terça-feira, 29 de outubro de 2019

A CRISE DA ESPIRITUALIDADE

TEXTO BÁSICO: ISAÍAS 1:1-20

Origem da Crise de espiritualidade

Um estado de rebelião – vs 2: acha que pode levar sua vida por si mesmo (Jo 15:5)

Uma falta de conhecimento – Vs 3: Jer 9:24; Mt 22:29 – Exemplo do agricultor.

- Um apego ao pecado: vs 4 - Os sintomas da derrota, nesta luta são tres: 1) esquecendo a alegria da primeira experiência de salvação, incluindo o desejo de estudar a Bíblia; a oração, o prazer em cultuar a Deus, e o sentido de pertencimento a Jesus. O Senhor chama-nos de volta ao primeiro amor (Apoc 2:5a) derrota para o pecado, e o Senhor nos chama ao arrependimento Apoc 2:5b); 3) uma diminuição na qualidade e quantidade do serviço cristão, e o Senhor chama aos Efésios para fazerem as obras de justiça que faziam no início de sua fé (Apoc 2:5c)

Características da Crise de Espiritualidade

Ritualismo hipócrita, culto indiferente – vs 11 e 14 – só fachada

Religiosidade estéril: vs 13-15

Princípios para combater a crise da espiritualidade

A graça de Deus – vs 18

O arrependimento genuíno: vs 16-17

A prática das disciplinas espirituais: vs 17 – Oração, Estudo da Palavra, prática da misericórdia

CONCLUSÃO:

Dicas práticas sobre espiritualidade

Como viver a verdadeira espiritualidade? Fp 2:5

Como se evidencia a espiritualidade cristã? João 15:16

A que ponto pode chegar alguém em crise espiritual? Mt 26:69-75

Que sinais de crise espiritual encontramos em I Cor 3:2-5?

Quais são os alvos daqueles que desejam viver a verdadeira espiritualidade? I Tm 6:11

A corrida cristã: Por que e como devemos corrê-la ?


Hebreus 12.1-3

As competições olímpicas eram práticas apreciadas e admiradas no mundo antigo. Ainda hoje, eventos olímpicos como o de Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996 e o de Sydney que ocorrerá na Austrália em 2000, respectivamente, mexeram e mexerão com a emoção de muita gente.

Escritores bíblicos como Paulo e o autor da carta aos Hebreus fizeram constante menção das atividades esportivas em seus escritos. Eles eram apreciadores do esporte e dele sabiam tirar lições preciosas para a vida cristã. Um exemplo clássico disso é a passagem bíblica de Hebreus 12.1-3. O autor aos Hebreus extrai da figura de um estádio lotado, do espírito da dinâmica de uma competição olímpica, uma ilustração para a vida cristã.

Após relatar a luta e a vitória dos heróis e heroínas da fé do Antigo Testamento, o autor de Hebreus direciona o olhar de seus leitores para o Campeão dos campeões, Jesus. Ele os mostra como aqueles campeões, e principalmente Jesus Cristo, venceram e porque eles (seus leitores) deveriam correr a corrida cristã e como esta corrida deveria ser feita.

Mas deixemos por enquanto os leitores imediatos do autor aos Hebreus. Vamos entrar na corrida também! porque ela é de todo aquele que verdadeiramente corre a corrida da fé.

Por que devemos participar da corrida cristã?

Devemos participar da corrida cristã por três motivos básicos:

1) Em primeiro lugar, porque ela é determinada por Deus.

O texto bíblico diz: "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso, e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta" (Hb 12.1). Note que a passagem bíblica diz justamente: "corramos ...a carreira que nos está proposta". Não há necessidade de se especular sobre quem estaria propondo esta corrida para os filhos de Deus. Está claro que é o próprio Deus quem a propõe. Em última análise pode-se dizer, por isso mesmo, que esta corrida cristã e de fé é também a corrida da graça. O próprio Deus é quem a estabelece para nós e é quem nos capacita a corrê-la com triunfo (cf. I Co 15.10; 2 Co 3.5).

