terça-feira, 29 de outubro de 2019

A CRISE DA ESPIRITUALIDADE

TEXTO BÁSICO: ISAÍAS 1:1-20

Origem da Crise de espiritualidade

Um estado de rebelião – vs 2: acha que pode levar sua vida por si mesmo (Jo 15:5)

Uma falta de conhecimento – Vs 3: Jer 9:24; Mt 22:29 – Exemplo do agricultor.

- Um apego ao pecado: vs 4 - Os sintomas da derrota, nesta luta são tres: 1) esquecendo a alegria da primeira experiência de salvação, incluindo o desejo de estudar a Bíblia; a oração, o prazer em cultuar a Deus, e o sentido de pertencimento a Jesus. O Senhor chama-nos de volta ao primeiro amor (Apoc 2:5a) derrota para o pecado, e o Senhor nos chama ao arrependimento Apoc 2:5b); 3) uma diminuição na qualidade e quantidade do serviço cristão, e o Senhor chama aos Efésios para fazerem as obras de justiça que faziam no início de sua fé (Apoc 2:5c)

Características da Crise de Espiritualidade

Ritualismo hipócrita, culto indiferente – vs 11 e 14 – só fachada

Religiosidade estéril: vs 13-15

Princípios para combater a crise da espiritualidade

A graça de Deus – vs 18

O arrependimento genuíno: vs 16-17

A prática das disciplinas espirituais: vs 17 – Oração, Estudo da Palavra, prática da misericórdia

CONCLUSÃO:

Dicas práticas sobre espiritualidade

Como viver a verdadeira espiritualidade? Fp 2:5

Como se evidencia a espiritualidade cristã? João 15:16

A que ponto pode chegar alguém em crise espiritual? Mt 26:69-75

Que sinais de crise espiritual encontramos em I Cor 3:2-5?

Quais são os alvos daqueles que desejam viver a verdadeira espiritualidade? I Tm 6:11

A corrida cristã: Por que e como devemos corrê-la ?


Hebreus 12.1-3

As competições olímpicas eram práticas apreciadas e admiradas no mundo antigo. Ainda hoje, eventos olímpicos como o de Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996 e o de Sydney que ocorrerá na Austrália em 2000, respectivamente, mexeram e mexerão com a emoção de muita gente.

Escritores bíblicos como Paulo e o autor da carta aos Hebreus fizeram constante menção das atividades esportivas em seus escritos. Eles eram apreciadores do esporte e dele sabiam tirar lições preciosas para a vida cristã. Um exemplo clássico disso é a passagem bíblica de Hebreus 12.1-3. O autor aos Hebreus extrai da figura de um estádio lotado, do espírito da dinâmica de uma competição olímpica, uma ilustração para a vida cristã.

Após relatar a luta e a vitória dos heróis e heroínas da fé do Antigo Testamento, o autor de Hebreus direciona o olhar de seus leitores para o Campeão dos campeões, Jesus. Ele os mostra como aqueles campeões, e principalmente Jesus Cristo, venceram e porque eles (seus leitores) deveriam correr a corrida cristã e como esta corrida deveria ser feita.

Mas deixemos por enquanto os leitores imediatos do autor aos Hebreus. Vamos entrar na corrida também! porque ela é de todo aquele que verdadeiramente corre a corrida da fé.

Por que devemos participar da corrida cristã?

Devemos participar da corrida cristã por três motivos básicos:

1) Em primeiro lugar, porque ela é determinada por Deus.

O texto bíblico diz: "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso, e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta" (Hb 12.1). Note que a passagem bíblica diz justamente: "corramos ...a carreira que nos está proposta". Não há necessidade de se especular sobre quem estaria propondo esta corrida para os filhos de Deus. Está claro que é o próprio Deus quem a propõe. Em última análise pode-se dizer, por isso mesmo, que esta corrida cristã e de fé é também a corrida da graça. O próprio Deus é quem a estabelece para nós e é quem nos capacita a corrê-la com triunfo (cf. I Co 15.10; 2 Co 3.5).

A corrida cristã é a corrida de Deus para nós. Nela não estaremos sós e nunca seremos deixados à própria sorte, pois , de outro modo, estaríamos todos condenados à destruição. Quem está apto para correr por suas próprias forças a corrida da fé? Ninguém! A corrida que Deus nos propõe é a corrida da graça que nos capacita para a vitória.

Além disso, estando determinada por Deus, ninguém, sendo cristão autêntico, ficará fora dessa corrida. Deus a determinou para todos nós. Semelhantemente, uma vez que corremos a corrida da graça de Deus, nada é tão forte que possa nos desviar do objetivo de completá-la.

Uma obra clássica que nos ajuda a entender o triunfo de todo aquele que corre a corrida da fé é o Peregrino de João Bunyan (1628-1688). O Cristão, personagem principal da alegoria, alcançou, após lutar muito e passar por obstáculos sofríveis, seu objetivo maior que era chegar na Cidade Eterna. Assim será para todos nós, pois o nosso Deus não nos deixará correr sozinhos, mas nos incentivará sempre e nos capacitará para uma chegada triunfal.

2) A segunda razão porque devemos correr a corrida cristã, é porque ela é incentivada pelos heróis da fé.

O autor aos Hebreus nos relata que "temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas".

Além do próprio Deus como maior interessado em que sejamos vencedores nesta corrida (porque nós seremos salvos e Deus glorificado), temos a rodear-nos "tão grande nuvem de testemunhas". Esta grande nuvem de testemunhas significa aqueles grandes exemplos de fé que o escritor sagrado acabara de citar no capítulo 11. Pensemos, então, num herói como Abel que pela fé "ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela (da fé), também mesmo depois de morto, ainda fala" (Hb 11.4). E por aí segue exemplos como os de Noé, Abraão, Raabe, etc. Entretanto, em que sentido os homens e mulheres de Deus do Antigo Testamento são testemunhas para nós que corremos hoje? F. F. Bruce responde: "Provavelmente não no sentido de espectadores, observando seus sucessores enquanto correm a corrida na qual entraram; mas no sentido que por sua lealdade e perseverança deram testemunho das possibilidades da vida da fé" (Bruce, La epístola a los hebreus, Nueva Creación, Buenos Aires, 1987, p. 349).

Convém ressaltar que o escritor sagrado não está dizendo que os espíritos dos heróis da fé estariam conosco para nos ajudar na corrida cristã. Hebreus 9.27 dá a entender que este não era o ponto. A verdade é que os heróis da fé estão na presença de Deus torcendo, por assim dizer, por todos nós.

3) O terceiro motivo porque devemos correr a corrida que nos está proposta é porque é ela uma corrida inspirada na vitória de Cristo.

"Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não fatigueis, desmaiando em vossas almas" (Hb 12.3). Pouco antes o autor de Hebreus diz que Cristo "suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia" (Hb 12.2).

Quantas e quantas vezes não somos tentados a desistir dessa corrida? Às vezes parece que a nossa linha de chegada nunca será alcançada. Se olhamos para trás corremos o risco de tropeçar e cair, se corremos de cabeça baixa arriscamos não ver quão perto possa estar a nossa chegada. A corrida cristã é dura, mas a chegada é certa! Portanto, ergamos os nossos olhos para o horizonte e contemplemos Jesus Cristo. Quanta dor, quantas aflições Ele passou , porém, que vitória espetacular! Pois Ele suportou tudo sem nunca deixar de correr. É isso que o autor aos Hebreus pede que façamos: "Não desanimem, olhem para Jesus".

É difícil viver nesse mundo de pecado, sendo constantemente cirandado pelo diabo, pelo mundo e pela nossa própria carne. Contudo, Cristo venceu para nos ajudar a vencer. Ele é nosso maior exemplo e incentivador. Então, minha amiga e meu amigo, levante a cabeça porque você é de Deus e vai vencer, por maiores que sejam os obstáculos desta sua corrida. Não desanime, o Senhor está com você e o (a) sustentará.

Como devemos correr a corrida cristã?

Esta pergunta pode ser respondida de duas maneiras, a saber, negativa e positivamente falando.

Negativamente falando:

Desembaraçando-nos de todo peso

É importante não perdermos de vista a figura dos atletas dos jogos olímpicos. Para nosso objetivo, trata-se daqueles atletas que praticam uma das modalidades mais antigas das olimpíadas, a prova de velocidade. Portanto, são velocistas correndo a prova dos 100 ou 200 metros, com barreira.

Segundo os estudiosos dos tempos bíblicos, quando os atletas estavam treinando para as olimpíadas, eles costumavam vestir roupas pesadas e amarrar pequenos pesos nos tornozelos. Porém, no dia da corrida propriamente dita, as roupas pesadas e as tornozeleiras eram tiradas. Isto dava a sensação de leveza que, dentre outras coisas, garantia a vitória.

O autor aos Hebreus também fala de peso. "Desembaraçando-nos de todo peso", diz ele. Que peso é esse que o escritor nos pede para desembaraçar? Quais as implicações do mesmo para a corrida cristã? Antes de tudo, notemos que peso aqui não é o pecado, pois sobre ele (o pecado) o escritor sagrado fala depois. Portanto, peso significa aqui tudo aquilo que na vida cristã impede o nosso bom relacionamento com Deus e, conseqüentemente, com o próximo. Não é o pecado propriamente dito, mas pode facilmente levar a ele se não vigiarmos e orarmos. Por exemplo, namorar não é pecado, mas um namoro pode servir de peso na vida do casal que se descuida do compromisso com Deus e de Sua Palavra. Assistir TV em si não é pecado, porém, a televisão pode tomar (e como toma!) o tempo precioso de dedicação a Deus. E por aí vai...

Há na sua vida alguma coisa que está roubando o tempo de Deus, a comunhão e vida de santificação com o Senhor? Não prossiga a leitura dessa mensagem sem antes refletir seriamente sobre isto e confessar seus pecados a Deus. O Senhor Deus o abençoará.

E do pecado que tenazmente nos assedia

Além do peso que devemos nos desfazer, ainda é necessário, para que corramos bem, nos desembaraçar do "pecado que tenazmente nos assedia".

O pecado sempre está às portas. Não foi isso que Deus disse a Caim? (Gn 4.7). E do mesmo modo que a ele foi ordenado, também cumpre a nós dominá-lo. Tem que ser assim porque o pecado faz separação entre nós e Deus (cf. Is 59.2). Por isso devemos orar para que Deus não nos deixe cair em tentação. A queda rompe o bom relacionamento com o Espírito Santo que em nós habita.

Na corrida olímpica quem não pula os obstáculos será desclassificado, mesmo se chegar em primeiro lugar. Na corrida cristã nunca correremos bem se tivermos o pecado como nosso treinador.

Positivamente falando:

Devemos correr com perseverança

Alguém disse com acerto que "a persistência é a alma da conquista". Nada que seja verdadeiramente útil nesta vida é adquirido sem perseverança. Se queremos fazer bem feito e atingir os nossos objetivos na vida, então temos que trabalhar a ponto de exaustão. Esta idéia de trabalho a ponto de exaustão é muito comum em Paulo, veja por exemplo, I Co 9.24-27.

Quando o atleta olímpico estava disputando a corrida com seu adversário, ele colocava toda força no enrijecimento de seus músculos. As dores também eram terríveis, superadas somente pelo ideal de vencer. Na corrida cristã, meu amigo, o lema é vencer ou vencer. Não há lugar para perdedores no reino dos céus. Garanta o seu lugar porque Deus não correrá por você. É verdade que Ele nos capacita, nos incentiva, etc., mas a corrida é nossa. Deus não correrá por mim e nem por você. O escritor sagrado é claro nisso quando diz com o imperativo verbal, "corramos"! Corramos com perseverança a carreira que nos está proposta.

Olhando firmemente para Jesus

O modo correto para se correr bem é exatamente este: "Olhando firmemente para Jesus". Eu diria que aqui está a parte mais importante da corrida. E por que? Porque quando nós corremos olhando firmemente para Jesus não há tempo para ocupações triviais da vida e muito menos tempo para pecar. Corremos com confiança. Além disso, voltamos o nosso olhar para Aquele que é o maior vencedor e maior incentivador da corrida cristã. Jesus é, por assim dizer, o torcedor principal no estádio, pois somente Ele é o nosso Autor e Consumador da nossa fé. E o que isso quer dizer? Quer dizer que como Autor Jesus "preparou o caminho da fé com triunfo diante de nós, abrindo assim um caminho para os que O seguem". Como Consumador da fé Ele é "o completador e aperfeiçoador; no sentido de levar uma obra até o fim, não por decurso de prazo".

