. Como penhor da nossa própria ressurreição. Acreditamos, dizem os cristãos no Credo, na ressurreição da carne. A questão do modo permanece mas a esperança cristã é a de uma ressurreição da pessoa toda, na sua plenitude.

A ADORAÇÃO VERDADEIRA

Quando pensamos em adorar a Deus, geralmente imaginamos algo que emana de nós afim de expressarmos louvor às qualidades de Deus. Seja através da música, do serviço, da oração ou de outra forma de expressarmos adoração, pensamos que o louvor é original conosco. A adoração verdadeira é produzida pelo homem e dada, com os devidos merecimentos, ao único Deus vivo e verdadeiro? Será essa a verdadeira adoração que Deus deseja receber do homem?

É muito claro o que Deus procura no assunto de adoração. Ele quer ser adorado em "espírito e em verdade"A adoração que agrada a Deus não é produto dos esforços do homem natural mas fruto do Espírito Santo que está no novo homem. Isso é o que significa "adorar em espírito".Só o que é produzido por Deus é aceito por Ele pois o que o homem natural toca, suja. Para podermos adorar a Deus verdadeiramente temos que estar "em espírito", movidos e feito por aquela nova natureza nascida de Deus no crente. Isto seria visto naquele que é separado do mundo e obediente à Palavra de Deus. A adoração movida pelas emoções da carne e pelas maneiras e métodos de culto inventados pelo homem, mesmo que sejam dirigidas a Deus, são vãs e não aceitas por Deus, pois não são dEle. O que Deus aceita é feito por Ele e evidenciado pela santidade, silêncio, temor e por uma crescente obediência (Sal 97:10; Hab. 2:20; Mat. 7:21; Rom 8:27; Fil. 1:6; 2:13).

Estando a adoração verdadeira dividida em dois pontos (espírito e verdade), devemos entender que um não existem sem o outro. Importa a Deus que os que O adoram O adorem tanto em espírito quanto em verdade. Se adoramos o Senhor somente em um ponto, estamos adorando incorretamente. A Bíblia é a única regra de fé e ordem para o crente e isso também vale para a adoração. Tendo a adoração verdadeira - em espírito e em verdade ,o cristão pode adorar durante um dilúvio, peregrinação no deserto, na fornalha, na cova dos leões, em prisões ou exilado em uma ilha. Não é necessário microfones, música talentosa, cerimônia, sorrisos, ambiente agradável, uniformes ou prédios lindos. É necessário estarmos em Cristo e Ele em nós é isso se evidencia em uma vida obediente.

Cristo é a Verdade (João 14:6). O que Deus produz pelo Seu Espírito traz à lembrança o que Cristo ensinou (João 14:26) e testifica de Cristo (João 15:26). A adoração verdadeira nunca pode agir contrariamente aos ensinamentos de Cristo ou exemplificar outra vida se não a de Cristo. Se Cristo é a verdade, tudo que agrada a Deus deve estar em conformidade a Ele pois o Pai se compraz no Filho (Mat. 3:17 ; 17:5).

95 Perguntas e Respostas sobre Escatologia



1. É possível saber o dia da Segunda Vinda de Cristo? Absolutamente não. Jesus disse que ninguém sabe. Mt 24.36.
2. Mas Jesus disse que nem o Filho sabia. Como podemos entender isto? Quando Jesus declarou NEM O FILHO SABE Ele o fez para mostrar Sua perfeita humanidade. Para ser homem perfeito, Jesus teve de abrir mão temporariamente de Seus atributos ONI. Logo depois da Sua Ressurreição Ele retomou esses atributos. Desde então, ele sabe com exatidão o tempo de Sua volta.
3. Existe algum versículo que que fale simultaneamente sobre as duas vindas de Cristo a este mundo? Sim. Um exemplo clássico é Hebreus 9.27.
4. De onde vem a palavra MILÊNIO? Esta palavra se origina de dois vocábulos latinos mille (mil) e annum (ano). Ela significa literalmente um período de mil anos.
5. No período milenial, qual será a situação da sociedade? O quinto nome ou título de Jesus em Is 9.6 é: PRÍNCIPE DA PAZ. No período milenial o Mundo experimentará o governo de Jesus, cuja principal característica será a paz. Haverá longevidade e a terra conhecerá a santidade e sossegará completamente. Leia Is 35:5,6,8, Zc 14.20,21
6. Qual o principal trabalho de Jesus no Céu, atualmente? O de Sumo Sacerdote, Hb 4.14; 10.12,13; 9.26;
7. Que expressões bíblicas podem ser interpretadas como sinônimas do MILÊNIO? O Milênio será a plenitude do reino dos céus na terra, Mt 5.10; Será a regeneração em sentido final, Mt 19.28; será o tempo da restauração de todas as coisas, At 3.19. será o mundo do futuro, Hb 2.5.