A corrida cristã é a corrida de Deus para nós. Nela não estaremos sós e nunca seremos deixados à própria sorte, pois , de outro modo, estaríamos todos condenados à destruição. Quem está apto para correr por suas próprias forças a corrida da fé? Ninguém! A corrida que Deus nos propõe é a corrida da graça que nos capacita para a vitória.

Além disso, estando determinada por Deus, ninguém, sendo cristão autêntico, ficará fora dessa corrida. Deus a determinou para todos nós. Semelhantemente, uma vez que corremos a corrida da graça de Deus, nada é tão forte que possa nos desviar do objetivo de completá-la.

Uma obra clássica que nos ajuda a entender o triunfo de todo aquele que corre a corrida da fé é o Peregrino de João Bunyan (1628-1688). O Cristão, personagem principal da alegoria, alcançou, após lutar muito e passar por obstáculos sofríveis, seu objetivo maior que era chegar na Cidade Eterna. Assim será para todos nós, pois o nosso Deus não nos deixará correr sozinhos, mas nos incentivará sempre e nos capacitará para uma chegada triunfal.

2) A segunda razão porque devemos correr a corrida cristã, é porque ela é incentivada pelos heróis da fé.

O autor aos Hebreus nos relata que "temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas".

Além do próprio Deus como maior interessado em que sejamos vencedores nesta corrida (porque nós seremos salvos e Deus glorificado), temos a rodear-nos "tão grande nuvem de testemunhas". Esta grande nuvem de testemunhas significa aqueles grandes exemplos de fé que o escritor sagrado acabara de citar no capítulo 11. Pensemos, então, num herói como Abel que pela fé "ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela (da fé), também mesmo depois de morto, ainda fala" (Hb 11.4). E por aí segue exemplos como os de Noé, Abraão, Raabe, etc. Entretanto, em que sentido os homens e mulheres de Deus do Antigo Testamento são testemunhas para nós que corremos hoje? F. F. Bruce responde: "Provavelmente não no sentido de espectadores, observando seus sucessores enquanto correm a corrida na qual entraram; mas no sentido que por sua lealdade e perseverança deram testemunho das possibilidades da vida da fé" (Bruce, La epístola a los hebreus, Nueva Creación, Buenos Aires, 1987, p. 349).

Convém ressaltar que o escritor sagrado não está dizendo que os espíritos dos heróis da fé estariam conosco para nos ajudar na corrida cristã. Hebreus 9.27 dá a entender que este não era o ponto. A verdade é que os heróis da fé estão na presença de Deus torcendo, por assim dizer, por todos nós.

3) O terceiro motivo porque devemos correr a corrida que nos está proposta é porque é ela uma corrida inspirada na vitória de Cristo.

"Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não fatigueis, desmaiando em vossas almas" (Hb 12.3). Pouco antes o autor de Hebreus diz que Cristo "suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia" (Hb 12.2).

Quantas e quantas vezes não somos tentados a desistir dessa corrida? Às vezes parece que a nossa linha de chegada nunca será alcançada. Se olhamos para trás corremos o risco de tropeçar e cair, se corremos de cabeça baixa arriscamos não ver quão perto possa estar a nossa chegada. A corrida cristã é dura, mas a chegada é certa! Portanto, ergamos os nossos olhos para o horizonte e contemplemos Jesus Cristo. Quanta dor, quantas aflições Ele passou , porém, que vitória espetacular! Pois Ele suportou tudo sem nunca deixar de correr. É isso que o autor aos Hebreus pede que façamos: "Não desanimem, olhem para Jesus".

É difícil viver nesse mundo de pecado, sendo constantemente cirandado pelo diabo, pelo mundo e pela nossa própria carne. Contudo, Cristo venceu para nos ajudar a vencer. Ele é nosso maior exemplo e incentivador. Então, minha amiga e meu amigo, levante a cabeça porque você é de Deus e vai vencer, por maiores que sejam os obstáculos desta sua corrida. Não desanime, o Senhor está com você e o (a) sustentará.

Como devemos correr a corrida cristã?