Enquanto estivermos correndo olhando para Jesus estaremos garantindo nossa vitória nas olimpíadas da fé.

Que Deus faça de você um grande campeão e vencedor em Cristo Jesus. Amém!

A CESTA


Certa vez, em uma Igreja Cristã, resolveu-se fazer uma campanha para ajudar as pessoas necessitadas da região, então foi pedido para todos os fiéis que cada um contribuísse de acordo com suas condições e com o seu coração...

Chegou então o grande dia da entrega das ofertas, enquanto cantava-se um hino, os fiéis pegavam suas ofertas colocavam dentro de uma cesta e levavam até o altar.

Todos estavam felizes em poder contribuir de alguma forma e ajudar pessoas que estavam necessitadas.

Mas, um Jovem que estava próximo a porta da igreja(que estava cheia), observava cada irmão entregando suas contribuições, e se entristecia pois naquele dia infelizmente ele não tinha como ofertar, pois não tinha nada. A vontade de participar e ajudar de alguma forma era tão grande que aquele jovem se entristecia cada vez mais, até que ele percebeu que a última pessoa estava levando a oferta; tomou então uma decisão:

Pegou uma cesta vazia e foi andando até o altar da igreja. As pessoas olhavam admiradas enquanto ele passava, alguns criticavam, outros ficavam perplexos sem entender o que estava acontecendo, pois não havia nada na cesta; aquele jovem chegou então no altar da igreja e colocou aquela cesta vazia no chão, e fez algo que ninguém poderia imaginar.... entrou dentro da cesta, ficou de pé dentro da cesta, fechou os olhos e fez uma Oração:

“SENHOR, eu hoje não tenho nada para ofertar, mas ofereço a minha vida como uma oferta viva em teu altar, usa-me conforme a tua Vontade”.

Foi um momento de grande emoção para todas aquelas pessoas, que choravam ao ver o grande amor que existia naquele Jovem.

Precisamos todos nós seguirmos o exemplo deste jovem e entrarmos na cesta! E fazermos a vontade de Nosso Pai.

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Um grande abraço do seu irmão em Cristo,

A causa "mortis" de Jesus segundo um parecer Médico


O Doutor Barbet, médico-cirurgião Francês e professor, e que por treze anos viveu em companhia de cadáveres e durante toda sua carreira estudou Anatomia, escreve sobre a morte de Jesus cuja agonia começou no Getsemani.O suar san­gue "hematidrose", é um fenômeno raro produzido sob condições excepcionais. Para provocá-lo é preciso fraqueza física acompanhada de abatimento moral vio­lento causado por violenta emoção e grande medo.

O terror e a angústia de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter produzido tal tensão ocasionando o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas. O sangue mistura-se ao suor e se concentra na pele e então escorre por todo o corpo; fato relatado num único evangelho cujo autor era médico (Lucas).

Após Jesus ser enviado a Pilatos, ter sido por este julgado e condenado, ini­cia-se a mais sangrenta e cruenta de suas flagelações.O flagelo era executado com tiras de couros sobre as quais eram feito nós nas pontas ou fixado pequenos pedaços de ossos ou chumbo. Os carrascos iniciam o ato; a pele se dilacera e se rompe, o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage num sobressalto de dor. As forças se esvaem, o suor frio desce pela face, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia numa poça de sangue.

Com longos espinhos, os algozes tecem uma espécie de capacete e o apli­cam sobre sua cabeça. Os espinhos penetram o couro cabeludo fazendo-o san­grar. Pilatos após mostrar este homem dilacerado à multidão, o entrega para ser crucificado.

É colocado sobre os ombros de Jesus o braço horizontal da cruz, com um peso de cerca de cinquenta quilos. A outra estaca vertical já está no calvário. Je­sus vai caminhando com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular cheio de pequenas pedras. O percurso é de cerca de seiscentos metros, Jesus fatigado arrasta um pé após outro e freqüentemente cai sobre os joelhos. Seus ombros estão cobertos de chagas e quando cai por terra a viga lhe escapa e escorrega pelo dorso esfolando-o.

Chegando ao Calvário os Soldados despojam-no de suas vestes, porém, sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz uma dor atroz - quem já tirou uma atadura de gases de uma ferida sabe que cada fio do tecido adere à carne viva. Ao tirarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas.Os carrascos dão um puxão violento e o sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, suas chagas se incrustam de pedregulhos, depositam-no sobre o braço horizontal da Cruz.

Os carrascos pegam um longo prego pontiagudo e quadrado, apóiam sobre o pulso de Jesus e com golpes de martelo o plantam e rebatem sobre a madeira. O rosto de Jesus se contrai assustadoramente. O nervo Mediano foi lesado, uma dor aguda se difunde pelos dedos e espalha-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, pois, é provocada uma Sin­cope, lesão dos grandes troncos nervosos, e faz perder a consciência, o que não ocorre com Jesus.

O nervo é destruído só em parte, a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego. Quando o corpo for suspenso pela Cruz, o nervo se esticará como uma corda de violino, e a cada movimento ou solavanco, vibrará desper­tando dores dilacerantes. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos pene­tram no crânio e a cabeça inclina-se para frente em razão da coroa ter um diâme­tro que impede de apoiar-se na madeira; pregam-lhe os pés.

Ao meio dia Jesus tem sede, pois não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo torna-se numa máscara de sangue, a garganta seca lhe queima, mas não pode engolir. Um soldado lhe estende numa ponta de uma vara uma esponja em­bebida numa bebida ácida.Um fenômeno ocorre no corpo de Jesus: os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando, os deltóides, os bíceps esticados são levantados, os dedos de curvam.

É semelhante a alguém ferido de tétano ao que os médicos c chamam de tetania, pois os sintomas se generalizam. A respiração vai se fazendo pouco mais curta, o ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar semelhante a um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco torna-se vermelho, transformando logo após num violeta purpúreo e, enfim, cianótico.

Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar. A fronte cheia de suor e os olhos saem fora da órbita. Lentamente com um esforço sobre humano, Ele toma um ponto de apoio sobre o prego nos pés, esforça-se a pequenos golpes e se eleva aliviando a tração dos braços. Os mús­culos do tórax se distendem, a respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.

Por que este esforço? Porque Ele queria falar. "Pai perdoa-lhes, pois não sa­bem o que fazem". Logo após o corpo começa a afrouxar-se de novo e a asfixia recomeça. Cada vez que quer falar,deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. A temperatura diminui: já são quase três horas de torturas e quase três da tarde.Todas as sus dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos lhe arrancam um lamento: "Deus meu, Deus meu, por que me desam­paraste? E por fim diz: “Está consumado”. E num grande brado diz: “Pai, nas tuas mãos Eu entrego o meu Espitrito e morre no meu e no seu lugar”.

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna."

João 3:16

A casa queimada


Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.

Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.

Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço construiu uma casinha para ele.

Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.

Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim, com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca.

Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:

- Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar por completo. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?

Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:

- Vamos rapaz?

Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:

- Vamos rapaz, nós viemos te buscar...

- Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?

- Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante.

Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus queridos.

MORAL DA HISTÓRIA - Quantas vezes nossa "casa se queima" e nós gritamos como aquele homem gritou? Em Romanos 8,28 lemos que todas as coisa contribuem para o bem daqueles que amam a Deus. Às vezes, é muito difícil aceitar isto, mas é assim mesmo. É preciso crer e confiar!

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

em meio a uma situação de angústia há esperança

Texto: I Samuel 1

1. Introdução

à Ana era uma mulher que estava enfrentando uma profunda angústia. Ela queria ter filhos mas não podia ter. A Bíblia fala que a nossa vida pode ser uma vida abundante, cheia de gozo e vitórias espirituais. Porém muitos crentes ficam angustiados, por não experimentarem essa vida abundante em Cristo.

2. Como podemos ter esperança em meio a uma situação de crise:

2.1 Em meio há uma situação de angústia haverá esperança quando não aceitarmos viver no fracasso (“Ana ....orou ao Senhor, chorou muito e fez um voto...” v.10,11)

Tem muitas pessoas que aceitam uma vida de derrota como algo natural. Diante dos fracassos essas pesoas dizem: “Foi a vontade de Deus, irmão”. Como Filho de Deus não aceite viver como derrotado. Ana não aceitou a situação em que estava. Ela resolveu orar, e fazer a sua parte para desfrutar da vitória de Deus em sua vida.

Você deve dizer: Eu não aceito em nome de Jesus essa situação de tristeza, de confusão na minha casa, de desemprego, eu não aceito a destruição trazida pelos vícios, eu não aceito essa angústia, essa depressão.

A Palavra diz: “Por meio de Ti vencemos os nossos inimigos...”Salmo 44:5. Em I João 5:4: “pois todo aquele que é nascido de Deus vence o mundo. Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”.

2.2 Em meio a uma situação de angustia haverá esperança quando buscamos a nossa vitória na Igreja (“...E todas as vezes que Ana subia a casa do Senhor...” v.7)

Alguns dizem: “Pastor, eu estou buscando uma vida de vitória em casa”. Essa vitória nunca será alcançada. O povo de Deus, busca vida de vitória na Igreja. Um rapaz que não ia mais a Igreja, disse: “Eu estou em casa, só na benção, não preciso mais da Igreja. Isso não existe, é engano.

Quando estamos angustiados Satanás coloca em nossa mente a vontade de se afastar da Igreja. Quem se afasta da Igreja por causa de angústias, de decepções, de problemas, fica mais fraco. Um crente sem igreja é como um carro sem rodas: Ele não anda, não cresce, não recarrega suas forças, nunca sairá do lugar.

A palavra diz: “Eu amo, Senhor, a habitação de tua casa, e o lugar onde a tua glória assiste” (Salmo 26:8).

2.3 Em meio a uma situação de angústia haverá esperança quando entregarmos tudo a Jesus (“venho derramando a minha alma perante o Senhor...” v.15)

Se você não for capaz de entregar tudo a Cristo, então não será capaz de experimentar tudo que Deus tem para tua vida.

Muitos enfrentam sérias crises, porque não aprenderam ainda a entregar seus filhos a Deus, suas profissões a Deus, suas finanças a Deus.

A Bíblia diz: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e o mais Ele fará”. Salmo.

3. conclusão

Um pregador falava entusiasmado em praça pública para uma grande multidão. De repente, um zombador disse: “Pregador, o seu Jesus pode fazer tanta coisa como você está dizendo, mas não pode mudar a roupa deste mendigo ao seu lado.

O pregador sem ficar perturbado disse: “Talvez você tenha até razão, amigo. Jesus provavelmente não está interessado em mudar agora a roupa desse mendigo ao meu lado, mas eu tenho certeza que Cristo quer mudar o mendigo que está dentro dessa roupa”.

à MORAL: Antes de mudar teu carro, melhorar teu salário, mudar tua roupa, Jesus quer mudar teu coração nesta noite. Ele quer que você viva em dimensão de vitória, Ele quer que você o busque na comunhão com a Igreja, e Jesus quer que você aprenda a entregar tudo a Ele.

à CANTAR: ESSA PAZ QUE EU SINTO EM MINHA ALMA.