8. Qual será o próximo grande acontecimento para o Povo de Deus na Terra? Sem dúvida alguma será o ARREBATAMENTO.
9. Para a Igreja, que acontecimento se seguirá ao Arrebatamento? O Tribunal de Cristo.
10. É realmente bíblica a doutrina do Tribunal de Cristo? Todos os crentes em Jesus devem estar conscientes de que algum dia, após o Arrebatamento da Igreja, o Senhor Jesus Se reunirá com a Igreja a fim de promover o que as Escrituras chamam de TRIBUNAL DE CRISTO: um encontro para julgamento das nossas obras, praticadas aqui na Terra, e a conseqüente entrega dos galardões.
11. Qual a palavra grega usada por Paulo quando se referiu ao Tribunal de Cristo? BEMA.
12. Alguém será condenado no Tribunal de Cristo? Não, absolutamente. Será um Tribunal para recompensa.
13. O Tribunal de Cristo será para recebermos a recompensa de nossa salvação? Nosso direito de entrar no Céu foi obtido mediante o derramamento do sangue de Jesus na cruz do Calvário. Nosso galardão será alcançado mediante o resultado de nosso trabalho. A salvação é pela fé, Ef 2.8. O galardão, pelas obras, Ap 22.10.
14. O Tribunal de Cristo será a mesma coisa que o Grande Trono Branco? Não devemos confundir o Tribunal de Cristo com o Grande Trono Branco. Este será para os inconversos. Aquele, para os salvos. Este será depois do Milênio, aquele será após o Arrebatamento da Igreja.Em ambos o Juiz será Jesus, porque ele foi constituído pelo Pai Juiz dos vivos e dos mortos.
15. Quantos livros do AT contém essencialmente mensagens proféticas? 17.
16. Qual o significado da profecia de Balaão – um cetro subirá de Israel - ? Primeiramente se cumpriu em Davi e de forma final, em Jesus.
17. Quais os principais textos que falam do ARREBATAMENTO da Igreja? I Co 15.51 e I Ts 4.16-18. Mas nos Evangelhos e em Isaias também existem referências expressivas.
18. A trombeta de I Co 15.52 é a mesma sétima trombeta do Apocalipse? Certamente, não. Paulo fala da trombeta do arrebatamento, relacionada com a glória da Igreja. João se refere a uma trombeta de juízo, destinado aos ímpios.
19. Qual o homem nas Escrituras que emprestou o seu nome para Jesus? Davi. Embora Jesus seja chamado por Paulo de último Adão, na verdade Ele é chamado de "meu servo Davi": Ez 37.24; Is 55.3,4; Jr 30.9; Os 3.5.
20. A Bíblia relaciona a volta de Jesus com um "piscar de olhos". Quanto tempo dura um piscar de olhos? Segundo os engenheiros da GE, demora onze centésimos de segundo.
21. Algum tempo os judeus pregarão o Evangelho? Alguns eruditos crêem que durante o período da Grande Tribulação 144.000 judeus andarão por várias partes do mundo pregando o Evangelho do reino, Ap 7.4-8; Mateus 24:14.
22. Qual será a condição dos crentes durante o período milenial? Nós seremos naquela época iguais aos anjos, hoje. E faremos o trabalho que eles atualmente fazem, de assessoria espiritual a Jesus.
23. Onde está escrito que Jesus um dia reinará na casa de Jacó? Em Lc 1.32,33: "O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai. E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim".
24. Temos o direito de esperar algum grande Avivamento antes do Arrebatamento da Igreja? Certamente, sim. Primeiro, porque o profeta Joel e o apóstolo Pedro se referiram ao derramamento do Espírito Santo nos últimos dias. Também porque a Igreja na época do Arrebatamento deverá ser muito mais poderosa que em qualquer época da História. E, finalmente, a Bíblia declara que enquanto houver a Laodicéia, também haverá a de Filadélfia.