Esta pergunta pode ser respondida de duas maneiras, a saber, negativa e positivamente falando.

Negativamente falando:

Desembaraçando-nos de todo peso

É importante não perdermos de vista a figura dos atletas dos jogos olímpicos. Para nosso objetivo, trata-se daqueles atletas que praticam uma das modalidades mais antigas das olimpíadas, a prova de velocidade. Portanto, são velocistas correndo a prova dos 100 ou 200 metros, com barreira.

Segundo os estudiosos dos tempos bíblicos, quando os atletas estavam treinando para as olimpíadas, eles costumavam vestir roupas pesadas e amarrar pequenos pesos nos tornozelos. Porém, no dia da corrida propriamente dita, as roupas pesadas e as tornozeleiras eram tiradas. Isto dava a sensação de leveza que, dentre outras coisas, garantia a vitória.

O autor aos Hebreus também fala de peso. "Desembaraçando-nos de todo peso", diz ele. Que peso é esse que o escritor nos pede para desembaraçar? Quais as implicações do mesmo para a corrida cristã? Antes de tudo, notemos que peso aqui não é o pecado, pois sobre ele (o pecado) o escritor sagrado fala depois. Portanto, peso significa aqui tudo aquilo que na vida cristã impede o nosso bom relacionamento com Deus e, conseqüentemente, com o próximo. Não é o pecado propriamente dito, mas pode facilmente levar a ele se não vigiarmos e orarmos. Por exemplo, namorar não é pecado, mas um namoro pode servir de peso na vida do casal que se descuida do compromisso com Deus e de Sua Palavra. Assistir TV em si não é pecado, porém, a televisão pode tomar (e como toma!) o tempo precioso de dedicação a Deus. E por aí vai...

Há na sua vida alguma coisa que está roubando o tempo de Deus, a comunhão e vida de santificação com o Senhor? Não prossiga a leitura dessa mensagem sem antes refletir seriamente sobre isto e confessar seus pecados a Deus. O Senhor Deus o abençoará.

E do pecado que tenazmente nos assedia

Além do peso que devemos nos desfazer, ainda é necessário, para que corramos bem, nos desembaraçar do "pecado que tenazmente nos assedia".

O pecado sempre está às portas. Não foi isso que Deus disse a Caim? (Gn 4.7). E do mesmo modo que a ele foi ordenado, também cumpre a nós dominá-lo. Tem que ser assim porque o pecado faz separação entre nós e Deus (cf. Is 59.2). Por isso devemos orar para que Deus não nos deixe cair em tentação. A queda rompe o bom relacionamento com o Espírito Santo que em nós habita.

Na corrida olímpica quem não pula os obstáculos será desclassificado, mesmo se chegar em primeiro lugar. Na corrida cristã nunca correremos bem se tivermos o pecado como nosso treinador.

Positivamente falando:

Devemos correr com perseverança

Alguém disse com acerto que "a persistência é a alma da conquista". Nada que seja verdadeiramente útil nesta vida é adquirido sem perseverança. Se queremos fazer bem feito e atingir os nossos objetivos na vida, então temos que trabalhar a ponto de exaustão. Esta idéia de trabalho a ponto de exaustão é muito comum em Paulo, veja por exemplo, I Co 9.24-27.

Quando o atleta olímpico estava disputando a corrida com seu adversário, ele colocava toda força no enrijecimento de seus músculos. As dores também eram terríveis, superadas somente pelo ideal de vencer. Na corrida cristã, meu amigo, o lema é vencer ou vencer. Não há lugar para perdedores no reino dos céus. Garanta o seu lugar porque Deus não correrá por você. É verdade que Ele nos capacita, nos incentiva, etc., mas a corrida é nossa. Deus não correrá por mim e nem por você. O escritor sagrado é claro nisso quando diz com o imperativo verbal, "corramos"! Corramos com perseverança a carreira que nos está proposta.