A Aliança Com Deus e Seus Efeitos - (1ªCo-11.25)



INTRODUÇÃO:
A palavra aliança é muito conhecida na bíblia e aparece 299 vezes entre o velho e novo testamento. No novo testamento ela vem do grego "diatheke" que é traduzido por aliança ou por testamento. A idéia da aliança é conhecida. O velho testamento retrata a aliança que Deus fez com seu povo através da Lei e o novo testamento retrata a aliança que Deus fez com pessoas individualmente através de Jesus Cristo. Falamos que aliança simboliza acordo, tratado, contrato, união entre duas partes. O que em geral não falamos é que aliança na verdade é apenas a casca, a exterioridade, a parte de fora. Aliança é a maneira de materializarmos sentimentos, convicções, e se observarmos de um modo geral, a aliança é a maneira materializarmos a fidelidade que temos para com Deus e que ele tem para conosco.
A aliança é a casca: a fidelidade é a essência.
A aliança só existe quando há fidelidade a Deus. Por isso que não podemos resumir nossa aliança com Deus através apenas de exterioridade: discursos, serviços ou atividade. A aliança é ter uma vida santa diante de Deus.
ILUSTRAÇÃO: Quando o carro está muito sujo a gente escreve com o dedo: lave-me. Algumas pessoas espiritualmente escrevem em nossa vida: santifica-te.
Para entendermos exatamente o que significa uma aliança com Deus em sua essência, é importante verificarmos o que o velho testamento diz, pois desde aquela época Deus já manifestava a necessidade de uma aliança e tentou estabelecer uma aliança com o povo.
O PRINCÍPIO DE UMA ALIANÇA COM DEUS
(Êxodo 19:5,6,8)
"Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel. Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o SENHOR falou faremos. E Moisés relatou ao SENHOR as palavras do povo."
Deus no monte Sinai estava falando ao povo um pouco antes de lhes transmitir os dez mandamentos ou decálogo. Deus vai falar algo maravilhoso sobre a aliança. Se o povo guardasse (fidelidade) a aliança seria transformado em:
A Propriedade peculiar de Deus – A palavra hebraica sugere algo muito precioso que alguém reserva para si com um carinho especial;
O Povo especial – "dentre todos os povos";
O Reino de sacerdotes – idéia escatológica, demonstra a idéia de Deus já naquela época de que todos tivéssemos acesso direto a Deus através de Jesus Cristo;
A Nação santa – a idéia de santo no velho testamento é de algo separado do uso comum e profano. Algo exclusivo para Deus.
Deus constituiu uma aliança porque através dela queria transformar um povo. No novo testamento a idéia é a mesma. 1 Pedro 2:9 vai dizer exatamente que:
"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;"
A aliança que Deus faz é para nos transformarmos em povo de Deus, raça eleita por Deus, nação santa. Deus quer fazer uma aliança contigo para te abençoar. Ilustração: Ray Stedman pregava na Califórnia. Quando chegou ao templo havia bem na escadaria um bêbado dormindo. Ele o convidou para participar do culto mas o bêbado dizia que se sentiria mal entre pessoas tão santas e puras. Depois de muita insistência o pastor foi e naquela noite pregou sobre o pecado. Em determinado momento do sermão pediu para pessoas que no passado tivessem praticado determinados pecados levantassem a mão: adultério, roubo, mentira, bebida, etc... Depois do culto o homem foi se despedir do pastor e esse lhe perguntou: você gostou do culto? Ao que o homem respondeu: adorei, esse pessoal todo é da minha turma! Então Ray explicou: eram. Agora foram lavados pelo sangue de Jesus Cristo.
Temos algumas outras características sobre esta aliança:
A ALIANÇA SIGNIFICA QUE NÓS PODEMOS CONTAR SEMPRE COM DEUS
(DEUTERONÔMIO 4:30,31)
"Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te sobrevierem nos últimos dias, e te voltares para o SENHOR, teu Deus, e lhe atenderes a voz, então, o SENHOR, teu Deus, não te desamparará, porquanto é Deus misericordioso, nem te destruirá, nem se esquecerá da aliança que jurou a teus pais."
Quando estiveres em angústia, diz Deus, e todas estas coisas te sobrevierem (referência a sofrimento e castigo de Deus): ele não se esquecerá da aliança. Só que isso implica em atender a voz de Deus e voltar para Deus. Com certeza ele será misericordioso. Ter uma aliança significa estar seguro e poder contar sempre com Deus.
Ilustração: É difícil quando somos traídos por alguém. O pastor Jim Ellif, um dos preletores do congresso da Fiel de 1999 contava que foi traído por um irmão muito querido. Foi conversar com aquele irmão ao que este respondeu: eu nunca disse que você poderia contar comigo. Contou porque quis. Bem, Deus deixa claro: vocês podem contar comigo sim. Eu sou o Deus de vocês...
A ALIANÇA IMPLICA EM RELACIONAMENTO COM O SENHOR (DEUTERONÔMIO 7:6-9)
"Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos;"
Deus recorda verdades para conosco:
Ele nos escolheu;
Ele nos amou;
Ele cumpriu suas promessas libertando seu povo;
Ele é fiel.
CONCLUSÃO
Em todos os casos notamos algo importante: Deus faz a sua parte em sua aliança. E nós? Fomos exortados a voltarmos para Deus, escutarmos sua voz, obedecermos. O que Deus espera de nós? O que faremos em relação a sua aliança? Em Êxodo 19:8 vimos a resposta que o povo deu a Deus:
"Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o SENHOR falou faremos. E Moisés relatou ao SENHOR as palavras do povo."
Que haja hoje em seu coração a vontade e decisão de obedecer a Deus e assim cumprir a sua aliança.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

CINCO VOTOS PARA OBTER PODER ESPIRITUAL

Primeiro Voto:

Trate Seriamente com o Pecado

O pecado tem sido disfarçado nestes dias, aparecendo com novos nomes e caras. Você pode estar sendo exposto a esse fenômeno na escola. O pecado é chamado por diversos nomes enfeitados - qualquer nome, menos pelo que ele realmente é. Por exemplo, os homens já não ficam mais sob convicção de pecados; eles têm um complexo de culpa. Em lugar de confessar suas culpas a Deus, para se livrarem delas, deitam-se num divã e tentam relatar o que sentem a um homem que deve conhecer melhor tudo sobre eles. Após algum tempo, a resposta dada é que eles foram profundamente desapontados quando tinham dois anos, ou alguma coisa semelhante. Supõe-se que isso os fará sentirem-se melhor.

Tudo isso é ridículo, porque o pecado é ainda o mesmo antigo inimigo da alma. Ele nunca foi alterado. Precisamos tratar firme­mente com o pecado em nossa vida. Lembremo-nos sempre disso. "O reino de Deus não é comida nem bebida", disse o apóstolo Paulo, "mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17). A justiça repousa à porta do reino de Deus. "A alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18. 4, 20).

Não estou pregando a perfeição sem pe­cado. Antes, quero dizer que todo pecado conhecido deve ser nomeado, identificado e repudiado, e que devemos confiar em Deus para nos libertar dele, para que não exista qualquer pecado consciente, deliberado em qualquer parte de nossa vida. E absolutamen­te necessário que façamos isso, porque Deus é um Deus santo, e o pecado está no trono do mundo.

Portanto, não chame seus pecados por algum outro nome. Se você é invejoso, chame-o de inveja. Se você tem a tendência à autocomiseração e a sentir que não é apre­ciado, mas é como uma flor que nasce para morrer despercebida, a desgastar sua doçura no ar do deserto, chame esse pecado pelo que ele é: autopiedade.

Também há o ressentimento. Se você está ressentido, admita-o. Tenho conhecido pes­soas que vivem num estado de indignação furiosa a maior parte do tempo. Conheço um pregador que age como uma galinha lançada fora do ninho: ele fica correndo em todas as direções queixando-se e murmurando - al­guém está sempre o fazendo errar. Ora, caso você tenha esse mesmo "espírito", tem de tratar com ele imediatamente. Você precisa livrar-se disso. O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado. Em lugar de tentar disfarçar o pecado ou procurar uma tradução grega opcional em algum lugar sob a qual ocultá-lo, chame-o por seu nome correto e livre-se dele pela graça de Deus.

Há também o mau humor. Não o cha­me de indignação. Não tente chamá-lo de algum outro nome. Chame-o pelo que ele é. Porque, se você tem mau humor, ou você se desfaz dele ou ele desfará muito de sua espiritualidade e alegria.

Por conseguinte, tratemos do pecado com seriedade. Sejamos perfeitamente cândidos. Deus ama pessoas cândidas.

Segundo Voto:

Não Seja Dono de Coisa Alguma

Com isso, não quero dizer que não possamos possuir coisas. Quero dizer que devemos ser libertos do senso de possuí-las. Esse senso de posse é o que nos embaraça. Todos os bebês nascem com as mãozinhas fechadas, e isso me parece dizer: "Isto é meu!" Uma das primeiras coisas que eles dizem é "meu", com voz irada. Esse senso de "isto é meu!" é muito prejudicial para o espírito. Se puder livrar-se disso, para que não tenha mais o sentido de posse sobre qualquer coisa, você sentirá grande liberdade em sua vida.

Não pense com isso que você precisa ven­der tudo quanto possui e distribuir como ca­ridade. Não, Deus permitirá que você tenha seu carro e seus negócios, sua profissão e sua posição, qualquer que ela seja, contanto que entenda que isso não é seu, em absoluto, mas Dele, e que tudo quanto está fazendo é apenas trabalhando para Ele. Então, poderá estar tranqüilo em relação a tudo isso, pois nunca precisamos nos preocupar por perder o que pertence a outra pessoa. Se essas coisas forem suas, você estará sempre olhando para as mãos para ver se ainda estão ali, mas se forem de Deus, já não precisa se preocupar com elas.

Permita-me apontar-lhe algumas das coisas que você tem de entregar a Deus. Suas posses são uma dessas coisas. Alguns dos queridos filhos do Senhor estão sendo mantidos para trás porque existe uma bola e uma corrente presas em suas pernas. Se for um homem, pode ser seu luxuoso carro ou a suntuosa casa. Se for uma mulher, talvez sejam suas louças de porcelana ou seus móveis estilo. Luiz XV, e tudo o mais. Vamos considerar um precioso vaso como exemplo. Ali está ele, e se alguém batesse nele e o quebrasse, seu pobre dono provavelmente perderia cin­co anos de sua vida!

Terceiro Voto:

Nunca se Defenda

Todos nós nascemos com o desejo de defender-nos. E caso insista em defender a si mes­mo, Deus permitirá que você o faça. Porém, se você entregar sua defesa a Deus, então Ele o defenderá. Ele disse a Moisés certa vez: "Serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários" (Ex 23.22).

Muito tempo atrás, o Senhor e eu chega­mos juntos ao capítulo 23 do livro de Êxo­do, e Ele me mostrou essa passagem. Já faz trinta anos que ela tem sido uma fonte de bênçãos indizíveis para mim. Não tenho de lutar. O Senhor é Quem luta por mim. E Ele certamente fará o mesmo por você. Ele será o Inimigo dos seus inimigos e Adversário de seus adversários, e você nunca mais precisará defender a si mesmo.

O que defendemos? Bem, defendemos nosso serviço e, particularmente, defende­mos nossa reputação. Sua reputação é o que os outros pensam que você é, e se surgir al­guma história sobre você, a grande tentação é tentar correr para acabar com ela. No en­tanto, como você bem sabe, tentar chegar até a fonte de uma história assim é uma tarefa inútil. Absolutamente inútil! E como tentar achar o passarinho depois de ter encontrado uma pena no gramado. Você não poderá fazer isso. Porém, se se voltar completamente ao Senhor, Ele o defenderá completamente e providenciará para que ninguém lhe cau­se dano. "Toda arma forjada contra ti não prosperará", diz o Senhor, "toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás" (Is 54.17).

Henry Suso foi um grande crente em dias passados. Um dia, ele estava buscando o que alguns crentes têm-me dito que também estão buscando: conhecer melhor a Deus. Vamos colocar isso nestes termos: você está procu­rando ter um despertamento religioso no ín­timo de seu espírito que o leve para as coisas profundas de Deus. Bem, quando Henry Suso estava buscando a Deus, pessoas começaram a contar histórias más sobre ele, e isso o entris­teceu tanto que ele chorou lágrimas amargas e sentiu grande mágoa no coração.

Então, um dia, ele estava olhando pela janela e viu um cão brincando no terraço. O animal tinha um trapo que jogava por cima de si, e tornava a alcançá-lo apanhando-o com os dentes, e corria e jogava, e corria e jo­gava muitas vezes. Então Deus disse a Henry Suso: "Aquele trapo é sua reputação, e estou deixando que os cães do pecado rasguem sua reputação em pedaços e a lancem por terra para seu próprio bem. Um dia desses, as coisas mudarão".

E as coisas mudaram. Não demorou muito tempo até que os indivíduos que estavam atacando a reputação de Suso ficassem con­fundidos, e ele foi elevado a um lugar que o transformou numa autoridade em seus dias e numa grande bênção até hoje para aqueles que cantam seus hinos e lêem suas obras.