25. Que acontecerá com as mães grávidas no dia do Arrebatamento? Muitos temem que será uma tortura para elas, por causa da profecia de Mt 24. Aquela profecia ("ai das grávidas") já teve seu cumprimento. Jesus referia-se às mulheres que foram mortalmente feridas pelos soldados romanos, que sob a ordem do general Tito as esquartejavam, quando da destruição de Jerusalém no ano 70 D.C., certamente as mulheres crentes grávidas que forem achadas fiéias subirão com seus respectivos fetos. Deus nunca defendeu o aborto. Quem sabe naquele dia acontecerá a aplicação final das palavras de Jesus: "Deixai vir a Mim as criancinhas...". Lc 18.6. Além disto, leia cuidadosamente Rm 5.19
26. Existem mais versículos que falam de Jesus como futuro rei? Sim, leia Sl 72.7,8; Sl 2.8; Zc 14.9; Ap 11.15; Is 32.1.
27. Quais as crianças que estão cobertas pela provis!ao redentora do sangue de Jesus? Aquelas que estão no estágio da inocência. Deus nunca mistura inocentes com culpados. Não existe uma data padrão para definir o dia que termina o período da inocência. À luz de Is 7.15 é o momento em que a criança começa a distinguir o bem do mal.
28. Existe algum sentido escatológico na vida de Enoque? Sim. Ele é um tipo da Igreja, que será arrebatada. Assim como Enoque foi trasladado antes do Dilúvio, a Igreja subirá pelo Arrebatamento, antes da Grande Tribulação.
29. Que relação existe entre a vida de Noé e a Escatologia? Noé, que foi salvo do Dilúvio através da Arca, lembra a Igreja que tem sida salva do Mundo por Jesus Cristo. Jesus identificou os dias que precedem Sua Segunda Vinda como os dias de Noé. Leia Gn 7.23; 8.1,4,16,19; I Pe 3.20,21; Mt 24.37,39.
30. Existe algum texto em Gênesis que aponte para o reino Messiânico de Jesus? Leia Gn 49.10.
31. Onde se encontram alusões ao reino Messiânico, em Levítico? 26.5,10.
32. Podemos encontrar algum texto em Deuteronômio que diga respeito à Grande Tribulação? Leia Dt 32.22,41,43.
33. Jó cria na ressurreição? Sim, de acordo com Jó 19.25.
34. Existe alguma alusão nos salmos à Primeira ressurreição? Leia Sl 17.15.
35. Que acontecerá depois do Tribunal de Cristo? As Bodas do Cordeiro.
36. Quem participará das Bodas do Cordeiro? A Igreja, na condição de NOIVA DE CRISTO
37. Existe alguma alusão nos Salmos à Grande Tribulação? Leia Sl 75.8,10; 83.13,17.
38. Existe algum versículo em Cantares de Salomão que pode ser aplicado às Bodas do Cordeiro? Leia Ct 2.10; 1.4; 6.10,12.
39. Que texto bíblico fala explicitamente da Igreja como NOIVA de Cristo? II aos Corintios 11.2.
40. Em quais livros proféticos encontramos alusões à primeira ressurreição? Is 26.19; 25.8; Ez 37.12,14; Dn 12.2a; 12.13; Os 6.1; 13.14;
41. Quais os únicos livros do NT que não apresentam mensagens escatológicas? Gálatas, Filemon, II e III João.
42. Onde Jesus é mencionado expressamente como NOIVO da Igreja? Efésios 5.22-33.
43. Que acontecerá depois das Bodas do Cordeiro? Jesus Cristo descerá em glória COM os santos.
44. Que significa a expressão DIA DO SENHOR? O período compreendido a partir do arrebatamento da Igreja.
45. Alguns dizem que a vinda de Cristo é a conversão de uma pessoa a Cristo. Isto é verdade? Absolutamente, não. A conversão é a IDA A CRISTO. A volta de Cristo é a VINDA de Cristo.
46. Alguns afirmam que a vinda de Cristo é a morte física do crente. Que versículos poderíamos susarpara combater tal teoria? Hb 9.27,28; I Co 15.51; I Ts 4.16,17; Jo11.23; Fp 3.20, etc.
47. É verdade que a vinda de Jesus se dará em duas fases? Sim. A primeira fase será a ocasião do arrebatamento da Igreja; a segunda será a revelação pessoal de Cristo. Na primeira fase Ele recebe a Igreja; na segunda, ele desce com a Igreja.
48. Em que parte do mundo Jesus descerá por ocasião de Sua revelação Pessoal? No Monte das Oliveiras, em Jerusalém, Zc 14.4
49. Que significa Anticristo? A Bíblia chama de Anticristo uma pessoa que receberá o poder de Satanás para ser um governante mundial durante a segunda metade dos 7 anos da grande tribulação.