Olhando firmemente para Jesus

O modo correto para se correr bem é exatamente este: "Olhando firmemente para Jesus". Eu diria que aqui está a parte mais importante da corrida. E por que? Porque quando nós corremos olhando firmemente para Jesus não há tempo para ocupações triviais da vida e muito menos tempo para pecar. Corremos com confiança. Além disso, voltamos o nosso olhar para Aquele que é o maior vencedor e maior incentivador da corrida cristã. Jesus é, por assim dizer, o torcedor principal no estádio, pois somente Ele é o nosso Autor e Consumador da nossa fé. E o que isso quer dizer? Quer dizer que como Autor Jesus "preparou o caminho da fé com triunfo diante de nós, abrindo assim um caminho para os que O seguem". Como Consumador da fé Ele é "o completador e aperfeiçoador; no sentido de levar uma obra até o fim, não por decurso de prazo".

Enquanto estivermos correndo olhando para Jesus estaremos garantindo nossa vitória nas olimpíadas da fé.

Que Deus faça de você um grande campeão e vencedor em Cristo Jesus. Amém!

A CESTA


Certa vez, em uma Igreja Cristã, resolveu-se fazer uma campanha para ajudar as pessoas necessitadas da região, então foi pedido para todos os fiéis que cada um contribuísse de acordo com suas condições e com o seu coração...

Chegou então o grande dia da entrega das ofertas, enquanto cantava-se um hino, os fiéis pegavam suas ofertas colocavam dentro de uma cesta e levavam até o altar.

Todos estavam felizes em poder contribuir de alguma forma e ajudar pessoas que estavam necessitadas.

Mas, um Jovem que estava próximo a porta da igreja(que estava cheia), observava cada irmão entregando suas contribuições, e se entristecia pois naquele dia infelizmente ele não tinha como ofertar, pois não tinha nada. A vontade de participar e ajudar de alguma forma era tão grande que aquele jovem se entristecia cada vez mais, até que ele percebeu que a última pessoa estava levando a oferta; tomou então uma decisão:

Pegou uma cesta vazia e foi andando até o altar da igreja. As pessoas olhavam admiradas enquanto ele passava, alguns criticavam, outros ficavam perplexos sem entender o que estava acontecendo, pois não havia nada na cesta; aquele jovem chegou então no altar da igreja e colocou aquela cesta vazia no chão, e fez algo que ninguém poderia imaginar.... entrou dentro da cesta, ficou de pé dentro da cesta, fechou os olhos e fez uma Oração:

“SENHOR, eu hoje não tenho nada para ofertar, mas ofereço a minha vida como uma oferta viva em teu altar, usa-me conforme a tua Vontade”.

Foi um momento de grande emoção para todas aquelas pessoas, que choravam ao ver o grande amor que existia naquele Jovem.

Precisamos todos nós seguirmos o exemplo deste jovem e entrarmos na cesta! E fazermos a vontade de Nosso Pai.

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Um grande abraço do seu irmão em Cristo,

A causa "mortis" de Jesus segundo um parecer Médico


O Doutor Barbet, médico-cirurgião Francês e professor, e que por treze anos viveu em companhia de cadáveres e durante toda sua carreira estudou Anatomia, escreve sobre a morte de Jesus cuja agonia começou no Getsemani.O suar san­gue "hematidrose", é um fenômeno raro produzido sob condições excepcionais. Para provocá-lo é preciso fraqueza física acompanhada de abatimento moral vio­lento causado por violenta emoção e grande medo.

O terror e a angústia de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter produzido tal tensão ocasionando o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas. O sangue mistura-se ao suor e se concentra na pele e então escorre por todo o corpo; fato relatado num único evangelho cujo autor era médico (Lucas).

Após Jesus ser enviado a Pilatos, ter sido por este julgado e condenado, ini­cia-se a mais sangrenta e cruenta de suas flagelações.O flagelo era executado com tiras de couros sobre as quais eram feito nós nas pontas ou fixado pequenos pedaços de ossos ou chumbo. Os carrascos iniciam o ato; a pele se dilacera e se rompe, o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage num sobressalto de dor. As forças se esvaem, o suor frio desce pela face, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia numa poça de sangue.