Quarto Voto:

Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém

"O amor cobre multidão de pecados" (1 Pe 4.8). O fofoqueiro não tem lugar no favor de Deus. Se você sabe alguma coisa que possa vir a obstruir ou ferir a reputa­ção de um dos filhos de Deus, enterre-a para sempre. Busque um pequeno jardim, atrás da casa - um lugarzinho em alguma parte - e, quando alguém se aproximar de você com alguma história de maledicência, leve-a até ali e sepulte-a, dizendo: "Aqui jaz em paz a história sobre meu irmão". Deus tomará conta daquela história. "Com o critério com que julgardes, sereis julga­dos" (Mt 7.2).

Se quer que Deus seja bondoso com você, terá também de ser bondoso com Seus outros filhos. Você dirá: "Mas isso não é a graça!?". Bem, a graça é que fez você entrar no reino de Deus. E um favor imerecido. Porém, depois de você assentar-se à mesa do Pai, Ele espera poder ensiná-lo como se portar à mesa. E Ele não lhe permitirá comer enquanto você não obedecer à etiqueta de Sua mesa. E que etiqueta é essa? E que não conte histórias sobre os irmãos que estão as­sentados à mesa com você - não importando onde congregam, a nacionalidade ou aconte­cimentos do passado.

Quinto Voto:

Nunca Aceite Qualquer Glória

Deus é zeloso de Sua glória e não a dará a ninguém. Ele não irá nem mesmo compar­tilhar Sua glória com quem quer que seja. É muito natural, diria eu, que as pessoas esperem que talvez seu serviço cristão lhes dê uma oportunidade de demonstrar seus talentos. Verdadeiramente querem servir ao Senhor, mas também querem que os demais saibam que estão servindo ao Senhor. Elas querem ter reputação entre os santos. Este é um terreno muito perigoso: buscar repu­tação entre os santos. Já é ruim o bastante procurar reputação no mundo, mas é pior procurar reputação entre o povo de Deus. Nosso Senhor desistiu de Sua reputação, e devemos fazer isso também.

Meister Eckhart certa ocasião pregou um sermão sobre a purificação que Cristo fez no templo. Disse ele: "Ora, nada havia de errado com aqueles homens que vendiam e compravam ali. Nada havia de errado em trocar dinheiro ali; aquilo tinha de ser fei­to. O pecado deles se resumia no fato de fazerem isso para ter lucro. Eles ganhavam certa porcentagem ao servirem ao Senhor". E então Eckhart fez a aplicação: "Quem quer que sirva por uma comissão, por um pouqui­nho de glória que possa tirar desse serviço, é um comerciante, e deve ser expulso do templo".

Concordo plenamente com isso. Se você está servindo ao Senhor e, quase sem per­ceber - talvez inconscientemente mesmo -, espera obter uma pequena comissão de cin­co por cento, cuidado! Isso irá espantar o poder de Deus de seu espírito. Você precisa determinar que nunca irá aceitar qualquer glória, mas cuidar para que Deus a receba toda.

OS TELEFONES DE EMERGÊNCIA

tenha sempre a Mão Estes Telefones de Emergência


Falta de união - chame Romanos 12
Desanimado com seu trabalho - chame Salmos 126
Se as pessoas parecerem cruéis - chame João 15
Se você for desprezado - chame Salmos 27
Se o mundo parecer pequeno para você - chame Salmos 19
Se você precisar ser frutífero - chame João 15
Se seu bolso está vazio - chame Salmos 37
Se você está perdendo a confiança nas pessoas - chame 1 Coríntios 13
Quando em tristeza - chame João 14
Quando os homens falharem com você - chame Salmos 27
Quando o mundo parecer maior do que Deus - chame Salmos 90
Quando você estiver em perigo - chame Salmos 91
Quando você estiver solitário e com medo - chame Salmos 23
Quando você se sentir deprimido e abandonado - chame Romanos 8:31-39
Quando você for amargurado e criticado - chame 1 Coríntios 13
Quando você tiver pecado - chame Salmos 51
Quando você sair de casa para trabalhar ou viajar - chame Salmos 121
Quando você pensa em retorno de investimentos - chame Marcos 10
Quando você precisar da segurança e garantia de Cristo - chame Romanos 8:1-30
Quando você precisar de coragem para uma tarefa - chame Josué 1
Quando você precisar paz e descanso - chame Mateus 11:25-30
Quando você estiver preocupado - chame Mateus 6:19-34
Quando sua fé precisar ser exercitada - chame Hebreus 11
Quando suas orações forem egoístas - chame Salmos 67

Observação:

Os Telefones de Emergência podem ser discados diretamente!
Não é preciso de assistência de um operador.
Todas as linhas estão abertas para o céu 24 horas por dia!
Alimente sua fé e as dúvidas irão desaparecer!
Que Deus te abençoe e te guarde!




domingo, 20 de outubro de 2019

Que é uma seita?


Se você olhar para cima "CULT" no dicionário, você vai encontrar uma definição muito ampla da palavra que poderia se aplicar a quase qualquer grupo de pessoas que adoram qualquer pessoa ou imagem ou mesmo qualquer um que segue a Jesus. A definição do dicionário não é específico quanto ao que um culto realmente é. Nós todos sabemos que o homem escreveu o dicionário com conhecimento intelectual, mas a palavra de Deus é inspirada pelo Espírito de Deus e é nossa única verdade absoluta.aplicar a quase qualquer grupo de pessoas que adoram qualquer pessoa ou imagem ou mesmo qualquer um que segue a Jesus. A definição do dicionário não é específico quanto ao que um culto realmente é. Nós todos sabemos que o homem escreveu o dicionário com conhecimento intelectual, mas a palavra de Deus é inspirada pelo Espírito de Deus e é nossa única verdade absoluta.

Um culto de acordo com a Palavra de Deus é qualquer grupo de pessoas que nada culto ou qualquer outra pessoa que Jesus Cristo, e acredito que qualquer coisa contrária à Sua Palavra, encontrada na Bíblia. Com isso em mente, temos de acreditar que alguém, que afirma sabe ou pregar que não há nenhuma outra maneira de alcançar, ou conhece outro Deus além do Senhor Jesus Cristo é "o Anticristo", porque isso é o que Jesus nos disse em sua palavra.

"Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus., Porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus: e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus, e este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir, e agora já é no mundo ". (1 João 4:1-3)

Se nós escolhemos acreditar que qualquer outra coisa, temos sido enganados. É por isso que Deus nos deu a Sua Palavra para que possamos saber a verdade, e que a verdade nos fará livres do engano de Satanás.

"Então disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; E conhecereis a verdade, ea verdade vos libertará." (João 8:31-32)

A Bíblia diz que a Palavra de Deus é a espada do Espírito. ( Efésios 6:17) O que você faz com uma espada? Você luta com ele, é uma arma. Cada vez que Jesus foi confrontado por Satanás usou a Palavra de Deus para se defender. (Mateus 4:1-11, Lucas 4:1-13)

Nós não estamos lutando uma guerra de carne e sangue, mas uma guerra espiritual. Nós não estamos lutando contra o homem, mas o espírito por trás do homem. Nós não somos a odiar a pessoa, mas o espírito por trás da pessoa, por isso é que o nosso verdadeiro inimigo é.

"Porque não temos que lutar contra a carne eo sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra hostes espirituais da maldade nas regiões celestes." (Efésios 6:12)

As pessoas são enganadas e que é por isso que devemos sempre usar a Palavra de Deus para nos defender para que possamos levá-los a conhecer a verdade de Jesus Cristo e entregá-los do engano de Satanás. Essa é a nossa verdadeira vocação para trazer a colheita nestes tempos finais.

Nunca devemos nos esquecer das palavras muito preocupantes do Apóstolo Paulo:

"Admira-me que vos são tão depressa daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho:. Qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo Mas, ainda que nós ou um anjo do céu vos pregue outro evangelho a vós do que o que nós já vos tenho anunciado, seja anátema. Como dissemos antes, assim agora novamente o digo: Se alguém pregar outro evangelho além do que você que já recebestes, seja anátema. "(Gálatas 1:6-9)

Por que falar sobre cultos?

Estamos continuamente advertido na Bíblia para não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas. Os cultos se enquadram na categoria de escuridão. Cultos estão levando os homens ao erro em mentiras, enganos confusão e, finalmente, o inferno. De acordo com o 2 João 10-11, não estamos sequer devia dizer: " Deus te abençoe "para os membros da seita para que não ser participantes de suas obras más. Podemos dizer cultistas sobre o Senhor, mas se eles não querem ouvir e persistem em suas atividades de culto, devemos ter comunhão com eles. Hoje, o "cristianismo", diz, "Só amar a todos e tentar impressioná-los com sua vida Afinal, todos nós acreditamos que os mesmos" elementos essenciais ".." Mas a Bíblia diz para marcar aqueles divisão que causa - para não abraçá-las.

"Rogo-vos, irmãos, os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes, e evitá-los porque eles são de tal ordem que não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre;. E por boas palavras e lisonjas enganam os corações dos simples. " (Romanos 16:17-18)

As pessoas não percebem que as religiões falsas, como o dinheiro falsificado, deve assemelhar-se o verdadeiro para enganar aqueles que não têm discernimento espiritual ou aqueles que não tiveram a oportunidade ou tido tempo para comparar cuidadosamente todos os fatos com a verdade da Palavra de Deus. Apenas quando se compara as palavras dos homens com as Escrituras é que vai tornar-se óbvio que o culto é uma falsificação cuidadosamente elaborada, e não o puro, a fé genuína, bíblica.

FIM

Um jeito diferente de olhar para o Salmo 23



(Nova Versão Internacional)


O Senhor é o meu Pastor,

(Isto é relacionamento!)

Nada me faltará.

(Isto é suprimento!)

Caminhar me faz por verdes pastos,

(Isto é descanso!)

Guia-me mansamente a águas tranqüilas.

(Isto é refrigério!)

Refrigera a minha alma.

(Isto é cura!)

Guia–me pelas veredas da justiça,

(Isto é direção!)

Por amor do Seu nome.

(Isto é propósito!)

Ainda que eu caminhasse pelo vale das sombras da morte,

(Isto é provação!)

Eu não temeria mal algum,

(Isto é proteção!)

Porque Tu estás comigo,

(Isto é fidelidade!)

A tua vara e o teu cajado me consolam.

(Isto é disciplina!)

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos.

(Isto é esperança!)

Unge a minha cabeça com óleo

(Isto é consagração!)

e meu cálice transborda.

(Isto é abundância!)

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias de minha vida

(Isto é bênção!)

E eu habitarei a casa do Senhor

(Isto é segurança!)

por longos dias.

(Isto é eternidade!)

“O que é mais valioso não é o que nós temos em nossas vidas, mas QUEM nós temos em nossas vidas!”

Cair no Espírito é Bíblico?