50. Qual será o fim do Anticristo? Jesus o destruirá, em Sua revelação, II Ts 2.8
51. Existe algum método ou estratégia estabelecido por Satanás referente à aparição do Anticristo? Sim. Será em 3 fases: a) o espírito do anticristo; b) os precursores do anticristo; 3: a manifestação pessoal do anticristo. Você pode se dar conta de que o diabo copiou isto do plano de deus para com Seu filho Jesus.
52. Que significa a GRANDE TRIBULAÇÃO? Um período de catástrofes e inigualável sofrimento que ocorrerá após o arrebatamento da Igreja. Será o "dia da vingança do Senhor", o dia do sofrimento maior de Israel.
53. Qual o profeta do AT que se referiu primariamente à Grande Tribulação? Daniel. Veja Dn 9.26,27. Confira com Ap 7.14.
54. Algum dia Satanás será destruído? Não. A destruição de Satanás seria uma grande vitória para ele, que assim pararia de sofrer. Ele será preso durante o milênio (Ap 20.2) e depois será solto por um período para finalmente ser lançado no lago de fogo e enxofre, para todo o sempre.
55. Quem será o futuro JUIZ do Mundo? Jesus Cristo. Sl 96.12; Is 2.4; Mt 16.27; 25.31,46; Jo 5.22,23,27,30; At 10.42.
56. Paulo se referiu alguma vez a Jesus como sendo o Juiz Universal? Sim. Leia Rm 2.16; I Co 4.5; II co 5.10; II Tm 4.1,8, etc.
57. Que tipo de esperança é a que temos com respeito à volta de Cristo? Uma esperança bem-aventurada (Tt 2.13) e viva (I Pe 1.3)
58. Em quantas etapas se consuma a nossa salvação? Em 3: Justificação, Santificação e Redenção.
59. Qual das três etapas acima se enquadra na Escatologia? A Redenção.
60. Qual o mais completo texto sobre o Tribunal de Cristo? I Co 3.11-15.
61. Qual o significado espiritual do ouro, como elemento de julgamento, no Tribunal de Cristo?. O ouro representa tudo que se relaciona com o Pai: a Pessoa, a Glória, o Poder, a Palavra e a realeza de Deus. Leia I Pe 4.10,11; Sl 19.10; Pv 8.10,19; Ml 3; Jó 22.23,25.
62. Que simboliza a prata? A prata simboliza tudo aquilo que se relaciona com o Filho, especialmente o seu sacrifício. No AT prata é o metal da redenção. Leia I Co1.23; 3.11; Ex 30.11,16; Lv 23.34.
63. Que simbolizam as pedras preciosas? As pedras preciosas simbolizam o que se relaciona com o Espírito Santo: operações, dons e fruto. Leia Cl 1.29; Rm 15.18; Ez 16.13; Gn 24.53; I Co 12.4,6.
64. Que simboliza a madeira? Madeira é, ao longo das Escrituras, um símbolo da fragilidade da natureza humana. Gl 6.3; Lc 6.32,34.
65. Que simboliza o feno (capim)? Isto fala das coisas secas, coisas que não se renovam, Jr 23.28; Is 15.16.
66. Que simboliza a palha? Palha representa tudo aquilo que não possui estabilidade. Fala também da escravidão espiritual, Is 5.24; Na 1.10; Ex 5.7; Ef 4.14. é um material que lembra a fragilidade, a vaidade e a incapacidade humanas.
67. Que fogo é aquele mencionado no texto de I Co 3, relacionado com o Tribunal de Cristo? O fogo tem muitos significados e aplicações na Escritura. Aquele fogo de I Co 3 significa a glória pessoal do rosto de Cristo, como visto por João em Ap 1. Ao contemplar as nossas obras, em Sua presença, o fogo consumirá ou projetará o mérito da referida obra.
68. Devemos ter medo de comparecer no Tribunal de Cristo? não. Se servirmos a Deus com sinceridade e fidelidade, teremos confiança de estarmos diante dEle, I Jo 2.28.
69. A Primeira Ressurreição será um fato único? Não. Será um fato dividido em 3 fases: A ressurreição de Cristo, as primícias, com as pessoas mencionadas em Mt 27.52,53; a Igreja; os poucos salvos que triunfarem na GT.