Com longos espinhos, os algozes tecem uma espécie de capacete e o apli­cam sobre sua cabeça. Os espinhos penetram o couro cabeludo fazendo-o san­grar. Pilatos após mostrar este homem dilacerado à multidão, o entrega para ser crucificado.

É colocado sobre os ombros de Jesus o braço horizontal da cruz, com um peso de cerca de cinquenta quilos. A outra estaca vertical já está no calvário. Je­sus vai caminhando com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular cheio de pequenas pedras. O percurso é de cerca de seiscentos metros, Jesus fatigado arrasta um pé após outro e freqüentemente cai sobre os joelhos. Seus ombros estão cobertos de chagas e quando cai por terra a viga lhe escapa e escorrega pelo dorso esfolando-o.

Chegando ao Calvário os Soldados despojam-no de suas vestes, porém, sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz uma dor atroz - quem já tirou uma atadura de gases de uma ferida sabe que cada fio do tecido adere à carne viva. Ao tirarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas.Os carrascos dão um puxão violento e o sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, suas chagas se incrustam de pedregulhos, depositam-no sobre o braço horizontal da Cruz.

Os carrascos pegam um longo prego pontiagudo e quadrado, apóiam sobre o pulso de Jesus e com golpes de martelo o plantam e rebatem sobre a madeira. O rosto de Jesus se contrai assustadoramente. O nervo Mediano foi lesado, uma dor aguda se difunde pelos dedos e espalha-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, pois, é provocada uma Sin­cope, lesão dos grandes troncos nervosos, e faz perder a consciência, o que não ocorre com Jesus.

O nervo é destruído só em parte, a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego. Quando o corpo for suspenso pela Cruz, o nervo se esticará como uma corda de violino, e a cada movimento ou solavanco, vibrará desper­tando dores dilacerantes. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos pene­tram no crânio e a cabeça inclina-se para frente em razão da coroa ter um diâme­tro que impede de apoiar-se na madeira; pregam-lhe os pés.

Ao meio dia Jesus tem sede, pois não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo torna-se numa máscara de sangue, a garganta seca lhe queima, mas não pode engolir. Um soldado lhe estende numa ponta de uma vara uma esponja em­bebida numa bebida ácida.Um fenômeno ocorre no corpo de Jesus: os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando, os deltóides, os bíceps esticados são levantados, os dedos de curvam.

É semelhante a alguém ferido de tétano ao que os médicos c chamam de tetania, pois os sintomas se generalizam. A respiração vai se fazendo pouco mais curta, o ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar semelhante a um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco torna-se vermelho, transformando logo após num violeta purpúreo e, enfim, cianótico.

Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar. A fronte cheia de suor e os olhos saem fora da órbita. Lentamente com um esforço sobre humano, Ele toma um ponto de apoio sobre o prego nos pés, esforça-se a pequenos golpes e se eleva aliviando a tração dos braços. Os mús­culos do tórax se distendem, a respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.

Por que este esforço? Porque Ele queria falar. "Pai perdoa-lhes, pois não sa­bem o que fazem". Logo após o corpo começa a afrouxar-se de novo e a asfixia recomeça. Cada vez que quer falar,deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. A temperatura diminui: já são quase três horas de torturas e quase três da tarde.Todas as sus dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos lhe arrancam um lamento: "Deus meu, Deus meu, por que me desam­paraste? E por fim diz: “Está consumado”. E num grande brado diz: “Pai, nas tuas mãos Eu entrego o meu Espitrito e morre no meu e no seu lugar”.

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna."

João 3:16

A casa queimada


Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.

Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.

Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço construiu uma casinha para ele.

Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.

Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim, com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca.

Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:

- Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar por completo. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?

Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:

- Vamos rapaz?

Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:

- Vamos rapaz, nós viemos te buscar...

- Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?

- Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante.

Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus queridos.

MORAL DA HISTÓRIA - Quantas vezes nossa "casa se queima" e nós gritamos como aquele homem gritou? Em Romanos 8,28 lemos que todas as coisa contribuem para o bem daqueles que amam a Deus. Às vezes, é muito difícil aceitar isto, mas é assim mesmo. É preciso crer e confiar!