Antes de analisarmos o fenômeno moderno do cair no Espírito, é necessário entendermos que essa abordagem, é crítico-Teológica, e não crítica pela crítica.
Também é necessário entendermos alguma coisas:
· A Bíblia revela Deus ao homem. Nessa fonte de revelação, fica muito claro que Deus é um ser totalmente pessoal, que se relaciona com o homem.
· Se Deus é pessoal e se relaciona com o homem, fica claro que os padrões de relacionamento podem ser distintos, pois cada ser humano é uma unidade em si.
· Sendo assim, alguns podem experimentar experiências que nunca poderão ser vividas por outras pessoas. Essas experiências serão sempre exceções, e nunca um regra em si.
· Também é preciso entender que fatos isolados muitas vezes acontecem para definir uma situação em especial. Não é porque Jonas ficou 3 dias e 3 noites dentro da Baleia que todos nós ficaríamos.
· A Bíblia cita alguns casos de queda na presença de Deus, mas será que esses casos indicam uma regra?
Analisemos os casos modernos onde as pessoas caem.
Introdução

Em 1923, o missionário sueco Gunnar Vingren, um dos fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, fora informado de que um certo movimento pentecostal começava a alastrar-se por Santa Catarina. Sem perda de tempo, Vingren deixou Belém do Pará, berço do pentecostalismo brasileiro, e embarcou para o Sul. No endereço indicado, veio ele a constatar: “Não se tratava de pentecostes, mas de feitiçaria e baixo espiritismo”.
Embora fervoroso pentecostal, Gunnar Vingren não se deixou embair pelo emocionalismo nem pelas aparências. Ele sabia que nem tudo o que é místico, é espiritual; pode brilhar, mas não é avivamento. O misticismo manifesta-se também em rebeldias e mentiras. Haja vista as seitas proféticas e messiânicas.
Teve o nosso pioneiro, como precavido condutor de ovelhas, suficiente discernimento para não aceitar aquele arremedo de pentecostes. Fosse um desses teólogos que colocam a experiência acima da Bíblia Sagrada, o pentecostalismo autêntico jamais teria saído do nascedouro.
Entre as manifestações presenciadas por Gunnar Vingren, achava-se o “cair no poder” que, já naquela época, era conhecido também como “arrebatamento de espírito”. À primeira vista, impressionava; fazia espécie. Não resistia, contudo, ao mínimo confronto com as Escrituras. E nada tinha a ver com as experiências semelhantes que se acham nas páginas da Bíblia.
Irreverente e apócrifo, esse misticismo não se limitou à geração de Vingren. Continua a assaltar a Igreja de Cristo com demonstrações cada vez mais peregrinas e contraditórias. O seu alvo? Levar a confusão ao povo de Deus. No combate a tais coisas, haveremos de ser enérgicos, sábios e convincentes. Mas sempre equilibrados. Através da Bíblia, temos a obrigação de mostrar a pureza e a essência de nossa crença, e a “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).
Neste artigo, detenhamo-nos no fenômeno do “cair no Espírito”. Até que ponto há de ser aceito? Como lhe aferir a legitimidade? É realmente indispensável ao crescimento da vida cristã? Vejamos, a seguir, como esse movimento ganhou notoriedade em nossos dias.

I - O Que é o “Cair no Espírito”?

Embora não seja alguma novidade, o “cair no Espírito”, como vem sendo caracterizado, começou a ganhar notoriedade a partir de 1994. Neste ano, a Igreja Comunhão da Videira do Aeroporto de Toronto, no Canadá, passou a ser visitada por milhares de crentes - todos à procura de uma bênção especial. Ao contrário das demais igrejas pentecostais, que buscam preservar a ortodoxia doutrinária, a Igreja do Aeroporto, como hoje é conhecida, granjeou surpreendente notoriedade em virtude das manifestações que ocorriam em seus cultos.
Dizendo-se cheios do Espírito, os freqüentadores dessa igreja começaram a manifestar-se de maneira estranha e até exótica. Em dado momento, todos punham-se a rir de maneira incontrolável; alguns chegavam a rolar pelo chão. Justificando essa bizarria, alegavam tratar-se de santa gargalhada. Ou gargalhada santa? Outros iam mais longe: não se limitavam ao estrepitoso dos risos; saíam urrando como se fossem leões; balindo, como carneiros; ou gritando, como guerreiros. E ainda outros “caíam no Espírito”.
À primeira vista, tais manifestações impressionam.
Impressionam apesar de não contarem com o necessário respaldo bíblico. Entretanto, não podemos nos deixar arrastar pelas aparências nem pelo exotismo desses “fenômenos”. Temos de posicionar-nos segundo a Bíblia que, não obstante os modismos e ondas, continua a ser a nossa única regra de fé e conduta.

II - O Cair no Espírito na Bíblia

Nas Sagradas Escrituras, o cair no Espírito não chega a ser um fenômeno; é mais uma reação reverente diante do sobrenatural. Registra-se apenas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, 11 casos de pessoas que caíram prostradas, com o rosto em terra, em sinal de adoração a Deus. E tais casos não se constituem num histórico; são episódicos isolados. Não têm foro de doutrina, nem argumentos para se alicerçar um costume, nem para se reivindicar uma liturgia; não podem sacramentar alguma prática. Afinal, reação é reação; apesar de semelhantes, diferem entre si. Como hão de fundamentar dogmas de fé?
Verifiquemos, pois, em que circunstâncias deram-se os diversos casos de cair por terra nos relatos bíblicos.
1. A força de uma visão nitidamente celestial
As visões, na Bíblia, tinham uma força impressionante. Agitavam, enfraqueciam e até deitavam por terra homens santos de Deus. Que o diga Daniel. Já encerrando o seu livro, o profeta registra esta formidável experiência: “Fiquei, pois, eu só e vi esta grande visão, e não ficou força em mim; e transmudou-se em mim a minha formosura em desmaio, e não retive força alguma. Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e ouvindo a voz das suas palavras, eu caí com o meu rosto em terra, profundamente adormecido” (Dn 10.8,9).
Em sua primeira visão, Ezequiel também se assusta com o que vê. Ele se apavora: “Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isso, caí sobre o meu rosto” (Ez 1.28). Sem liturgia, ou intervenção humana, o profeta prostra-se todo. E quem não haveria de se prosternar? Mesmo o mais forte dos homens, não se agüentaria diante de tamanho poder e glória. Recurvar-se-ia; lançar-se-ia com o rosto em terra.
Mais tarde, encontraremos Ezequiel noutro caso de prostração: “E levantei-me e saí ao vale, e eis que a glória do Senhor estava ali, como a glória que vira junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto” (Ez 3.23). Quem não cairia ante as singularidades da glória de Deus? Quem a resistiria?
Já no final de seus arcanos, Ezequiel vê-se constrangido a comportar-se de igual maneira: “E o aspecto da visão que vi era como o da visão que eu tinha visto quando vim destruir a cidade; e eram as visões como a que vira junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto” (Ez 43.3).
Nesses casos, as visões divinas foram tão fortes que levaram tanto Ezequiel como Daniel a caírem por terra. Noutras ocasiões, porém, a ocorrência de visões, igualmente poderosas, não provocou alguma prostração. Haja vista o caso de Isaías. Embora se mostrasse aterrorizado e compungido com a visão do trono divino, não se menciona ter o profeta caído por terra. Isto significa que as experiências, embora semelhantes, possuem suas particularidades e idiossincrasias. Isto é: cada experiência, ou encontro com Deus, é única. Seria tolice pretender repeti-las para que a sua repetição adquirisse foros de doutrina.
2. O impacto de um encontro com Deus
Além das visões, certos encontros com Deus, tanto no Antigo como no Novo Testamento, levaram à prostração. Mencione-se, por exemplo, o que aconteceu a Saulo no caminho de Damasco. O encontro com Jesus foi tão formidável, que forçou o implacável perseguidor a cair por terra, e a reconhecer a autoridade e a soberania do Filho de Deus: “E caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.4).
Como nos casos anteriores, nada havia sido programado. Saulo foi levado a recurvar-se em virtude da sublimidade do Senhor Jesus. Noutras ocasiões, porém, os encontros com Deus deram-se de maneira suave. A entrevista de Natanael com Jesus é um exemplo bastante típico dessa suavidade tão santa. O que também dizer do encontro de Gideão com o anjo do Senhor? Ou do encontro de Jeremias com Jeová? Este encontro veio na medida certa; veio de acordo com o caráter suave e melancólico do profeta. Mas tivesse Jeremias o temperamento colérico de Paulo, certamente o Senhor teria agido com impacto para que o vaso fosse quebrado e moldado conforme a sua vontade. Como se vê, as experiências variam de acordo com as circunstâncias e a personalidade das pessoas envolvidas no plano de Deus.
3. Diante da autoridade de Cristo
A autoridade do nome de Cristo é mais que suficiente para fazer com que todos os joelhos dobrem-se diante de si. Aliás, chegará o momento em que todos os seres, quer nos céus, quer na terra, quer sob a terra, hão de se curvar diante da infinita grandeza do nome do Senhor Jesus: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9,10).
Na noite de sua paixão, o Senhor demonstrou quão grande era a sua autoridade: “Quando, pois, (Jesus) lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra” (Jo 18.6). Ao contrário dos casos anteriores, nessa passagem quem cai por terra são os ímpios. Recurvam-se estes não em sinal de reverência a Deus, mas em razão da autoridade e soberania irresistíveis de Cristo.
Caso semelhante ocorreu com Ananias e Safira. Ambos caíram por terra em decorrência de sua iniqüidade: “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram” (At 5.3-5).
Casos como esses não são raros. Em nossos dias, muitos são os ímpios que, por se levantarem contra os escolhidos do Senhor, caem por terra e, às vezes, fulminados.
Noutras ocasiões, porém, o Senhor revelou-se de maneira tão suave, que se faz homem diante dos homens. Que encontro mais doce do que aquele que se deu junto ao poço de Jacó? O Senhor revela-se de maneira surpreendentemente afável à mulher samaritana. E a experiência de Nicodemos? Ou a de Zaqueu?
III - Como os Legítimos Representantes de Deus Portaram-se Quando Alguém Caía por Terra?
Ao contrário dos que hoje portam-se como deuses diante de virtuais casos de prostração, os apóstolos de Cristo jamais aceitaram tal deferência. Em todas as instâncias, procuravam sempre glorificar ao nome do Senhor. Em casos semelhantes, até os mesmos anjos agiram com reconhecida e santa modéstia.
Tendo Pedro chegado à casa de Cornélio, a primeira reação deste foi cair de joelhos diante do apóstolo. “Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que também sou homem” (At 10.25,26). O que fariam os astros do evangelismo dos dias atuais? Humilhar-se-iam como o apóstolo? Ou usariam o evento para incrementar o seu marketing pessoal?
Mesmo um poderoso anjo não se aproveitou da ocasião para atrair a si as glórias devidas somente a Deus. O relato é de João: “Prostrei-me aos seus pés para o adorar. E disse-me: Olha, não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Ap 22.8,9).
O anjo bem sabia que o apóstolo prostrara-se aos seus pés por uma circunstância bastante especifica: não há ser humano que não se extasie diante do sobrenatural. A aparição de um ente celestial sempre perturbou os pobres mortais. Nos dias dos juízes, acreditava-se que a visão de um anjo significava morte certa. Por isso, a primeira reação de uma pessoa ao ver um anjo era curvar-se diante do ser angelical. Quem poderia resistir a tanta glória?
Os anjos, porém, recusavam tal deferência. Houve ocasiões em que o anjo do Senhor aceitou elevadas honrarias. Como conciliar tais questões? No Antigo Testamento, sempre que isso ocorria, era devido a presença de um ser especial, que alguns teólogos não vacilam em apontar como a pré-encarnação de Cristo. De uma forma ou de outra, os anjos eram santos o suficiente para agirem com modéstia e humildade, tributando a Deus todo poder e toda a glória.
Que esta também seja a nossa postura! Quando, por alguma circunstância, alguém cair a nossos pés, levantemo-lo para que tribute a Deus, e somente a Deus, toda a honra e toda a glória. E jamais, sob hipótese alguma, induzamos alguém a prostrar-se com o rosto em terra, pois isto contraria a ética e a postura que o homem de Deus deve ter.

IV - Nas Efusões do Espírito Santo de Atos dos Apóstolos Houve Casos de Prostração?