70. Quais os principais propósitos da volta de Cristo? 1) Ressuscitar os que morreram em Cristo, I Ts 4.15; 2) Transformar e arrebatar os salvos que estiverem vivos, I Ts 4.16,17; 3) Galardoar os servos fiéis, Ap 22.12; 4) Tomar vingança contra os Seus inimigos, II Ts 1.7,10; Ap 19.21,22. 5) Julgar as nações vivas, Mt 25.31,46; Sl 67.4; 98.9.6) Libertar a terra da maldição, At 3.20,21; Rm 8.21. 7) restabelecer o trono de Davi, Is 9.6,7; Jr 30.7,11.
71. Onde está escrito que Jesus voltará PESSOALMENTE a esta Terra? At 1.11; I Ts 4.16; Zc 14.3, etc.
72. Onde se lê que Jesus voltará REPENTINAMENTE ao Mundo? Mc 13.36; I Co 15.52, etc.
73. Quando Jesus voltar, todos O estarão esperando? Leia Mt 25.13; 24.44; Ap 16.15; I Ts 5.2.
74. Na fase de Sua revelação realmente Jesus descerá VISIVELMENTE? Ap 1.7 e Mt 24.30
75. Nós nos reconheceremos, na Eternidade? Sim, em todas os assuntos espirituais. Não teremos lembrança das coisas materiais, que não eram intrinsecamente parte do REINO DE DEUS. Leia cuidadosamente a história da transfiguração de Jesus.
76. Por que devemos crer na volta de Cristo? Porque é uma doutrina fundamental nas Escrituras; porque Deus não mente; porque está mui próxima.
77. É lícito orar pela volta de Cristo? Leia Mt 6.10; Ap 22.20; I Pe 4.7.
78. Quais os principais grupos de sinais da volta de Cristo? Sociais, naturais, políticos, religiosos, morais, científicos e eclesiológicos.
79. Como se pode chamar a série de acontecimentos em Israel, que precedem a volta de Cristo? Jesus os chamou de sinal da figueira.
80. Israel algum dia será destruído? JAMAIS. Deus tem um compromisso feito com Abraão e renovado a Moisés e a Davi. Israel viverá para sempre.
81. A Bíblia nos exorta estarmos despertados para a volta de Cristo. Que significa a palavra despertar? A palavra despertar vem do hebraico yakats (despertar de um estado de embriaguez ou torpor) e do grego egeiro (despertar do sono).
82. Quais as 3 palavras que melhor descrevem o arrebatamento dos salvos no dia da volta de Cristo? Arrebatamento, rapto e trasladação.
83. Quem será arrebatado no Dia da volta de Cristo? Os salvos, santos, fiéis, pacientes e vigilantes.I Ts 3.12,13; Hb 12.14; I Jo 3.2,3; Hb 10.25; Tg 5.8; Lc 21.36, etc.
84. Que significa a expressão GRANDE TRONO BRANCO? Refere-se ao ultimo julgamento da História, quando todos os mortos, grandes e pequenos, de todos os séculos da História se postarão diante do Senhor para serem julgados.
85. Os salvos em Cristo serão julgados no Grande Trono Branco? Não, porquanto por sua salvação foram libertos de condenação (Rm 8.1) e já foram submetidos ao Tribunal de Cristo.
86. Quais as 5 principais surpresas do Arrebatamento? Rapidez, Ocasião, Seleção, Separação e Iminência.
87. Por que Ló é um tipo do Arrebatamento? Porque foi tirado de Sodoma antes de sua destruição, Gn 19.22,24.
88. Qual a posição de Jerusalém durante o Milênio? Será a capital do Mundo.
89. O Céu é um Lugar ou um estado de vida? A Bíblia menciona exaustivamente que o Céu é um lugar. Um lugar santo, espiritual, perfeito, divino e eterno. Você deve estar pronto para viver lá com Cristo.
90. Quais as coroas mencionadas nas Escrituras, destinadas aos crentes vencedores? Da vida, da justiça, de glória e a incorruptível, Tg 1.12; II Tm 4.8; I Pe 5.2,4; I Co 9.25,27.
91. Quem dominará a Terra durante a Grande Tribulação? A Trindade Satânica, composta de Dragão, Besta e Falso Profeta.
92. Que outro nome tem a besta, nas Escrituras? Anticristo.
93. Qual a principal característica do Céu? PERFEIÇÃO e SANTIDADE.
94. Que Igreja morará no Céu? A Noiva do Cordeiro, a Igreja e fiel e vencedora, fundada por Jesus e que a Ele se conservou fiel durante todo o tempo.
95. A última pergunta somente você poderá responder: Está você preparado para a volta de Cristo, e pronto para morar no Céu com Ele?
___