Na ânsia por justificar o cair por terra que, como já dissemos tem de ser visto como episódio e não como histórico, muitos teólogos chegam a colocar tal reação como se fora uma das evidências da plenitude do Espírito Santo. Que pode haver prostração quando da efusão do Espírito, não o negamos. Pode haver, mas não tem de haver necessariamente, nem precisa haver para que se configure o derramamento do Espírito Santo. A prostração não pode ser vista como evidência, mas como uma reação ocasional e esporádica.
Nos diversos casos de efusão do Espírito Santo, nos Atos dos Apóstolos, não se observou algum caso de prostração. No dia de Pentecoste, segundo no-lo notifica o minucioso e detalhista Lucas, estavam todos assentados no cenáculo (At 2.2). Na casa de Cornélio, onde o Espírito foi derramado pela primeira vez sobre os gentios, também não se observou o cair por terra (At 10.44-47). Entre os discípulos de Éfeso também não se registrou alguma prostração (At 19.6).
Em todos esses casos, porém, a evidência inicial e física do batismo no Espírito Santo fez-se presente. Conclui-se, pois, que não se deve confundir evidência com reação. A evidência é a mesma em todos os que recebem a plenitude do Espírito Santo. A reação, todavia, varia de pessoa para pessoa.
Mesmo quando o lugar santo tremeu, não se observou caso algum de prostração (At 4.31). Poderia ter havido? Sim! Mas não necessariamente.
Conclusões

Daquilo que até agora vimos acerca do “cair no Espírito”, podemos tirar as seguintes conclusões, tendo sempre como base as Sagradas Escrituras:
1. Não se pode realçar a experiência, nem guindá-la a uma posição superior à da Palavra de Deus. A experiência é importante, mas varia de pessoa para pessoa; cada experiência é uma experiência; tem suas particularidades. A experiência tem de estar submissa à doutrina, e não há de modificar, por mais extraordinária que seja, nenhum artigo de fé.
2. O cair por terra não pode ser visto nem como evidência da plenitude do Espírito Santo, nem como sinal de uma vida consagrada. A evidência do batismo no Espírito Santo são as línguas estranhas; e a vida consagrada tem como característica o fruto do Espírito. O cair por terra pode ser admitido, no máximo, como reação esporádica de alguma visitação dos céus. Se provocado, ou repetido, deixa de ser reação para tornar-se liturgia.
3. Caso ocorra alguma prostração, deve-se fazer as seguintes perguntas: 1) Qual a sua procedência? 2) Teve como objetivo promover o homem ou glorificar a Deus? 3) Foi usada para catalisar a atenção dos presentes? 4) Foi provocada por sopros, toques ou por algum objeto lançado no auditório? 5) Houve sugestão coletiva? 6) Prejudicou a boa ordem e a decência da igreja? 7) Conta com o respaldo bíblico suficiente? 8) Tornou-se o centro do culto?
4. Devemos estar sempre atentos, pois o adversário também opera sinais espetaculares com o objetivo de enganar os escolhidos: “Surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).
5. Nos diversos exemplos de prostração que fomos buscar na Bíblia, observamos o seguinte: Os personagens que se prostraram, ou foram prostrados, em virtude de alguma experiência sobrenatural, caíram para frente, e não para trás, como está ocorrendo hoje em algumas igrejas. Não era algo programado, nem ministro algum induzira-os a cair. Ou seja: ninguém precisou soprar neles ou neles tocar para que caíssem. Tais modismos têm levado a irreverência e a bizarria ao seio do povo de Deus. Há alguns que se tornaram tão ousados que jogam até os seus paletós a fim de provocar prostrações coletivas. Isto é um absurdo! É antibíblico!
6. Os casos de prostração narrados na Bíblia deram-se em virtude da reverência e temor que os já citados personagens sentiram ao presenciar a glória divina. No Novo Testamento, o termo usado para prostração é pesotes prosekinsan que, no original, significa: cair por terra em sinal de devoção. Em Apocalipse 5.14, a expressão grega aparece para mostrar os anciãos prostrados aos pés do Cristo glorificado.
7. Voltemos à questão. Pode acontecer prostração numa reunião evangélica? Pode! Mas não tem de acontecer necessariamente; pode, mas não precisa acontecer, nem ser provocada. Caso aconteça, deve ser encarada como reação e não como fato doutrinário. John e Charles Wesley, por exemplo, experimentaram um poderoso avivamento, mas jamais elevaram suas experiências à categoria de doutrina. As heresias nascem quando se supervaloriza a experiência em detrimento da doutrina. Não podemos nos esquecer de que algumas das mais notáveis heresias deste século, como a Igreja Só Jesus, nasceu em pleno período de avivamento.
8. De uma certa forma, todo avivamento provoca extremismos. Cabe-nos, porém, buscar o equilíbrio tão necessário à Igreja de Cristo. Era o que ocorria em Corinto. Não resta dúvida de que os irmãos daquela comunidade cristã haviam recebido uma forte visitação dos céus. Todavia, tiveram de ser doutrinados e disciplinados. A esses irmãos, escreveu Paulo: “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1 Co 14.32,33).
Finalmente, jamais devemos abandonar a Bíblia. Ênfases, como o cair no Espírito, hão de surgir sempre. Não devemos nos impressionar com elas; tratemo-las com o devido equilíbrio. Pois o equilíbrio bíblico e teológico há de manter a igreja de Cristo em permanente avivamento. E o verdadeiro avivamento não extingue o Espírito, mas sabe como evitar os excessos.







terça-feira, 15 de outubro de 2019

A Crise


Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorro quente. Ele não tinha rádio, televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia bons cachorros quentes. Ele se preocupava com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava.

As vendas foram aumentando e cada vez mais ele comprava o melhor pão e a melhor salsicha. Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender à grande quantidade de fregueses e o negócio prosperava... Seu cachorro quente era o melhor de toda região! Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola ao filho.

O menino cresceu e foi estudar Economia numa das melhores faculdades do país. Finalmente, o filho, já formado, voltou para casa, notou que o pai continuava com a vidinha de sempre e teve uma séria conversa com ele:

-- Pai, então você não ouve rádio? Você não vê televisão e não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é crítica. Está tudo ruim. O Brasil vai quebrar.

Depois de ouvir as considerações do filho estudado, o pai pensou: "Bem, se meu filho estudou economia, lê jornais, vê televisão, então só pode estar com a razão."

Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, é claro, o pior) e começou a comprar salsicha mais barata (que era, também, a pior). Para economizar, parou de fazer seus cartazes de propaganda na estrada. Abatido pela notícia da crise, já não oferecia o seu produto em voz alta...

Tomadas todas essas "providências", as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo, e chegaram a níveis insuportáveis. O negócio de cachorro quente do velho, que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar Economia, quebrou.

O pai, triste, então falou para o filho.

-- Você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma grande crise.

E comentou com os amigos, orgulhoso:

-- Bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar Economia. Ele me avisou da crise...

A escada de Jacó

“E (Jacó) viu em sonhos uma escada posta sobre a terra, cujo cimo tocava o céu, e os anjos do Senhor subindo e descendo por ela, e o Senhor apoiado na escada (...).”

“(...) Tendo Jacó despertado do sonho, disse: (...) Não há aqui outra coisa senão a Casa de Deus e a porta do céu. " (Gênesis, XXVIII)

Que escada maravilhosa é essa que une o céu e a terra? Que verdades ela nos revela? Que virtudes descem e sobem por ela? Que maravilhas, que harmonias ela encerra?

Escada Larga, majestosa e altíssima, feita da pedra mais pura e sublimada, cujos primeiros degraus tocam a terra, e cujo cimo está no alto dos céus. Esta é na verdade a escada da salvação, por onde descem para nós os anjos de Deus, e por onde devemos galgar para nos unirmos a Deus que nela se apoia.

Esta é a escada da verdade. Ela representa a revelação que Deus nos fez pela Sagrada Escritura. Por ela baixam até nós as verdades luminosas que nos conduzem ao paraíso. Esta é a escada da verdade, e portanto da Igreja, que une a terra ao céu. Por seus degraus descem os dogmas revelados por Deus e confirmados pelo Magistério infalível de São Pedro.

Por ela sobem as verdades de fé, as doutrinas ensinadas pelos santos doutores e aprovadas pela tradição católica.

Está é a escada pela qual a Sabedoria de Deus desceu dos céus até nós. Ela é pois figura de Nossa Senhora, Virgem que percorreu os caminhos da Judéia, e cuja alma tocava, o trono de Deus. Santa Virgem que, por ser filha de Jacó, tocava a terra, e por ser Mãe de Deus, tocava o céu. Santa Maria, trono da Sabedoria em que Deus repousa e se apoia amorosamente:

"Maria Régis solium Dei reclinatorium Trinitatis triclinium Sanctitatis palatium"

Se esta é a escada da verdade, ela tem que representar Nosso Senhor Jesus Cristo, verdade, caminho e vida. Verbo de Deus encarnado. Ela toca o solo porque Ele se fez homem, do mesmo pó de que Adão foi formado. Ela toca o céu porque Ele possui também natureza divina, e sua Pessoa é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

E a escada de Jacó é a figura da Encarnação, escada pela qual Deus veio até nós, e pela qual os homens podem oferecer a Deus tudo o que fazem "per Ipsum, in ipsum, cum Ipsum”.

Esta é a escada das virtudes e da santidade. Como tal de novo ela pode ser aplicada à Sagrada Escritura e à Santa Igreja, porque todas as virtudes nos vem da revelação e da Igreja, através dos sacramentos.

Com mais propriedade ainda ela se aplica a Nossa Senhora, como medianeira de todas as graças. Por que não há bem, algum que nos venha de Deus e que não passe por ela. São Bernardo a chama "o colo da Santa Igreja" pois que é a união entre sua cabeça e seu corpo, e necessariamente todas a graças de Cristo nos vem por meio dela. Por ela Cristo veio ao mundo, por Ela necessariamente é preciso ir até Cristo. Esta é a escada maravilhosa que, conforme São Luís de Montfort, a Sabedoria utilizou para vir até nós, e portanto é o caminho mais sábio, curto, seguro e perfeito para se alcançar o céu.

E com quanta razão Jacó disse que nela não havia outra coisa senão a casa de Deus e a porta do céu! Pois Maria é a Domus Dei, Domus Áurea, em que Jesus habitou realmente ao se encarnar. Ela é a Janua Caeli, porta do céu, porque por ela Deus veio até nós, e por ela chegaremos até Deus.

Esta escada das virtudes é a figura de Cristo, Deus três vezes santo, e modelo de todo homem. Escada da redenção, porque pelos merecimentos de Cristo é que somos salvos, porque todas as graças são graças de Cristo.

Esta escada é a figura da Cruz, cravada no solo e levantada aos céus, sobre a qual e pela qual todas as virtudes de Deus vem até nos, Cruz pela qual nossas virtudes sobem até o Altíssimo.

Ela representa Nosso Senhor com suas virtudes tão contrastadas e tão harmônicas. Deus infinito a quem os ventos obedeciam e que era obediente a José e a Maria. Ele tocava o solo como o bom pastor em busca da ovelha perdida, mas lançava os maus por terra apenas ao dizer "ego sum ". Ele, que perdoava a pecadora arrependida e que como juiz terrível clamava aos fariseus "Vae vobis ."

Ele é a escada de Jacó por sua generosidade celestial ao se fazer alimento de nossas almas e tonar a terra ao multiplicar os pães e peixes.

Esta é a escada das maravilhas e das harmonias entre o céu e a terra, pois, que é a beleza senão "o eterno no passageiro", "o infinito no limitado", "o inefável no definível"?

Deus ao criar o universo, fê-lo a sua imagem e semelhança, de tal modo que cada coisa refletisse Suas virtudes infinitas em certa proporção.

Assim, "do pequeno grão de areia até a Santíssima Virgem" há uma imensidade de degraus, todos eles belos e refletindo a Deus, que é "a beleza de tudo o que e belo ". E há uma escada das belezas e maravilhas do universo, que leva a alma da terra ao céu. Em cada ser belo há um convite para amar a Deus, uma saudade do infinito para o qual fomos criados, há um desejo de absoluto.

E então se compreende porque Jacó afirmou que "não há aqui outra coisa senão a casa de Deus e a porta do céu ". Pois isto, e apenas isto, é o universo: um chamado, um apelo para amar o Criador. E o Universo é a casa de Deus, porque ai Ele reside por Sua Sabedoria, Sua Bondade e Sua Beleza. E o Universo é a porta do céu porque é ao contemplá-lo que nós conhecemos a verdade, e é amando retamente o bem finito que poderemos desejar e amar a Deus, infinito sobre todas as coisas.

E ao contemplar o universo, Nossa Senhora, a Igreja e Jesus Cristo, nossa alma estará, subindo pela escada de Jacó, atravessando a porta dos céus, e habitando a casa de Deus.

A Estratégia da Rebelião


Na primavera de 1943, o oficial comandante de um destróier japonês subiu a bordo do navio de combate Musashi, identificou-se e pediu uma audiência com o almirante Yamamoto. O imediato olhou para ele como se o pedido não fizesse o menor sentido. Houve um silêncio embaraçoso. Finalmente, o imediato pediu que o oficial o acompanhasse. Ele o conduziu por um labirinto de corredores e escadas até os aposentos do oficial da armada. Só então o visitante percebeu que havia algo errado, tragicamente errado.

Dentro da cabine suavemente iluminada do almirante Yamamoto havia uma mesa comprida e sobre ela sete esquifes cobertos de incenso. O almirante Yamamoto, comandante supremo da marinha japonesa, estava morto. O almirante, alguns dias antes, havia decidido visitar as instalações japonesas nas Ilhas Salomão. Ele planejou a viagem cuidadosamente e um itinerário detalhado, em código, foi enviado por rádio para cada base japonesa para que pudessem se preparar e acompanhar o almirante em sua visita.

Sem que o alto comando em Tóquio soubesse, os americanos tinham decifrado o código japonês. Eles estavam na escuta e anotaram os detalhes do itinerário. Alguém, comentando o incidente, conta o que aconteceu: "Naquela ocasião, em um dia de abril, um jovem piloto de caça chamado Tom Lanphier entrou em seu P-238, ligou os motores, e se dirigiu até a movimentada pista de Guadalcanal. Durante várias horas, sua esquadrilha voou de norte a oeste, vasculhando os céus em busca de algum sinal do vôo de Yamamoto, e perto da Ilha Bougainville eles avistaram seus aviões. Aceleradores e hélices foram ajustados, botões das metralhadoras ativados, e os caças americanos ficaram prontos para disparar.

Lanphier começou a disparar suas balas no espectro que ia crescendo na mira de sua metralhadora. E para o excelente piloto japonês veio a agonia de um avião não respondendo mais ao controle. A asa direita se soltou, e um vidro frontal despedaçou-se pouco antes da escuridão total. O comandante supremo da marinha japonesa estava morto. Por quê? Porque os planos e a estratégia dos japoneses não eram mais segredo!

Você sabia que possui ao seu alcance um documento que contém os detalhes da estratégia de uma rebelião na qual você também está envolvido?

O terceiro capítulo de Gênesis é muito mais do que um breve relato da queda do homem, é a revelação dessa estratégia. Olhando-se atentamente você poderá entender facilmente a estratégia usada no Éden; ela permanece a mesma desde aquele tempo até agora. E é importante que todos nós saibamos que essa estratégia ainda é usada hoje.

O plano tão engenhosamente concebido não foi produto da mente humana. Ele foi concebido por uma mente incrivelmente inteligente, a mente de um anjo rebelde. Esse plano foi tão eficaz naquele primeiro encontro com a raça humana que nunca foi mudado! A queda do homem de sua elevada posição foi a maior tragédia que esta planeta já conheceu. Mas o instigador da tragédia espertamente a desmereceu, ridicularizou-a, ao ponto de impressionar a mente de milhões, convencendo-os de que aquilo que aconteceu no Éden não passou de um mito e que a queda do homem foi uma piada. "O Jardim do Éden? Onde Eva comeu a maça?" E em seguida um sorriso sarcástico. Quem acredita nisso? Milhões jamais leram a história. Eles se surpreenderiam ao saber que não há qualquer menção na Bíblia, no livro de Gênesis.

Jamais passou pela mente dessas pessoas que os problemas que enfrentamos começaram com um escolha deliberada por parte de duas pessoas reais em um jardim igualmente real que poderia ser chamado de paraíso. O instigador da rebelião não quer que a queda do homem se pareça realmente com uma queda. Se você duvida do sucesso da propaganda, considere isto: quase todas as escolas ensinam, como fato estabelecido, que o homem evoluiu sempre, desde o princípio, no obscuro passado. Segundo elas, o homem jamais caiu. Você entende? Não existe lugar na teoria da evolução para a queda do homem. E é claro, se o homem jamais caiu, ele não precisa de um Salvador. Ele pode se arranjar muito bem sozinho.

A experiência do Éden, em algumas versões da propaganda do anjo rebelde, é admitida livremente como fato. Mas é louvada como a corajosa quebra de todas as restrições por parte do homem, como se fosse a sua declaração de independência. Um triunfo em lugar de uma tragédia. Seja qual for o raciocínio, a expulsão de nossos primeiros pais geralmente é vista como uma coisa muito, muito trivial. Precisamos examinar o terceiro capítulo de Gênesis mais profundamente. Precisamos descobrir o que realmente aconteceu. Só assim entenderemos o seu significado. Mas primeiro precisamos do apoio de dois versículos do segundo capítulo de Gênesis.

"E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente; mas da árvore da Ciência do Bem e do Mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gênesis 2:16 e 17. Muitas pessoas acham que Deus estava sendo um pouco exigente, injusto, em punir nossos primeiros pais e por conseqüência em nos punir também, por uma ofensa tão trivial como comer uma frutinha. Foi mesmo trivial?

Se Adão e Eva estivessem sem comida, com fome, a tentação de desobedecer a Deus poderia ter sido forte. Mas por todo o jardim havia árvores carregadas com frutos deliciosos. Apenas uma árvore estava proibida. Eles tinham liberdade para comer de todas as outras. Mas por que Deus proibiu que comessem do fruto de uma determinada árvore? Seria venenoso? Não. Deus não faz fruto venenoso. A restrição foi feita porque havia uma razão importante. Deus queria que eles vivessem para sempre. Mas não concederia a imortalidade ao homem e à mulher até que tivesse certeza de que lhes poderia ser confiada a vida eterna. Deus teria uma raça de imortais rebeldes nas mãos.

Teria que haver um teste. Era preciso que houvesse alguma regara que pudesse ser quebrada, algum mandamento que pudesse ser desobedecido. Teria que haver uma escolha. Uma decisão entre o certo e o errado. Sem essa escolha, a obediência deles não significaria nada. Seriam robôs!

Muitos crêem que Adão e Eva foram criados imortais, e que nós temos uma alma que não morre. Mas Deus disse claramente a Adão que a morte seria o resultado da desobediência. E Deus iria dizer isso a ele, se o tivesse criado imortal? Teria dito isso se fosse impossível para ele morrer?

Comer um frutinho parece uma pequena ofensa, mas a restrição também é pequena. Isso torna o desrespeito a ela t

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

A Família no plano de Deus


"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam… Salmo 127.1

È Possível A palavra casa, neste verso não tem um significado físico, mas sim uma o de uma "casa–família", isto è, um lugar de comunhão, composto de vários membros, ligados por um relacionamento entre pais e filhos, marido e esposa. A presença de Deus, como construtor, no seio da família, è de real importância, porque não se pode haver uma felicidade duradoura sem uma ajuda constante de Deus. A prioridade absoluta afim que a "casa-família" possa no tempo, manter o amor, a unidade e a prosperidade, não depende só das condições econômicas ou da capacidade humana em administra-la, mas sim do ensinamento dos princípios fundamentais bíblicos e da presença de Deus. Pode parecer impossível, porém esta è uma realidade: as vezes alguém quer que Deus opere em sua vida, sem que esta mesma operação seja extensiva à sua casa, mas, Deus quer abençoar-nos individualmente mas muito mais coletivamente. Vivemos em um mundo, onde o matrimonio não è considerado mais como instituição divina, e as pessoas vêm a família apenas como instituição social, com propósitos e finalidades egoístas e sem sérios compromissos, podendo iniciar e findar em qualquer tempo, esquecendo-se das profundas feridas que permanecerão abertas até o fim das vidas envolvidas. A família faz parte do plano de Deus para o homem. Deus formou a família no jardim do Éden e fez com que o primeiro casal tivesse alegria, e mais, o privilégio de gerar e criar filhos. O profeta Malaquias (2:15) reafirma um dos propósitos de Deus na família: a procriação de filhos piedosos que temem e obedecem ao Senhor. Através do Antigo Testamento, e de modo especial em Deuteronômio, Deus orienta seu povo a respeito de como os pais devem educar, instruir e guiar os seus filhos A família è uma das boas dádivas de Deus. A vida familiar pode e deve ser como um paraíso na terra. Deus há fez assim. È possível! O segredo do sucesso è simples: obedecer a Deus e seguir as suas instruções. Não esquecendo do Sl. 119.105 "Lâmpada para os meus pés è a tua palavra, e luz para o meu caminho".
A família deve viver diariamente momentos de comunhão, proporcionando aos seus membros:

1° Formação física: através da convivência, dos bons exemplos, è que se desenvolve o corpo a personalidade e o caráter, harmoniosamente. A família alem de alimentar o corpo, deve alimentar também a alma.

2° Informação: Os valores morais e espirituais são passados aos filhos e estes lhes servem para o desenvolvimento da vida, valores que são eternos.

3° Dialogo: è essencial conversar sobre os ideais, sobre os anseios e tristezas, vitórias e alegrias, as experiências do dia a dia, vida escolar, profissional, o que se vê e o que se ouve, tem no lar o melhor ambiente para serem analisados, sempre com muito temor a Deus.

4° Troca de experiências: não só os filhos devem aprenderem com os pais, mas também os pais com os filhos as experiências vividas no dia a dia, selecionando-as, e aplicando-as para o bem estar de todos.

5° Momentos de lazer e recordações: a família precisa gozar juntos, dos momentos de passeios e recordações, de passagens familiares que não podem ser esquecidos, conservando assim a sua própria história.

6° Ensino sobre a fé: são momentos de comunhão com Deus, onde Ele è exaltado e o nome de Jesus è proclamado. Cânticos, orações e estudos bíblicos, em família, enriquece a todos.
Sabemos que muitas são as barreiras encontradas na vida familiar: o corre-corre do dia a dia, filhos abandonados ao seu próprio destino, desvalorização da convivência familiar, o egoísmo, a interferência da televisão e outros meios de comunicação, o consumimos, a perda dos conceitos divinos estabelecidos para a família, etc.

Mas, com tudo isto, nós, cristãos somos chamados a fazer do nosso lar, um lugar onde o Espírito Santo tenha a primazia em nossas vidas, e que todos os membros da família trabalhe pela felicidade um do outro, harmoniosamente, agradando a Deus e vivendo melhor, è possível!

A BESTA QUE EMERGE DO MAR


1.6.1 - O ANTICRISTO.

A besta do Apocalipse! O número 666! Coisas como essas têm amedrontado milhares de pessoas por centenas de anos. Vários foram os candidatos ao posto: Nero, Átila , Gengis Khan, Napoleão, Hitler. Afinal de contas, quem é a besta de número 666? E o que esse número significa? Em princípio, deve-se dizer que a identificação desse poder não pode ser feita de maneira arbitrária. A besta que emerge do mar deve ser interpretada sobre o pano de fundo das profecias de Daniel, as quais apresentam uma seqüência das grandes potências mundiais desde a Babilônia até a manifestação do anticristo. Em segundo lugar, deve-se ter em mente que a profecia não está falando de pessoas, pois animais são símbolos de reinos e a besta é um animal. Então o anticristo não é um indivíduo e sim um poder que está em oposição a Cristo e a Seu povo. Ver Daniel 7:17 e 23. Para um melhor entendimento do presente estudo, aconselhamos a leitura das lições anteriores desta série.

Comecemos nossa análise com uma relevante declaração do apóstolo Paulo concernente ao anticristo: "Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus." II Tessalonicenses 2:3 e 4. "Isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia". A que se refere o apóstolo? Mediante a leitura dos dois versos precedentes, observa-se que a referência é à volta de Jesus; isto é, Cristo não virá sem que antes ocorra a apostasia, cujo resultado é o aparecimento do poder denominado de "homem da iniqüidade" e "filho da perdição". Apostasia é o afastamento da verdade; portanto, a Igreja de Cristo deveria experimentar um declínio espiritual. Isso resultaria no surgimento do anticristo que se estabeleceria no santuário de Deus. Paulo não está falando aqui de um templo literal, mas do próprio Cristianismo. Vejamos o que ele mesmo escreveu em Efésios 2:20 e 21: "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor." Assim, Paulo estava prevendo que uma apostasia generalizada promoveria o advento de um poder que se estabeleceria dentro da própria Igreja Cristã, querendo ocupar a posição de Deus na terra. Com essas informações em mente, debrucemo-nos sobre o livro de Apocalipse e vejamos o que mais é dito acerca desse poder.

R E S U M O

Vinda de Cristo : Após a apostasia.

Apostasia..........: Afastamento da verdade.

Santuário..........: Igreja Cristã.

Conclusão.........: O afastamento do verdadeiro ensino da palavra de Deus, promoveria o advento e um poder que se estabeleceria dentro da própria Igreja Cristã.

1.6.2 - A BESTA QUE EMERGE DO MAR E O ANTICRISTO.

"Vi emergir do mar uma besta, que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia. A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso, e boca como boca de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade." Apocalipse 13:1 e 2. Esse verso possui uma abundância de detalhes que muito pode nos auxiliar na identificação do anticristo. Tentemos decodificá-lo:

a) Mar representa multidões (Apocalipse 17:15) e parece ser um símbolo do velho mundo euro-asiático (Daniel 7:2).

b) A besta é um poderio.

c) As dez pontas são os reinos bárbaros que surgiram da eclosão do Império Romano (Daniel 7:24; Apocalipse 17:12).

d) Os diademas (ou coroas) sobre os chifres, parecem significar que o enfoque da profecia é o mundo pós-romano, ou seja, posterior a 476 A.D..

e) As referências ao leopardo, ao urso e ao leão nos remetem para a visão de Daniel 7. Ali é dado um esboço da História Mundial desde a Babilônia (leão), passando pela Medo-Pérsia (urso), pela Grécia (leopardo), até chegar ao animal terrível e espantoso (símbolo de Roma), com seus dez chifres (os países europeus). Depois aparece uma ponta pequena, cujas características são impressionantemente semelhantes às da besta de Apocalipse 13. Em Daniel 7, aparece ainda a seguinte declaração: "Quanto aos outros animais, foi-lhe tirado domínio; todavia foi-lhes dada prolongação de vida por um prazo e um tempo." Daniel 7:12. O texto diz que seria dada prolongação de vida ao leão, ao urso e ao leopardo. É por isso que elementos desses três animais constam na besta de Apocalipse, o que parece indicar que certas caracteristicas da religião e da cultura dessas antigas civilizações seriam transmitidas de uma para a outra até desembocar no poderio representado pela besta. Como foi que isso se deu?

A primeira manifestação de espírito rebelde a Deus no mundo pós-diluviano foi a construção da Torre de Babel. Ali, por intervenção divina, surgiu a diversidade de línguas na terra e os homens se espalharam pelos vários continentes. Ver Gênesis 11:1-9. Em torno das ruínas dessa torre, foi edificada a cidade de Babilônia, que em pouco tempo se transformou numa das maiores cidades da época, centro econômico, religioso e cultural. Foi grandemente embelezada ao tempo do reinado de Nabucodonosor (Daniel 4:29 e 30). Foi a capital do mundo durante o apogeu do Segundo Império Caldeu (605 A.C. - 539 A.C.) e mesmo durante os domínios persa (539 A.C. - 331 A.C.) e macedônico, neste último enquanto Alexandre esteve à frente da Grécia, não deixou de ser a rainha da terra. "A Macedônia tornou-se, então, o centro de um vasto Império, o maior até então formado, e somente superado em extensão pelo Império Romano, séculos mais tarde. A capital foi localizada em Babilônia." (AQUINO, DENIZE e OSCAR, op. cit., pág. 217). Com o desmembramento do Império Grego (Daniel 7:6; 8:8 e 22; 11:4), a importância de Babilônia decaiu e no tocante ao culto, outra cidade tomou-lhe o lugar, Pérgamo. Na verdade, foram os elementos da cultura e religião mesopotâmicas que foram transportados para Pérgamo. A impiedade da terra, antes retratada como residindo em Babilônia (Zacarias 5:5-11), passa a ser focalizada em conexão com Pérgamo. Na carta dirigida aos cristãos de Pérgamo, é dito: "Conheço o lugar que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o Meu nome, e não negaste a Minha fé, ainda nos dias de Antipas, Minha testemunha, Meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita." Apocalipse 2:13. Em Pérgamo, estava localizado o grandioso altar de Zeus Olímpico, o principal dos deuses greco-romanos e isso parece ter inspirado essa afirmação quanto ao trono de Satanás. De fato, Pérgamo se tornou a substituta de Babilônia. Por fim, com a expansão romana, as idéias religiosas do Oriente se introduziram no Império e Roma tomou o lue 2; 17:9). Não é à toa que muitos vêem na Babilônia de I Pedro 5:13, um pseudônimo de Roma. Observe também que Babilônia é novamente enfocada em Apocalipse: capítulos 14:8; 16:19; 17:5; 18:2, 10 e 21.

Visto ser o dragão um símbolo tanto de Satanás quanto do Império Romano, a besta deve ser um poderio que recebe daqueles seu trono: receber o trono de Satanás parece indicar a recepção do suposto domínio daquele que ainda se diz "príncipe deste mundo". Devemos ter em mente que a Bíblia diz que o mundo jaz no Maligno. Ver I João 5:19. Receber o trono do Império Romano parece significar a recepção de sua sede, ROMA. Portanto, o anticristo deve ser um poderio sediado em Roma, que emergiria no cenário europeu depois da queda do Império Romano e subseqüente invasão das tribos bárbaras. Deveria ser uma estrutura que acomodaria dentro de si elementos babilônicos, persas e gregos. Já consegue distinguir a identidade desse poder? Se não, continuemos a nossa investigação.

1.6.3 - OS 42 MESES = 1260 DIAS PROFÉTICOS = 1260 ANOS.

"Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias, e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para Lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu." Apocalipse 13:5 e 6. Esses quarenta e dois meses são idênticos a um tempo, dois tempos e metade de um tempo (Daniel 7:25; 12:7; Apocalipse 12:14) e aos mil duzentos e sessenta dias (Apocalipse 11:3; 12:6) e representam mil duzentos e sessenta anos, pois em profecias um dia vale um ano: "Segundo o número dos dias em que espiastes a terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniqüidades quarenta anos, e tereis experiência do Meu desagrado." Números 14:34. "Quando tiveres cumprido estes dias, deitar-te-ás sobre o teu lado direito, e levarás sobre ti a iniqüidade da casa de Judá. Quarenta dias te dei, cada dia por um ano. Voltarás, pois, o teu rosto para o cerco de Jerusalém com o teu braço descoberto, e profetizarás contra ela". Ezequiel 4:6 e 7. A transformação dos quarenta e dois meses para os mil duzentos e sessenta dias é fácil, desde que se tome um mês composto de exatamente trinta dias.

Com respeito à localização desse período na História, é geralmente aceito que se estende de 538 A.D. a 1798 A.D.. Isso se dá pelos seguintes motivos:

LOCALIZAÇÃO DOS 1.260 ANOS NA HISTÓRIA MUNDIAL

1º) A ponta pequena de Daniel 7 só poderia atuar depois do aparecimento dos dez chifres e da subseqüente queda de três deles (Daniel 7:8, 20 e 24). Roma Imperial caiu definitivamente em 476 A.D. (isso no que diz respeito à parte ocidental, pois a parte oriental ainda sobreviveu por cerca de mil anos). Dos reinos bárbaros que emergiram da desintegração de Roma, um (o dos hérulos) desapareceu ainda no quinto século e os outros dois (os vândalos e os ostrogodos) desapareceram no século seguinte. Portanto, a atuação da ponta pequena, bem como da besta, deveria se estender do sexto século ao décimo oitavo.

2º) A profecia faz referência a um possível cativeiro da besta em Apocalipse 13: 9 e 10 : "Se alguém tem ouvidos ouça. Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai, Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos.". É evidente que a profecia parece estar fazendo referência à derrota final da besta, descrita em Apocalipse 19:20 e 21, mas isso não descarta um possível juízo parcial de Deus, visto que a profecia faz menção a uma ferida mortal que seria curada (Apocalipse 13:3). No século dezoito, mais precisamente em 1798 A.D., o Papa Pio VI foi aprisionado pelo general francês Berthier. Voltando mil duzentos e sessenta anos no tempo, chegamos ao ano 538, quando, segundo se informa, os ostrogodos foram derrotados pelos exércitos bizantinos. A partir desse ano, o bispado de Roma ficou livre de entraves para atuar e pôde exercer sua supremacia de mil duzentos e sessenta anos.

3º) Foi no século sexto que a França passou a proteger o bispado romano e isso perdurou em maior ou menor grau até os derradeiros anos do século dezoito, quando a França retirou o seu apoio ao Catolicismo. Tendo em vista essas considerações, a interpretação que coloca esse período de tempo profético entre 538 A.D. e 1798 A.D. se afigura como a mais acertada.

1.6.4 - BLASFÊMIA CONTRA DEUS.

"E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus." A que se refere o oráculo? Existem muitas doutrinas que são divulgadas pelo poder em consideração que são consideradas blasfêmias pelo Senhor. Vejamos algumas:

BLASFÊMIAS CONTRA DEUS

1º) A Bíblia não é a única fonte da verdade; temos também a tradição.

2º) Jesus não é o único Mediador. Outros podem efetuar esse ofício.

3º) As imagens podem ser empregados como elemento de culto.

4º) O Domingo é o verdadeiro dia de descanso e devemos guardar também outros dia santos.

5º) A alma é imortal e após a morte vai imediatamente para o céu, para o inferno ou para o

purgatório.

6º) Jesus Se faz realmente presente no pão e no vinho pelo processo da transubstanciação.

7º) Sacerdotes humanos têm autoridade divina para absolver pecados.

Esses são apenas alguns exemplos de doutrinas anti-escriturísticas que o poder bestial disseminou e nas quais vasta porção da população mundial crê ainda hoje. Ver o oitavo estudo desta série.

1.6.5 - O NÚMERO 666.

Outro item identificador do anticristo aparece em Apocalipse 13:18: "Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.". Esse versículo têm causado muito debate entre os comentaristas. Grande é o número dos que propõem que sua interpretação esteja relacionada ao título VICARIVS FILII DEI. Desde que Apocalipse informa que esse é o "número do seu nome" (capítulo 15 verso 2), afigura-se que o valor numérico desse título, atribuído aos lideres religiosos de Roma, seja a intenção da profecia. Em latim, os números são letras e a soma dos valores de cada uma das letras desse nome dá 666.

V I C A R I V S F I L I I D E I

5 1 100 --- --- 1 5 --- --- 1 50 1 1 500 --- 1 666

Por outro lado, uma possível interpretação, que de modo algum exclui necessariamente a primeira, está baseada no pano de fundo das profecias de Daniel e Apocalipse, bem como de toda a Bíblia. É dito que 666 é número de homem, o que encontra eco em outras declarações proféticas com respeito à figura humana. Ver Daniel 2 (a estátua tem forma humana); 4 (a exaltação de Nabucodonosor); 7:4 e 8. O número 7 está associado à perfeição, pois a obra criadora de Deus só pôde ser declarada perfeita após sua conclusão. Esse número está relacionado a Deus e sua repetição tríplice parece indicar a suprema perfeição. Já o número 6 parece indicar algo incompleto e humano, pois o homem foi criado no sexto dia. Assim, 666 pode ser uma alusão ao sistema de coisas da terra se contrapondo ao plano divino, especialmente no aspecto religioso.

1.6.6 - A CURA DA FERIDA MORTAL.

"Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?" "E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujo nome não foram escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo." Apocalipse 13:3, 4 e 8. Esses versos descrevem o evento ocorrido em 1798 e os turbulentos anos subseqüentes que a instituição romana enfrentou. Mas, a profecia previa que a ferida mortal seria curada. Se você está conseguindo visualizar a quem se refere a profecia, por certo enxergará também a gradativa restauração da influência desse poder. A besta é na verdade um conjunto de forças que tem lutado contra o povo de Deus e foi apenas uma de suas cabeças que recebeu a ferida mortal (justamente aquela que está mais evidente em Apocalipse). Essa cabeça é que tem formulado as doutrinas anteriormente mencionadas e que as tem promovido pelo mundo afora. Foi ela que experimentou uma queda abrupta de sua influência e que está hoje pouco a pouco a restaurá-la. Prezado irmão, a nossa oração é para que você enxergue o mais rápido possível o cumprimento dessa importante profecia e rompa todo laço com esse poder apóstata. Lembre-se: quem adora a besta também adora o dragão e rejeita o Cordeiro. Que Deus o ajude a se desligar de qualquer relação com o homem da iniqüidade e assim se preparar melhor para o encontro com Jesus! Que Deus o abençoe! Amém!